COPA DO MUNDO SHOW DE EMOÇÕES! [2]
A Copa do Mundo
É um universo de emoções...
É a junção de um sonho,
Paixão e amor pela pátria amada;
Que é enaltecida através do futebol.
Esse conjunto que reúne nações...
Faz-se diferenciado de todas as modalidades
Esportivas dentre outros mundiais...
A nacionalidade, o amor de um povo por sua pátria é imensurável.
Aonde o sangue corre em suas veias.
Essa corrente de força unida fala alto aos corações,
Pois existe o amor de almas, mesmo que sejamos
Contra os desatinos de seus governantes...
Pausamos para então:apreciarmos um grande espetáculo
De raça, garra, luta e determinação.
Até mesmo de cenas que nos parecem
Quase impossíveis quase milagres...
Num arranque de força e limitação humana acontece o gol
Tão esperado para se fazer ecoar o grito preso na garganta.
Dessa forma a Copa torna-se o maior espetáculo do mundo;
Aonde os jogadores reinam como gladiadores diante de uma arena eufórica.
São craques numa harmonia tal qual uma orquestra cheios de maestria...
Pés dourados valsam: através de toques sutis dribles perfeitos...
Acompanhados de um coral em seu esplendor... (Sua torcida)!
Aos nossos olhos algo bonito de se ver, tão fantástico que ficamos estáticos
Boquiabertos, olhos arregalados, o coração... Tum,tum... Fascinados pelos feitos
Da bravura dos atletas que, nessa hora torna-se ilimitado em suas habilidades...
Entretanto são os mesmo pés que fazem as lágrimas rolarem sejam de alegrias e /ou
tristezas entre perdedores e vencedores!
COPA DO MUNDO SHOW DE EMOÇÕES!
Texto escrito para o concurso!
ainda é meu tempo de viver...
parti por não ter chão onde semear sonhos, cerro as palavras na boca, deixo-as na terra adormecida do meu âmago, talvez que as sementes germinem mais tarde em horas de saudade e, docilmente se entreguem em versos chorosos que embaciem os olhos, ou suspendam a tristeza e o vazio do tempo, e venham dourar o verde onde a minha esperança cresce... é verão, mas, estranhamente o dia é de penumbra a memória apaga-se lentamente e eu fico de morte ferida, mas ainda vivo, ainda é meu tempo de viver...exausta parti de mãos vazias, levo os desencantos, vou palmilhando o chão e levo por companhia a solidão, voltarei quando fôr lua cheia, se ainda fôr capaz de aprender a primavera, e as folhas em mim caídas voltem a reverdecer em meus sonhos, eu possa moldar de novo as palavras a meu jeito, e nada impeça que me tragam a promessa de ser gaivota na planície...com olhos de madrugada.
natalianuno
CINQUENTA ANOS
Meio século de vida! Vida vivida sofrida,
corrida, querida - vencida: Vencida, num
tempo: Tempo, passado numa velocidade...
Não percebida!... Quanto tempo perdido
ao invés de ser vivido.
Horas, minutos - segundos preciosos...
Dispersos; confesso: Não vi o tempo passar por mim. Passou como relâmpago no abrir e fechar dos olhos. Hoje posso afirmar que não devemos perder tempo com coisas irrelevantes ao contrário, devemos deixar pra lá tudo que não nos faz bem! E viver cada momento como se fosse o último.
Porque esta é a porção que nos cabe - cada segundo deve ser vivido como se não restasse mais nada!
Sejamos felizes com o que temos.
Sei que no meio do tempo tive momentos bons - mas houve outros ruins enfim a vida é mesmo assim: cheia de altos e baixos. Nessa trajetória houve sim; dias primaveris - felizes momentos ímpar. Bem como a chegada dos meus filhos - posterior dos netos,
parte do meu tesouro bem - preciosíssimo! Posso dizer que sou
privilegiada alcancei a graça - o meu maior tesouro: Jesus Cristo
na minha vida... O meu coração é um baú que guarda muitos tesouros
tem uma joia de raríssima beleza - aquele que Deus separou para mim...
O meu amor. Ainda constituem-se pedras preciosas de maior quilate
minha mãe, meus irmãos. Há amigos que se comparam ao valor de rubis!
Eu só tenho a agradecer a Deus pela bênçãos alcançadas de poder chegar aos cinquenta anos cheia de fé e esperança - acompanhada de pessoas maravilhosas e pelo privilégio de estar em boa forma e aparência ... Inibindo o tempo.
Obrigada Deus!
Por Mary Jun - 23/10/2014
PONTO FIXO
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Desde muitos anos vou e volto pela mesma avenida, trajeto obrigatório; de casa para o trabalho, do trabalho para casa.
O comércio que frequento fica do lado oposto, depois da praça.
Diariamente, antes de eu dobrar a rua transversal, na esquina em frente à praça; estática como se fosse uma pintura em tela viva, lá estava ela, sentadinha numa pequena caixa de pinus, destas que acondicionam e transportam frutas.
Ela era só uma menina, uma criança, com cerca de seis, sete anos, não mais. Nas mãos, outra caixa, esta de papelão cheia de balas, guloseima exposta à venda que ela oferecia a quem passasse por ali. Fazia isto somente com um olhar. Olhar cabisbaixo, lacrimoso, eu nem precisava fitar muito para sentir que ela era infeliz. As cores das guloseimas eram muito mais coloridas do que seu velho vestidinho, manequim tamanho maior do que o seu corpinho, talvez ganhado em doação de outra criança maior em tamanho e posses. Eu parava ali todos os dias, nossos olhares cruzavam, ela nada dizia, eu nada perguntava, pensávamos que éramos mudos. Pegava algumas balas e pagava com moedas num valor muito superior que o custo, e seguia o meu caminho. Não era esmola, pensava estar fazendo o meu papel, ajudar, isto é: comprando o que ela vendia, sem me preocupar quem era.
O meu olhar acostumou-se àquele quadro.
O tempo passou. Passou tão rapidamente como passa a areia entre os dedos, e na mesma velocidade, deve ter exaurido a vontade dela em vender balas. Um pouco mais, um véu criou-se entre a imagem e meus olhos. Também não era mais obrigatório eu passar por aquela avenida, mas por contumácia ou força do hábito que tivesse, mas persistia. Numa determinada tarde, meu olhar envelhecido ou viciado, nem percebeu que aquela menina, passara de casulo para libélula, ela já era uma mulher e eu nem notei. Desperto por essa metamorfose... Cumprimentei-a. Estática na mesma esquina ela permanecia. Sua resposta surpreendeu-me:
- Está a fim de um programa tio?
Lamentei não ter feito mais por ela antes.
contei-porai blogspot com
Pezardelos
Ainda que respirando os últimos sopros da vida, ficamos ainda mais tristes ao ver as montanhas perder suas coroas de gelo. Os olhares que ascendem orações não amenizam o desespero das paisagens; temos medo de dormir e acordar sem o Mundo.
contemplação
o rio empurrava o vento com cheiro de maré
ou seria o vento que empurrava o rio
para ter só rio?
estalavam palmas e dançavam, as jussarras,
como a acenar para nuvens que no ocidente
se amontoavam em reunião
festejava, na tarde alaranjada,
um colorido varal e no ar, perfume de lavanda
ria hegemonia
da cadeira, balançando na varanda,
uma senhora engarrafava momentos,
como se o tempo estivesse disposto
a lhe esperar e ela, introspectivamente,
se detinha em cada folha que caia e
em cada sombra que surgia
nada, nada daqueles
olhos se perdia
o vivo quadro, que de longe eu observava e
na época não entendia, na verdade
mostrava que se embriagava, aquela senhora,
de poesia.
Diz-me...
Diz-me. Em que rua estavas, quando passei, sem que reparasse em ti!
Diz-me. Em segredo, todas as coisas que mutilam o teu desejo e que, assim, encobrem a alegria do teu rosto. Podes contar-me tudo o que quiseres, desde que o teu olhar sorria e a tua boca se encha de palavras quentes, para que as deites cá para fora, onde estarei, pronto, para as receber e partilhar, assim, as minhas emoções para que se unam com as tuas.
Diz-me. Diz-me que deixas o teu coração falar. Diz-me que não impedes o teu sentimento de se mostrar.
Diz-me que procuras a felicidade, e que, quando a encontrares, saberás reconhece-la, agracia-la e guarda-la. Diz-me que não tens medo de ser feliz!
Diz-me que nunca esquecerás as letras que usas para construir o mundo, nem que seja, apenas, o teu mundo…
Diz-me tudo! Diz-me… que eu serei um ouvinte activo, liberto de preconceitos, para que entre as tuas palavras, possa sonhar as minhas e assim, construir o meu mundo também.
Mas, diz-me! E mesmo que queiras o silêncio, diz-me, por gestos, ou por imagens, para que encontre uma ponte neste caminho minado. Será como que um fortalecer, entre murmúrios, que outras almas porfiam em fazer acontecer.
Diz-me.
Diz-me que deixas o teu sorriso fluir.
Diz-me que te libertas de mim, de ti, e que, assim, consegues ser a essência.
Não tenhas medo de nada. Diz-me…
agora que o sol se pôs
o tempo sequestra suas asas e algema o sorriso, os sonhos fazem-se nela silêncio, e a saudade faz-se grito...despe-se de Maio, veste-se de Outono, e os olhos secam...aos ombros carrega a tristeza, e na poesia fala de esperança que ainda lhe resta feita de retalhos...alimenta no peito gaivotas, lembranças que vão e voltam trazendo saudade de si, assim, nesta amarga condição vê chegar o frio à vida e o vazio à mente e ao coração... o corpo de garça abriu e fechou em flor, traz recordações presas às raízes da memória em conflito com o presente, e a idade sabe de cor, embora Janeiro faz por esquecer o ano inteiro, da sua boca rebentam palavras de cor outonal, navega em dois rios, num deixa-se levar pela trama do tempo, e no outro pega nos remos e rema contra a maré com fé, enquanto o coração estremece e, ainda que nada regresse volta sempre ao lugar do sonho sem ousar despertar... cansada da viagem, perdida desse rasto de si, olha a imagem e como louca ri...
natalia nuno
Pianista de mim.
Quando a alma povoa-se na ilusão, em vão meu coração vagueia, sonho-me sereia com o dom de enfeitiçar, sonho-me gaivota com o poder de galgar o mar. Mas sou gente, perene, carente, com todos os defeitos de uma terra poluída. Sou gente, sou vida. Sou guarda em guarita de guerra, que berra, insano berra, e ninguém escuta. E morre no pavor mesmo sem luta, apenas vislumbrando moinhos de ventos, cavaleiros que povoam os pensamentos, apenas os pensamentos... E morro tísica aos "relentos" da vida, estertorando o sangue, esquecida, em hemoptóico fim, sem um músico, um pianista para tocar um requiém de mim.
E vivo assim, tal borboleta louca, com asas carmim, voando neste pasto de gente, sem início e sem fim...
Chora pequeno coração chora
"Chora pequeno coração, chora"
I – chora pequeno coração chora
Deixa-te enternecer nesse gentil carinho
nessa formal aglutinação de fraternidade
nessa homenagem ao amor já emprestado
comove-te e deixa-te chorar baba e ranho
Suspira na alegria e deixa a boa surpresa fluir
respira fundo e enleva-te nessa gratidão
que nunca sentiste por esse doce carinho
é a hora de receberes do que tanto deste
Nos olhos bem abertos as lágrimas tilintam
prestes a jorrar numa cascata de gratidão
todo o carinho que sentiste e foi surpresa
o que para ti era normal dares, recebe-o agora
II – chora pequeno coração chora
Eu sentia todo esse amor em minha volta
e identificava apenas a existência do que dava
nunca sentira qualquer retorno ou gratidão
e tudo isso eu achava normal e coerente
Mas veio esse terrível dia tão assustador
que eu nem supus conseguir ultrapassar
por esses medonhos mal estares, um inferno
o coração trepando todo pela garganta
quase conseguindo sair pela boca fora
A alma já de perninha de fora da janela
a respirar tão dificilmente, e eu patinava
pensava e despensava no desespero de um
orgulho magoado e quase fui fazer asneira
III – chora pequeno coração chora
Mas o Sol brilhou e eu entreguei tudo a Deus,
sem qualquer esperança em poder sobreviver
sim, porque eu agora posso contar:
o quanto estive tão demoradamente doente
E como pensei não voltar a falar ou a escrever
sofri tanto que tive de desistir de viver e amar
e desistir é algo de muito grave para mim
e foi o que envergonhada me vi obrigada a fazer
Mas, e porque haverá sempre um mas
sobrevivi após uma, duas, três, quatro noites
sem dormir, mas em que repensei todas as ideias e
deixando o coração chorar toda a sua imensa tristeza
eu descobri o de sempre, o óbvio, o natural em mim
IV – chora pequeno coração chora
Porque eu quero viver, e até nem sei ficar quieta,
então bora lá sacudir as penas, fazer-se viver
e deixar-se nascer novamente, qual belo cisne
flutuando num lago, todo ele feito de esperança
E amar, porque é de amor que eu preciso e
há que semeá-lo por todo o lado para que nasça,
e para que exista em todos os outros corações
em toda a parte e a toda a hora em que respire,
Limpando todas essas lágrimas de emoção, pelo amor e pela fraternidade bonita que hoje eu recebi.
Lisboa, 11 de Janeiro de 2017
Maria
Para as minhas amigas: Isabel, Catarina e Maria de Fátima.