
Lágrimas de Prata II
Data 13/10/2009 07:31:17 | Tópico: Poemas
| Lágrimas de Prata II
Hoje acordei gelado um misto de sangue e orvalho na cama lágrimas vazias devotas do abandono. Refugiei-me no Requiem e na voz luminosa das clareiras iluminadas pelo luar. Vinguei-me da noite insana fui veloz na ânsia pelo encontro fui águas sujas, poluídas pelo pensamento de desejo sou ave insana relíquia da Pérsia antiga, depósito dos prazeres esquecidos. Sou prata antiga, fotografia em estilhaços, vazio, como um frasco perfumado de incensos. Sou lume ardente, chama oculta doce no toque humano, fiel ao pacto imerso na emoção. Sou lágrimas de prata, lágrimas, de nada preenchidas, cheias do odor dos ventos, da neblina agreste nos meus olhos, lágrimas de prata, colhidas nos ventos, em manhãs desconhecidas.
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