sem me querer aqui "armar" em pedagoga e /ou psicóloga,mas, mais uma vez,sem me "envergonhar" ou sequer "arrogar" do facto de ter alguma experiência nestas coisas que fazem parte do processo do ensino-aprendizagem,venho-vos falar de algumas coisas que,não sendo apenas do âmbito escolar, me parecem pertinentes para o “site” nesta altura de um certo "balanço" que sinto se faz por aqui.
é que,partindo do facto de que o luso-poemas tem sido uma óptima fonte de aprendizagem para mim e de que também o pode ser para muitos outros com vontade de evoluir e de aprender ,e de que tenho ,ultimamente ,muitas vezes constatado que se fala muito de "complexos" por cá,resolvi,em vez de "mandar" e "ouvir" mensagens ("bocas",algumas até em forma de "poema") que passam de uma forma pouco clara e pouco séria ,reflectir um pouco mais sobre este assunto.a minha esperança é que reflictam comigo e não “fomentar guerras” ou conflitos inúteis.
posto isto, peço abertura de espírito e uma atitude livre de qualquer espécie de cinismo quando, e se, decidirem ler este texto.lembrem-se que não me assumo por aqui como professora,nem aluna,mas como alguém capaz de partilhar,de ensinar e de aprender.como todos nós nos devíamos,em suma,acho eu,sentir.porque todos os sítios,acho eu, são bons para o fazer.
servindo-me do meio escolar como exemplo,a experiência tem-me demonstrado que há dois tipos de aluno que aprende com dificuldade:"o que pensa que sabe sempre tudo" e "o que pensa que nunca percebe,nem nunca há-de perceber, nada".
muitas vezes o professor é visto pelos alunos, erradamente, como "o que pensa que sabe tudo",mesmo que não lhe passe semelhante coisa pela cabeça.e isto porquê?
pelo simples facto de que ao revelar alguns conhecimentos e apetência pelo pensamento ,o professor pode estimular ,inadvertidamente ,os complexos de inferioridade de alguns alunos,que imediatamente pensam que nunca chegarão àquele patamar que consideram tão longínquo do seu.sentem-se humilhados, inferiorizados.daí a não se esforçarem por aprender vai um passo.este "sentimento",aliás, também pode acontecer em relação aos colegas de turma e não só em relação ao professor.
mas,o que este tipo de aluno não pensa é que se alguém,colega ou professor aprendeu um dia alguma coisa e continuará sempre a aprender é porque, ao contrário ,se calhar,de ser um arrogante ,cheio de complexos de superioridade,é alguém com a humildade , a auto-confiança e capacidade de trabalho necessárias e suficientes para ter sido capaz de o fazer(aprender)e de continuar a fazê-lo.(e esta,hein...?)
no dia que uma pessoa parar de aprender e evoluir,verifique-se se uma destas situações não estará a ocorrer.até pode ser que "o filho da mãe" seja um arrogante mesmo.ou um "coitadinho" assumido, uma pessoa com baixa auto-estima,que se acha incapaz de aprender.se assim for,em qualquer dos casos,achará que não tem mais nada a aprender,nem se esforçará para que tal aconteça.
apesar de quase todos sermos adultos por aqui,verifico que este clima, muito habitual numa sala de aula, tem-se vindo a instalar também pelo luso.não me cabe a mim utilizar as técnicas habituais para combatê-lo como faço habitualmente na escola:o reforço da auto-estima dos que não a têm,o assumir e transmitir de uma imagem de professor como sendo alguém que partilha conhecimentos e incentiva a descoberta,num processo em que todos podem colaborar à medida das suas capacidades e desenvolver-se,deste modo.
mas...se estivesse na escola,era assim que actuaria.
aqui,onde não sou professora de ninguém,opto por escrever textos e espero que reflictam sobre eles,com abertura de espírito e pouca mesquinhez,porque acredito que sejam capazes de os interpretar.opto por crescer por dentro e aprender com os outros também. Acredito que se esforcem por o fazer,como eu me esforço quando leio os vossos textos.
Espero que dos vossos comentários a este texto surjam opiniões válidas sobre o tema e não mais acusações e reacções desprovidas de qualquer racionalidade.reacções como algumas que que tenho visto já por aqui embuídas de sentimentos pouco dignos do ser humano,mas que todos sabemos lhe são tão próprias.
Apenas porque,vale a pena pensar nisto...