Textos políticos

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares da categoria textos políticos

Precisas de ter algo mais do que razão

 
O pragmatismo e o realismo aconselham a que analisemos os problemas em escalas adequadas, concedendo a cada realidade a respectiva representação relativa.
Ainda não vi um método, que urge criar, de "elaboração de mapas à escala dos problemas e das soluções...".
Sem isso, andamos à deriva, como tontos, uns que colocam o problema do álcool no centro do universo, outros que colocam o centro do universo no álcool e por aí adiante.
O que me faz estar aqui a escrever, em vez de estar numa manifestação contra o governo?
E que seria melhor? Para mim ou para os outros?
Enquanto estou aqui a escrever, morre gente que outras pessoas tentam acudir, mesmo depois de mortas, com orações...
São poucas as pessoas que têm predisposição para a razão.
Na realidade, nem os crentes/praticantes da religião estão sequer tentados a interrogar-se e, muito menos, discutir, seja o que for.
Ninguém vai à igreja por uma razão que seja a de ter razão, do mesmo modo que um político não quer ouvir falar em razão, nem precisa de ter, nem esse é o seu negócio. São os interesses, o nepotismo, as alianças, os compadrios, a corrupção, os apoios, os votos, as aclamações, que valem.
Ter razão não vale nada.
Ninguém está interessado em algo que vale nada.
Alguém está interessado na morte de Deus e, mais ainda, na suspensão da morte de Deus de Nietzsche?
Os nossos governantes (a quem tudo devemos, excepto a razão) têm horror à razão e, com razão.
 
Precisas de ter algo mais do que razão

Deepfake e a ética. Uma questão!

 
Deepfake e a ética. Uma questão!
 
Termo atribuído ao produto gerado por tecnologias baseadas em Inteligência Artificial (IA), para construção de realidades alternativas, seja com a troca de rostos em vídeos ou manipulação de áudios, onde vozes são simuladas. Além dessas aplicações existem os deepfakes textuais, gerados por “máquinas de escrita” e deepfakes nas redes sociais, com a criação de perfis alterados, entre outros.

O risco potencial do emprego das tecnologias de IA, nas situações citadas, é, por exemplo, gerar depoimentos audiovisuais de personalidades públicas ou pessoas comuns, vivas ou mortas, sem as devidas autorizações.

As pessoas atingidas podem ser apresentadas defendendo pontos de vista antagônicos às suas posições políticas, sociais ou convicções religiosas, ou mesmo, sendo-lhes imputada a defesa de crimes, visando incriminá-las ou aproveitar-se de suas notoriedades, sem consentimento, em discursos políticos ou, mesmo, em propagandas.

A questão é: qual é o limite ético do uso dessas tecnologias?

Leia o poema "Distorções midiáticas", sobre o tema do texto.
 
Deepfake e a ética. Uma questão!

Que a justiça seja a última a morrer.

 
É sempre bem vindo um pensamento que salta o muro ou que, se não pode sair pela porta sai pela janela e, se não puder sair pela janela sai pelo buraco da fechadura, porque é livre, porque é livre.
Obrigar a pensar.
É possível pensar que um sistema político, económico, social... não pode ser confundido com uma ordem natural das coisas.
De qualquer modo, o sistema capitalista tem a aptidão para capitalizar tudo, incluindo o próprio prejuízo e a própria falência.
O sistema capitalista sobrevive a tudo e ganha com (quase) tudo, com a morte, com a guerra, com a destruição, com a fome, com o talento e com a falta dele, porque é basicamente um modelo de contabilidade, em que as próprias preocupações humanas (saúde, bem-estar, justiça, paz) correspondem a um valor contabilístico e, nesta medida, até consegue capitalizar o socialismo e os afectos (o Marcelo é um caricato exemplo disso).
Na minha opinião, o capitalismo só perde quando for "capitalizado" por um socialismo qualquer que sobreponha, às veleidades e excentricidades e atrocidades do capital de indivíduos ou grupos, o interesse e a sobrevivência do colectivo.
Atualmente, a concentração de riqueza é de tal ordem que já dispararam os alertas mundiais automáticos...
Irónica e paradoxalmente, esta concentração de riqueza, com todos os seus defeitos e perigos, parece ser uma bênção para a preservação do planeta. Se distribuíssem a riqueza por todos, era o descalabro total.
O capitalismo é autofágico, mas só até ao ponto em que não é capaz de permitir a sua própria reprodução.
Exemplo disso é esta crise. Menos de um mês bastou para vermos o capitalismo a pedir socorro àqueles que sempre maltratou e injuriou e abominou e, mais grave do que isso, a defender para si mais providência do Estado do que aquela que alguma vez admitiu para os mais desfavorecidos da sorte.
Por outro lado, é sabido que o capitalismo, ou outro sistema qualquer, só irão até onde os deixarem ir.
Quando o capitalismo, ou outro sistema qualquer, deixa de servir os interesses da sociedade e começa a ser perverso e nocivo para a mesma, a distribuição de talentos cá estará para "garantir" que a justiça seja a última coisa a morrer.
 
Que a justiça seja a última a morrer.

Liberdade e conceito de liberdade

 
É praticamente inevitável cair em contradições, quando se intenta acoplar realidades e conceitos que se cruzam mas não se misturam.
Com efeito, as ideologias e as crenças não podem ser culpadas de serem boas e más ao mesmo tempo.
Se, por um lado, o liberalismo económico e, por outro, o liberalismo político, funcionaram em determinadas condições históricas e deixaram de funcionar noutras, deve-se lamentar a imprevidência humana em não ter corrigido as agulhas, em não ter percebido que o esquema era o mesmo mas os problemas eram outros.
Os modelos político-económicos que levam à prosperidade, paradoxalmente, costumam ser os mesmos que precipitam nas crises, levando os mais ingénuos a perguntar por que razão se abandona um modelo que proporcionou tanto progresso.
As condições alteram-se e isso altera tudo.
Se o planeta Terra não sofresse as agressões e desequilíbrios que está a sofrer tão violentamente pela ação do homem focada numa exploração económica desenfreada e devastadora, o liberalismo continuaria a ser muito bom e todos poderíamos acalentar o sonho americano (em vez do pesadelo).
O pragmatismo de um analfabeto de há cem anos já lhe permitia vaticinar e até antever os limites das realidades e perceber as aberrações a que pode conduzir a liberdade, seja política, seja económica.
A liberdade enquanto condição não se reconhece muito no conceito de liberdade, nem este naquela, porque justamente, ela é algo físico, corpóreo, com consequências adjacentes, com externalidades negativas, é ativa, é um agente, é um sujeito que não quer ser objeto.
Por exemplo: o que é a liberdade para uma pessoa destituída de poder? E o que é a liberdade para uma pessoa com poder? É igualmente liberdade?
 
Liberdade e conceito de liberdade

E EU QUE JULAGAVA QUE APRENDIA COM OS INTELECTUAIS.

 
Sempre ouvi dizer que a justiça é cega.
Agora passou a ser cega e muda, não vê, não pode ler, e não ouve, é uma tristeza, passa ao lado assobiando como se nada se tivesse passado de grave, é caso para perguntar, para onde vai a sociedade.
As vitimas são culpadas porque barafustam, os prevaricadores tendo muitos e bons advogados de defesa e alguns até amigos do Juiz, ainda acabam por se andar a pavonear com uma medalha pendurada ao umbigo.

É a bela sociedade intelectual que temos e eu que tanto gostava apesar os meus 78 anos de aprendizagem de aprender com os intelectuais, mas começo a chegar à conclusão, que aprendo mais com as pessoas do baixo nível social, são mais puros, e quando se guerreiam, é por uma causa justa.

A. da fonseca
 
E EU QUE JULAGAVA QUE APRENDIA COM OS INTELECTUAIS.

Um breve comentário sobre Obama e seu antecessor

 
Obama bem que poderia ser branco
assim parariam de puxar o saco dele
se fosse branco pareceria com Hitler
da ordens e mais ordens ao mundo .
acaso lhe falta visão? dia a dia todos vêem o que se passa
nos mostrar o que se passa novamente,é como nos chamar de cegos
o seu antecessor cometeu o mesmo erro
pegou um sósia do tio Sadam e sentenciou a morte
como se isto fosse o final de todas as questões e problemas do mundo
tem sósias comicos de Sadans e Bin ladens em todo o canto
pegar um deles pros americanos é motivo de festa
e o que falar de estúpida O.N.U e O.T.A.N que tem seus comandantes ;
mas estão subordinados e amarrados a todas as ordens dos americanos
as leis e as ordens que eles criaram estão depositadas nos cofres americanos
um breve incentivo, a suposta cabeça de Sadam que pagou com seu sangue negro toda a guerra
e ainda esta pagando aos americanos e afiliados dos americanos com petróleo de sua origem
os países ricos voltam se pra la porque?não precisa entrar em comentários ;
de vez em quando estoura uma guerra as bandas de la !
 
Um breve comentário sobre Obama e seu antecessor

BOM DIA AMÉRICA, ADEUS MENTIROSO, PARABÉNS AO MUNDO

 
Bom dia América! Parabéns ao Mundo! Adeus mentiroso!

Bom dia América, felicidades Obama. Parabéns Presidente!
Estou feliz! tão feliz como se fosse americano de boa consciência.

É fim de um regime que com a mentira (des)governou.
Mentiu aos Americanos,mentiu ao Mundo e muito principalmente, mentiu ao povo!

Que fará Obama, o novo Presidente? Poucos o sabem, mas o que sei e que é um homem que deu pelos menos uma noite de esperança, ao povo americano.
Bush, com as suas mentiras, trouxe o desespero, trouxe a morte, governou mentindo arrastando nessa vaga chefes de outros Países que por interesses politicos se deixaram embalar, estou triste por saber que o governo do meu pais caíu no canto da sereia.

10 milhares de dólares por mès para sustentar uma guerra que nunca deveria de ter existido. Uma das gueras mais estupidas queo Mundo moderno conheceu.
Chefes militares que colaboram nessa guerra porque os seus intereses económicos falam mais alto do que a vida dos jóvens militares das crianças, das mulheres, de pessoas idosas. Quantas familias ainda hoje pederiam ser felizes e não o são, por causa de uma mentira?

Quantas coisas boas poderiam ter sido feitas ajudando os pobres nos Estados Unidos com o dinheiro gasto vergonhosamente.

Obama fez historia. Espero que que a democracia também!
Que vai fazer Obama? Desejo que consiga reconciliar o povo americano, que consiga reconciliar o Mundo com processos de Paz e consiga também acabar com o anti-americanismo que progrediu nos uúltimos 8 anos no Mundo inteiro.
Que ponha fim a essa vergonha de Guantanamo.

Que condene à morte por injecção letal... a mentira para que enfim, se possa acreditar nos homens politicos de boa vontade.

E sobretudo que faça o povo feliz!

O Mundo hoje, acordou sorrindo
O povo hoje, acordou com esperança.
Eu acordei dizendo...obrigado povo americano!

Bom dia Obama. Bom dia América.

FELICIDADES, PRESIDENTE.

Também me sinto feliz e com uma réstea de esperança para o futuro deste mundo que não devia de ser que um Paraíso.

A. da fonseca
 
BOM DIA AMÉRICA, ADEUS MENTIROSO, PARABÉNS AO MUNDO

Pena de morte

 
O argumento que me faz hesitar perante a pena de morte é que ela seria mais um instrumento dos usurpadores do poder e dos poderosos. De resto, aceitaria, sem pestanejar, a pena de morte para um assaltante, de um carro, de um apartamento, de uma casa, de uma pessoa, desde que fosse julgado e, quanto mais facilidades apresentasse em indemnizar os lesados, mais difícil seria a sua absolvição. Compreendo mais facilmente um homicídio do que um roubo ou um furto. Tenho horror a ladrões. Os ladrões roubam tudo, não roubam só os anéis, mas não roubam as consequências, nem a memória. E não venham com a treta de que todos são ladrões, porque isso é falso. Há imensas formas de roubar, é verdade. Mas, na minha escala de valores, que vale o que vale, roubar é o pecado capital. E há sempre os bons e os maus. Mas não há ladrões bons.
 
Pena de morte

O grito silencioso dos excluídos

 
A tela “O Grito”, obra do pintor norueguês Edvard Munch, foi criada em 1893 e ganhou três novas versões ao longo do tempo. Segundo a professora Rebeca Fuks, Doutora em Estudos da Cultura (PUC-RJ): “as formas distorcidas e a expressão do personagem revelam a dor e as dificuldades que a vida pode apresentar, resultando no grito, uma forma de expressão desse sentimento”. Pode-se fazer um paralelismo entre a intensidade dessa obra expressionista e a realidade de inúmeros grupos sociais oprimidos.

Essa exclusão é exposta pelo movimento “O Grito dos Excluídos”, que reúne diversas manifestações, ocorrendo há mais de 25 anos, durante a Semana da Pátria, tendo como objetivo a denúncia da precariedade da vida de grupos sociais e a proposição de caminhos para a sua inclusão. A educação libertadora, como ferramenta de inserção, é o canal de expressão desse movimento.

Arauto do grito dos excluídos, o educador e filósofo Paulo Freire, propôs uma educação crítica como sustentação da transformação social. Em seu livro A Pedagogia do Oprimido afirma: “Nenhuma pedagogia que seja verdadeiramente libertadora pode permanecer distante dos oprimidos, tratando-os como infelizes e apresentando-os aos seus modelos de emulação entre os opressores. Os oprimidos devem ser o seu próprio exemplo na luta pela sua redenção”.
Os oprimidos não sussurram, eles gritam, e através da educação devem ser ouvidos!

Centenário de Paulo Freire. Em 19 de setembro de 2021, o “Patrono da Educação Brasileira” completaria 100 anos.

FUKS, Rebeca. “Quadro O Grito, de Edvard Munch”. Site Cultura Genial. Rebeca Fuks Doutora em Estudos da Cultura (PUC-RJ), Revisado por: Laura Aidar, Arte-educadora e artista visual
< https://www.culturagenial.com/quadro-o-grito-de-edvard-munch/ >
FREIRE, Paulo. Pedagogia do Oprimido. São Paulo: Paz & Terra, 2013, 67ª ed.
 
O grito silencioso dos excluídos

O amor da sabedoria e a medicina

 
O amor da sabedoria foi e é um grande amor.
Esta paixão revelou-se, para mim, o melhor antídoto contra outras paixões.
Fosse por questões de senso, de nexo, de coerência, de sentido, de valor, de entendimento e de harmonia com quem me rodeava, a forma de haver entendimento e harmonia com a catequista, o padre, as beatas e as professoras, era reproduzir de cor e salteado o que eles mandavam.
Havia outras pessoas, analfabetas (de escrever, ler e contar), que me transmitiam a noção empírica de que todo aquele teatro, à volta de uma escola e de uma igreja e, lá mais em cima, na sede do concelho, o tribunal, o quartel e a esquadra da GNR, era de tal modo simbólico e cifrado, para não dizer enigmático, que tinha mais pena deles, com as suas plumas e vestes ritualizadas, quando não cheios de jactância na hierarquia das procissões coroadas de interminável e poderoso foguetório, do que dos pedreiros cobertos de pó, a tossicar na taberna, vítimas da silicose e do cancro do pulmão pela sílica, enquanto os filhos deles, que eram meus colegas de catequese e de escola, passavam fome e aprendiam a agradecer a Deus a sorte que tinham.
As minhas dores e as minhas raivas e as minhas frustrações, por mim e pelos outros (familiares, amigos…) encontravam eco no conforto religioso das pessoas ignorantes que me rodeavam, em casa, na aldeia, na catequese diária, fosse da escola fosse da catequista, ou no castigo de algumas dessas pessoas que exerciam a autoridade, com violência, sem necessidade de a justificarem, fazendo recair sobre mim, criança, jovem, adulto, o ónus de justificar a minha conduta.
Quando entrei na fase de saber que o mundo não tinha começado quando nasci e que não era apenas o meu quintal, a minha aldeia, paróquia, professora, e que havia uma cidade, e médicos e farmácias e hospitais e depois, outra e outra e oceanos e filmes, tudo era mais difícil de conciliar, mas o amor da sabedoria, impaciente, tantas vezes cruel e ingrato, foi-se mostrando vantajoso como uma arma de defesa pessoal, ou de defesa geral, numa guerra.
A todas as tentativas, mais ou menos reais, mais ou menos disfarçadas de ordem, ou simplesmente perpetradas, de me conduzirem, ou subjugarem, ou ignorarem, ou desprezarem, eu aprendi a perceber que a razão é a arma dos fracos e que a sabedoria é como um grande exército de razões.
Esta consciência, resultante de muito pensamento construído sobre o pensamento e as ideias de tantos filósofos e pensadores e escritores, permitia-me colocar um médico, ou um juiz, ou um engenheiro, no seu lugar profissional, do mesmo modo que a mineralogia, a zoologia, a botânica, a química, estavam nos compêndios respectivos.
A minha passagem pelas ciências, numa altura em que o país fervilhava por todo o lado e todo o tempo era pouco para nós, jovens à procura de saber quem tem razão, mostrou-me que a vida, a acção, a dinâmica, os desafios, os combates, a adrenalina, não estavam numa bancada de minerais, ou num laboratório de química, ou na exploração e conhecimento da flora.
O carácter de urgência de certas situações, altera as prioridades.
Havendo prioridades a considerar na construção de um currículo académico, ou de um plano de formação profissional, estas têm mais a ver com questões de ordem técnica e prática, funcional, do que com razões de ordem teórica ou filosófica.
Está fora de questão que um estudante, qualquer que seja a função ou a profissão que venha a desempenhar, só por ser estudante deva estudar tudo o que há para saber sobre todos os domínios.
Outra questão será: estará em melhores condições para abordar clinicamente um humano, do ponto de vista das medicinas, um médico robot, que só sabe de medicina (isto é possível?-esta era a provocação de Abel Salazar), ou um médico humano?
Para não me alongar, e deixando implícito muito do que poderia explicitar, não acredito que um robot possa filosofar. Que, tomando a realidade (que equivale ao que conhece) possa definir o ser tendo em consideração: o ser como um poder ser que foi /um dever ser (pelo menos quando falamos de ética) que é, e como ele, robot, quer ou deseja que seja…
Mas o médico, enquanto homem, é um filósofo que vive integrado num sistema de acção e de pensamento e de valores que, em grande parte, já assimilou o que os sistemas de cultura assimilaram ao longo da história. Este sistema de pensamento e de acção é um sistema de linguagens e de lógicas, nomeadamente matemática, cujo domínio varia muito de pessoa para pessoa e de robot para robot.
Não acredito que os robots decidam com base em valorações próprias, que não sejam programadas por humanos, mas os médicos fazem-no.
Neste capítulo, por ex., se é indiferente para o mundo que uma pessoa viva ou morra, já quanto à vantagem política e económica na sua sobrevivência, ainda que enfermo, ou na sua morte, os médicos e a indústria farmacológica e as tecnologias da saúde e todas as profissões que dependem do tratamento das pessoas, tanto ou mais do que os direitos fundamentais do homem e do cidadão, são um baluarte e uma fortaleza, cujos interesses, quando mais não sejam, de facto, garantem o respeito pela saúde e pelas vidas, por mais inúteis ou absurdas que sejam do ponto de vista de qualquer filosofia, religião, ideologia ou sistema de valores.
 
O amor da sabedoria e a medicina

Ainda podes ser acusado de não teres nada

 
Na realidade, o problema da burocracia, da corrupção, do nepotismo, dos compadrios, dos complôs, das arbitrariedades do poder e todo o tipo de abuso, é que, apesar das queixas gritantes e embora plenas de razão, os cidadãos não são tidos em conta senão para obedecer, trabalhar, votar e respeitar a estrutura política que são obrigados a pagar, sem escolha.
E quando alguém apresenta alternativas e soluções para os problemas é visto e considerado como uma ameaça. Logo tratam de ignorar ou desdenhar para não terem de reconhecer que muito pode e deve ser feito para bem de todos (excepto daqueles que deixariam de ter as vantagens que indevidamente têm).
Não falta quem seja capaz de revolucionar com melhores leis e procedimentos e práticas. Não falta quem tenha competência para fazer melhor do que aquilo a que temos assistido (pior era difícil).
O problema, insisto, é que ter razão é pouco e pode ser nada.
Aqueles de quem nos queixamos, com razão, não têm razão mas têm e fazem o que querem.
Os outros, aqueles que têm alternativas e soluções, com razão, só têm isso, não têm o poder.
E podem até estar cansados de ter razão, ao ponto de já não terem vontade, nem determinação para a acção.
É preocupante e alarmante que o poder da razão continue a ser vilmente (para não dizer democraticamente) derrotado e suplantado pelas razões da força.
Mesmo quando tens razão, se não tiveres algo mais, ainda podes ser acusado de não teres nada.
 
Ainda podes ser acusado de não teres nada

Diga Não à Corrupção!

 
Diga Não à Corrupção!
 
Diga Não à Corrupção!
by Betha M. Costa

O povo brasileiro assiste atônito aos (des) mandos da grande maioria dos políticos que governam a nação.

Em todas as esferas (executivo, legislativo e judiciário) vemos diuturnamente a Constituição da República ser aviltada ante o mar de lama institucionalizado por aqueles que mantêm o povo refém da sua falta de caráter e pela banalização dos ditos Crimes de Colarinho Branco.

Do Planalto Central aos outros Estados da Federação há sucessão de escândalos. Muitos daqueles que são pagos - muito bem, diga-se de passagem - para cuidar dos interesses coletivos usam os cargos para fraudar, sonegar, desviar, usar e abusar do poder em benefício próprio, de amigos e familiares. Poder que lhes foi concedido no voto da incauta população, ou seja, nós.

Assim, montanhas de dinheiro que o pobre assalariado não ganha em uma vida inteira de labuta escoa nos ralos de bolsas, malas, cuecas, meias... E temo até pensar aonde esses sanguessugas são capazes de esconder as verbas das suas falcatruas!

Enquanto a maioria da classe política está no bem bom, em mansões, carros importados e com segurança paga; o povo morre nas filas dos hospitais públicos sucateados, nas enchentes e nos desmoronamentos por falta de saneamento básico. Têm vidas ceifadas ou com seqüelas como fruto da violência, da guerra urbana devido à convulsão social, onde o crime é mais organizado que os governos. Sem falar na educação de péssimo nível a formar profissionais cada vez menos capacitados...

Os programas sociais melhoraram a vida de milhões de brasileiros e tiraram da miséria outro tanto... Mas, mantêm no cabresto um mundão de eleitores! Os benefícios deveriam ter uma duração para que o beneficiado arrumasse um emprego. Dois anos, três... Com a indefinição de tempo quem vai se mexer para procurar entrar na cadeia de trabalho?

Precisamos ficar vigilantes!Esse ano tem eleição presidencial, para governadores, senadores, deputados federais e estaduais. É hora de a gente abrir os olhos e não reeleger os corruptos e aqueles que estão com processos na justiça.

No site Transparência Brasil (e em outros meios de comunicação de massa) você pode pesquisar sobre o passado e presente de alguns candidatos. Lute contra a corrupção!Depois de eleger um corrupto você não pode e nem tem a quem reclamar!...

Site Transparência Brasil

http://www.transparencia.org.br/index.html

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Poema de Regis Camargo

Minha terra tem políticos
Que noutras por aí não há
Roubam até pensamento
Do tico-tico, o fubá

Não permita Deus que eu morra
Sem que veja a hora agá
De ver esses salafrários mortos
Fedendo mais do que gambá.

E se até censuram o crítico
Que no vespeiro faz fuá
Foda vai ser levantar o tapete
Covil de cobra corá

Mas os bichos têm o macete
Que do Oiapoque ao Chuí está,
Pau neles classe esclarecida
Que uma nova nascerá
No chão de encantos mil
Que ainda tem palmeiras
Onde ouve-se o triste pio
Do amotinado sabiá:

"fiu-fiu-fiu
Que fizeram co' Brasil
fiu-fiu-fiuuuuuuuuuuuu
Do branco amarelo sarará
Vergonha, ó
Quem te encontrará."

O canto pode ser duma Behta
Que em repúdio traça meta
De impassiva não pecar
No mar de escândalo
No preâmbulo
Dum grito a alertar.
 
Diga Não à Corrupção!

25 DE ABRIL, O DIA MAIS TRISTE DA MINHA VIDA

 
25 de Abril 1974
Tanta e tanta gente recorda este dia. O povo português festeja este aniversário. Aniversário em que os valorosos e corajosos capitães do exército português decidiram de acabar com a ditadura Salazarista e oferecer a liberdade ao povo, obrigado nossos capitães

Para mim, o 25 de Abril de 1974, foi o dia mais triste da minha vida (falando da sociedade em que vivemos) e porquê, vão-me perguntar. Então não deveria de estar contente? Pois devia e estou mesmo feliz.
Porquê o dia mais triste, então?
Pela simples razão, que sonhei durante tantos e tantos de ver essa ditadura cair. Caiu, mas eu não vi, não assisti e quanto eu daria para poder estar presente nesse dia. Não estava, porque essa ditadura fez com que eu e milhares de compatriotas meus, tivesse de deixar o País que nos viu nascer, procurando fora a liberdade e uma vida melhor, coisa que essa ditadura nunca nos deu.

Bati-me contra essa ditadura com as minhas poucas forças. Fiz parte de um núcleo anti- Salazarista com todos os riscos que daí poderiam ocorrer. Tive a felicidade e a honra, de estar ao lado do General Humberto Delgado na sua sede de candidatura na Avenida da Liberdade em Lisboa. Ouvi-o lá dar as suas ordens para as regras a seguir no dia seguinte , dia das eleições para a presidência da Republica, era ele o candidato da oposição.

Tentei por várias vezes deixar o País o que sempre me foi negado e por ironia do destino, foi um dos agentes da PIDE, (policia politica) que era o chefe da casa onde trabalhava, que sem saber das minhas intenções, conseguiu que um passaporte me fosse dado.

Soube em França, por um colega de trabalho, um francês, que o regime em Portugal tinha caído.
As lágrimas caíram sem conta, caíram de tristeza, não só pela queda do regime mas sim porque eu não estava presente no meu Portugal,e caíram também de alegria pelo acontecimento.
Teria dado anos da minha vida para assistir a esse momento mas a vida é assim, é o destino que nos comanda.

Viva Os Capitães de Abril, viva a Liberdade

A. da fonseca
 
25 DE ABRIL, O DIA MAIS TRISTE DA MINHA VIDA

À SE EU FOSSE BUSCH!!!! (TEXTO POLITICO MAS DE OUTRAS POLITICAS)

 
À se eu fosse Georges Busch!!!
Já teria feito uma selecção de Países, ricos e inteligentes, num lado, e os outros, os pobres e não inteligentes, noutro lado.
Seria bom! assim se evitariam guerras, criticas constantes aos Países mais fracos e todos ficariam contentes, não acham? porque as criticas continuam todos os dias, e acho que é um prelúdio de guerra que se anuncia, porque as criticas já recomeçaram.
Fora com os pobres e não inteligentes! Viva os ricos e inteligentes!

Este texto não é um texto politico. Sou na verdade, contra a politica imperalista americana, mas este texto tem outros objectivos que não o da politica, politica!

A. da fonseca
 
À  SE EU  FOSSE BUSCH!!!!  (TEXTO POLITICO MAS DE OUTRAS POLITICAS)

Poeta castrado não

 
Serei tudo o que disserem
por inveja ou negação:
cabeçudo dromedário
fogueira de exibição
teorema corolário
poema de mão em mão
lãzudo publicitário
malabarista cabrão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!

Os que entendem como eu
as linhas com que me escrevo
reconhecem o que é meu
em tudo quanto lhes devo:
ternura como já disse
sempre que faço um poema;
saudade que se partisse
me alagaria de pena;
e também uma alegria
uma coragem serena
em renegar a poesia
quando ela nos envenena.

Os que entendem como eu
a força que tem um verso
reconhecem o que é seu
quando lhes mostro o reverso:

Da fome já não se fala
- é tão vulgar que nos cansa -
mas que dizer de uma bala
num esqueleto de criança?

Do frio não reza a história
- a morte é branda e letal -
mas que dizer da memória
de uma bomba de napalm?

E o resto que pode ser
o poema dia a dia?
- Um bisturi a crescer
nas coxas de uma judia;
um filho que vai nascer
parido por asfixia?!
- Ah não me venham dizer
que é fonética a poesia!

Serei tudo o que disserem
por temor ou negação:
Demagogo mau profeta
falso médico ladrão
prostituta proxeneta
espoleta televisão.
Serei tudo o que disserem:
Poeta castrado não!
Ary dos Santos,José Carlos Pereira, Lisboa 1937-1984, poeta e declamador.
 
Poeta castrado não

RECADO A PASSOS COELHO

 
Ilustre "doutor" Passos Coelho
Venha pelas ruas andar
Ouça bem cada conselho
Que as pessoas têm para lhe dar

Pegue nos seus " doutores "
E escute o nosso País real
Sinta o povo e as suas dores
Sofrendo como não há igual

Onde chegou a minha Nação
A situação é nua e crua
Tanta gente sem proteção
E a culpa é completamente sua

Reformados e pensionistas
Descontaram toda uma vida
Para você e os seus artistas
Lhe roubarem agora a comida

Há muito que aperto o cinto
Acreditem que falo verdade
Tanta vergonha que sinto
Em ver tamanha atrocidade

Vivo num País de crueldades
Onde os pobres são degolados
Os abastados têm imunidades
E os governos são condecorados

JORGE BRITES
Partilhando o meu sorriso
e mais um desabafo pela
situação do meu País.
 
RECADO A PASSOS COELHO

Indignai-vos

 
 
Não é racional esperarmos que os políticos actuais e os partidos actuais façam o que devia ter sido feito, mesmo antes do desvelar dos "buracos", que era encontrar as causas, os responsáveis e que fossem eles a suportar as consequências dos seus actos. Na realidade, eles não vão condenar-se a eles próprios. Mas todos sabemos que as dívidas do Estado não foram contraídas pelo cidadão comum, que sempre fez o que o obrigaram a fazer e pagou o que tinha de pagar. Quem geriu os dinheiros e o património do Estado, quem efectuou e assinou(?) as despesas é quem deve, em primeira linha responder. Quantas vezes teremos nós, cidadãos trabalhadores e contribuintes na fonte, de pagar contas que tão-pouco nos são minimamente explicadas e justificadas?
Que raio de ditadura "sagrada" é esta? E a maioria não está silenciosa.
Não podemos continuar à mercê de quem tudo fez para cairmos no abismo. A primeira medida necessária é afastar do poder todo e qualquer indivíduo que tenha feito parte dos partidos e dos governos dos últimos trinta anos. Continuam a repetir inocuidades para eles próprios, em vez de explicarem o que aconteceu, o que está a acontecer e como aconteceu. Quando eles falam, esperamos que digam algo mais do que aquilo que toda a gente está farta de saber. A segunda medida é dar-lhes a oportunidade de demonstrarem o que andaram a fazer enquanto membros dos órgãos políticos. A terceira é julgá-los. Ao mesmo tempo, apurar responsabilidades civis e criminais quanto à alegada dívida pública e aos chamados buracos.
O país e os interesses dos cidadãos não podem continuar nas mãos dessa gente. Ontem estávamos mal, hoje estamos muito pior e amanhã como é que estaremos?
As propaladas reformas deviam ter começado pelo sistema político, pelo aparelho político do Estado e pela defesa do Estado contra o "assalto" de poderosos interesses organizados.
Se o Estado e os seus órgãos de soberania não têm controle sobre os efeitos da globalização e estão "desarmados" contra pressões e mecanismos externos, então é tempo de repensar o Estado e os poderes. O perigo é fingir que tudo continua a funcionar como dantes. Os nossos políticos nunca se pareceram tanto como hoje com actores que representam um triste e desacreditado papel.
 
Indignai-vos

Viva o descanso!

 
Há quem não tenha nascido para trabalhar;
Há quem dedique a vida ao trabalho e se esqueça de viver;
Quem viva do rendimento minímo e tenha uma trabalheira a fazer filhos para o estado criar;
Quem esteja desempregado e se dê ao luxo de recusar trabalho, porque não está de acordo com o seu perfil;
Quem queira trabalhar e a crise lhe tenha batido à porta e não lhe traga contrapartidas.
"Há de tudo, como na farmácia".
Mas de uma coisa eu estou certa. Só pode saborear o descanso (férias, feriados, pontes) quem trabalha afincadamente um ano inteiro.
Viva o descanso!
Viva os feriados!
Viva as férias!
Viva as pontes, se no-las derem!
Viva o subsídio de férias e de natal, sem cortes!
Viva o 10 de Junho!
Viva Portugal e o poeta maior.

Maria Fernanda reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Viva o descanso!

Andam a brincar com esta MERDA

 
Ontem no I.P.O. de Coimbra, uma vez mais lamentei por um Pais chamado Portugal, pelo povo português e pela mentalidade vaidosa e tão sem essência do Sr. Estado deste pais
Uma ambulância, uma enfermeira, um pai com a filha ao colo, procuravam ajuda para a menina ser ligada “à máquina”(desconheço qual)
No fim de esperarem, saíram na procura de uma máquina vaga já…que a do I.P.O de Coimbra, estava ocupada com outra criança
A ambulância, a enfermeira, o pai com a filha ao colo…lá partiram para outro destino onde a tal máquina estivesse vaga
É de conhecimento público, a desgarrada competição dos conselhos e freguesias em apresentar ARVORES DE NATAL com INFINDAVEIS LUZINHAS que acendem e apagam
Gritam aos sete ventos que cada uma é a maior
Pois muito bem, “METAM AS LUZINHAS NOS… BOLSOS” e poupem para salvar vidas
É vergonhoso...se não fosse ser tão tristemente triste seria anedótico
Sua Ex. Sr. Estado, enquanto brinca ao poder, abanando obras e eventos sem motivos, uma ambulância, uma enfermeira e um pai com a filha nos braços procuram pelo pais uma máquina vaga
E o povinho vai batendo muitas palminhas a cada passagem do Sr. Estado Poderoso
Bate palminhas Zé povinho, engana-te bastante enquanto teus filhos morrem por culpa do teu pacifico desencanto

(Provavelmente por andar com os fígados azedos e a moral indisposta o meu sentido critico-social ficou meio que acicatado...um pouco intolerante e bastante osso duro de roer.Chamem texto, coluna ou indignação eu por mim...é muito enjoada e enojada desta mentalidade portuguesa ...de nada fazer. Desculpem se poderem pelo meu abuso deste espaço que é de todos.Ahhhh já esquecia…FELIZ NATAL com muitas LUZINHAS que acendem e apagam)
 
Andam a brincar com esta MERDA

As notícias de amanhã

 
Hoje a notícia do dia perguntou-me pela saúde dos meus óculos. É que já anda há uma semana à procura deles e as certezas vão-se sumindo no ralo de um sorriso sem palavra. As notícias cada vez chegam mais adiantadas, mas isso todos já estamos carecas de não saber, porque adivinhamos ratos roliços entre as páginas da vida. Que chatice porque eu tinha recortado um anúncio para as próximas abstenções às urnas e senti uma dentada nas nádegas. Na desordem, os dentes dianteiros ficaram cravados no tarot da ginástica chinesa onde também os sapos saltavam todos para trás a negar a falência do dinheiro. Procurei pela fava que nunca me calhou para lá encaminhar todos os barrigudos mas o meu dedo colou-se à tomada eléctrica e fundiu todos os fusíveis no meu cérebro. Quis ficar séria mas o choque arreganhou-me as beiças roxas da dúvida, e qualquer coisa me caiu do céu da boca. Debrucei-me para apanhar do chão o pensamento para dentro de mim, mas já o sol queimava a madrugada dos meus botões. Nem a chuva de areia soube o caminho do esgoto das mentiras. A propaganda contra o voto de castidade, de um bando de tansos pardais que corrompiam as camadas mais amáveis dos crédulos numa luta sem tréguas, fez nascer toneladas de preservativos para a consciência.
Quase que me afoguei.
Quando encontrei os óculos escondi-me dentro deles.
As notícias de amanhã vou sabê-las de óculos escuros…
 
As notícias de amanhã