
REVELAÇÃO 1
Data 21/06/2007 14:18:13 | Tópico: Poemas
| REVELAÇÃO 1 17/06/04 (03:00a.m/04:00a.m) Minha alma revela Meu olhar de má índole, Vejo milhões de corpos rompendo-se, E neles, o desejo e a repulsão ou morte. Meu coração sangra o aviso final. Minha alma psicogótica Sangra à quatro pulsos do mundo.
Elabora-me um poema Tão aveludado, quas' inda Tãp lírico de pena - Vestido com arranjos Em trajes de cena. Clarezas de surdas Palavras no poema. Frases de curtas Estações para bem Ensinança para ser para viver De vaga que agem. Estou preso a ele! Porque me conhece bem. Transpõe a solidão no seu corpo inerte e psicodélico. E que nunca mais apaga o seu pesar, Assim como resiste ao meu.
O Poema revela O seu olhar de má índole - Tão vingativo e amargo, Sangrando à sete punhos do mundo. Será a cúpula da eterna mágoa A velas despidas pelo fogo, Capaz de compartilhar desses impulsos?
Peço-lhe: torne-me livre dos ardis, Dos dias cheios de escuridão Habitados por sonhos à perigosos encantamentos Verticais ao fogo, a luz e a àgua, A minha fronte beijando-me, E dentro da alma extinguem-se Unidas às outras sombras. E o sono! o respirar ofegante...
Os galhos deixando-se despedir pelo outono: São minhas pálpebras... O zéfiro soprando em minha face A evocar o universo sombrio, que conheço e sinto Como um relâmpago vago propagando na noite... ... a morte de um poeta ...
[Davys Rodrigues de Sousa]
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