
POEIRAS FRUSTRADAS
Data 13/10/2009 22:46:37 | Tópico: Poemas
| O chão está ferido de máquinas Provindas do Ocidente ou do Oriente Que criam cá um tsunami inconsciente E devoram zungueiras nas esquinas
Lacrimejam passeios coloniais Por debaixo dessa árvore podada Por buracos na avenida do nada Em cujos suores precipitados andais…
Nas folhas de acácias sepultadas Onde o tempo refresca meu medo Já não pousa o amarelo do sol ledo Pois as bolhas desses olhos há atadas…
Pouco era o engarrafamento de horas Para nele haver perfurações bruscas Em meio a avenida frondosa de moscas Que apressadas à colerizar iam a oras
Nos calcários incrivelmente derrubados Dos solos que sustentam a nossa esperança Se esqueceram de desenhar a crença Para nesse coração jamais haver fardos…
Escrito em Luanda, aos 13 de Outubro de 2009.
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