
A dor da morte
Data 26/10/2009 12:22:38 | Tópico: Poemas -> Reflexão
| Um dia a vida parou, Olhou pra mim e falou. Dizia ela que os dias são incertezas, Que o desconhecido preenche o futuro. Poderá haver muitas belezas, Mas com um futuro sem certezas, O mundo pode ser duro. Apenas uma coisa é certa; O dia que será o último, Em que todos sabemos o que acontece. É o dia em que a morte desperta, E toda a vida se desvanece. Por isto cito sabiamente: "Carpe diem, quam minimum credula postero." *1 Pois conhecemos nosso último dia, Mas não a sua data. Eu não tive tudo o que queria, Mas tento ter tudo o que preciso. Tudo o que desejo agora, É deixar o passado de fora, E enfim ganhar juízo. Então quando nascer o dia, Quando se revelar a data, Estarei preparado pra tudo, E com a morte em concordata. A vida é curta, A morte é para sempre, Nunca se esqueçam, É certo que o futuro mata! E a dor da morte permanece eternamente.
Rui Araújo, 02/03/2007 *1 Carpe diem, quam minimum credula postero.
Expressão em latim, traduzindo: Aproveita o dia, confia o mínimo no amanhã.
Moral: Todos sabemos e temos certeza, aliás, a única certeza que temos verdadeiramente é esta, a morte irá bater à porta um dia. Mas toda a verdade tem um mistério, por mais verdadeira que seja, o mistério da morte é a sua data, a sua imprevisibilidade.
Não deixes para amanhã o que podes fazer hoje! Não esperes para corrigir os erros! Pensa e age racionalmente, de forma a não despertar a imprevisibilidade da morte, adiantando a sua data. Vive, aproveita e goza o momento imediato!
|
|