Poemas de reflexão

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares da categoria poemas de reflexão

Sol a estrela

 
Sol a estrela

O amigo mais prestativo de todo o Universo
que nunca faltou às suas promessas reais
um reinante presente por vezes encapotado
quando as nuvens cheias o encobrem, leais.

Tudo na vida é especial, tudo com precisão.
Mãos que moldaram barro com o seu amor
e a natureza é um painel de frutuosa beleza
e um único mar verde a esmeralda de valor!

Estrelas iluminam o mundo quando escurece,
contributo da grandeza, saúda durante o dia
à noite vai para casa cansado e adormece.

Mas a alegria vem da luz e calor que todos abrasa
aquece corações, seca lágrimas, ilude tristezas
é de todos, nem pede licença entra-nos em casa .
 
Sol a estrela

Barquinhos De Papel

 
 
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Barquinhos De Papel

Quero que os meus versos
sejam humildes
como humilde foi o meu nascer:
cinco letras gritando
na boca da minha mãe
cinco letras sorrindo
nos olhos do meu pai

Quero que os meus versos
sejam humildes:
cinco letras entranhadas
no corpo da minha amada

Cinco letras vivendo
no meu filho eternizadas

Sim!
Quero que os meus versos
sejam humildes :
cinco letras apagadas
pela terra que as guardará

E... a chuva impertinente
a levar os barquinhos de papel
no tempo
de quem (não) me viu





Luíz Sommerville Junior , 060220142245 , Eu Canto O Poema Mudo

* cinco letras ou o meu nome - Jorge.

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Barquinhos De Papel

Como é difícil!... Como é fácil!...

 
***

Como é difícil encontrar pessoas gentis
Que libertem flores nascidas no peito!...
Como é fácil descobrir alguém que diz
Palavras que brotam de qualquer jeito!

Como é difícil harmonizar a amizade
Que habita o imaginário do poeta!...
Como é fácil de cair na vulgaridade
E perceber o quanto se pode ser pateta!

Como é difícil desfrutar doce Amor
Que provoque o êxtase dos sentidos!...
Como é fácil obter abraços sem calor
Que mal apertam e já estão consumidos!

Como é difícil navegar um oceano vasto
Que represente os sentimentos do ser!...
Como é fácil prever um futuro sem rasto
De quem parte, sem chegar a viver!

06.08.2009, Henricabilio
 
Como é difícil!... Como é fácil!...

Depois da Copa? A vida continua...[2]

 
O futebol é uma arte
Arte de encantar
De seduzir
De manipular.
Tudo é esquecido durante a copa do mundo
Não existe pobreza
Que possa afastar o brasileiro
De ver a seleção canarinho desfilando em campo.
Ainda mais se o jogo é em casa.
Nem mesmo é preciso trabalhar
Porque a seleção vai jogar
E tudo pode ser resolvido depois.
Mesmo quem não gosta de futebol
Torna-se um expectador.
O verde e amarelo torna-se cores predominante
A beleza do meu País.
Os estádios são belíssimos
Onde desfilam os maiores craques do futebol mundial
Êxtase de narradores a envolver as massas.
Quem não gosta de futebol
Que atire a primeira pedra ou destrua essa paixão.
Brasil, meu brasil brasileiro
Que encanta as multidões
E embala essa paixão.
Como não sensibilizar ao ver os olhos de crianças
Que só querem ver o Brasil ganhar?
Quem dá a mínima para os desvios de dinheiro
Eles aconteceriam de qualquer forma.
Esqueçam as escolas e hospitais
Pelo menos agora,
E vamos torcer pela nossa seleção.
O legado?
Belos estádios espalhados pelo país inteiro
E histórias para se contar durante anos.
Depois da copa?
A vida continua.

Poema: Odair

Odair José

http://odairpoetacacerense.blogspot.com
 
Depois da Copa? A vida continua...[2]

O cavalo

 
O cavalo

Animal soberbo
de porte altaneiro
leal, olhos meigos
pelo raso luzidio
de relincho faceiro.
Animal limpo, belo
elegante a figura
sabe pisar bem
e calmo no andar
se é boa a ferradura.
A crina penteada
escovada, brilhante
caída para o lado,
olhos pestanudos
cauda espampanante!
Ondula a compasso
quando a cavalgar
na sela monta o mestre
dá um toque na rédea
dressage a começar.
Passo curto ou largo
passage para o trote
vaidoso e impertigado
quando apertado o freio
aí vai ele a galope.
As vénias graciosas
exímio a tourear
tem raça e bravura
é tão dócil no seu trato
e que alegre o relinchar.
 
O cavalo

Tempo vagabundo

 
Tempo vagabundo
 
Com a impotência algemada à alma
e as mãos calejadas de acariciar
o vazio do eco arquejante
lavro na pedra barrenta
do destino
um outro olhar,
um outro caminhar

Com a firmeza de um sem abrigo
semeio na alma as flores do desejo
desse desejo que me faz crente
e na berma da estrada
visto-me
dos minutos e das horas do tempo,
desse tempo
sem tempo p`ra mim

A impotência permanece
na ardência da alma nua
e num impulso de puro
atrevimento
exijo ao vagabundo do tempo
um milésimo de tempo
por fim

Escrito a 30/12/09
 
Tempo vagabundo

Um dia hei-de cantar a dor

 
Um dia cantarei a dor, com a voz trémula e angustiada.

Para onde quer que me vire, vejo e sinto prantos que brotam em cascatas desesperadas.

Tanto sal a brilhar na face daqueles que não abafam a dor, pois no seu peito não cabe mais sofrimento retraído.

Nascentes do meu mundo, correndo a céu aberto por leitos de ribeiros que hão-de ir alimentar o oceano dos desencantos.

E que dizer dos rios que permanecem incógnitos debaixo da superfície, a corroer o corpo e a alma de inúmeros seres humanos?!...

Lençóis de águas represadas, aquíferos de amargura que nunca chegam a ser verdades aos olhos do mundo.

Como não cantar a dor, se ela habita o peito de cada um de nós e faz-nos a todos escravos sob o peso de sentimentos continuamente ultrajados?!...

Sim!... Um dia hei-de cantar a dor.
E com o meu cântico, farei um mundo melhor!

21.07.2009, Henricabilio
 
Um dia hei-de cantar a dor

SÓZINHOS NÃO SOMOS NADA!

 
SÓZINHOS NÃO SOMOS NADA!
 
SÓZINHOS NÃO SOMOS NADA!

Um serrote metido e arrogante
Exibido, ao martelo se gabava
De ser ali o mais importante
Que de ninguém ele precisava.

Serro toda a madeira sozinho
Sou o mais forte e poderoso
O martelo quieto coitadinho
Escutava a tudo silencioso.

Pensava, só consigo é bater
Na cabeça do coitado prego
Mas é o que posso fazer
Não sou importante e não nego.

A chave de fenda lá pensando
Sem se atrever a balbuciar
Vivo como louca e rodando
Para o parafuso apertar.

A régua quieta lá no fundinho
Também não quis se manifestar
Apenas marco o caminho
Onde o senhor lápis irá passar.

Eis que entra o seu João
Para mais um dia de jornada
Reúne seu material e deixa a mão
Para não esquecer de nada.

Numa maleta que vai transportar
As ferramentas para trabalhar
Coloca todas juntas sem separar
Pois de todas ele vai precisar.

♫Carol Carolina
 
SÓZINHOS NÃO SOMOS NADA!

Insignificâncias Minhas

 
Insignificâncias Minhas
 
 
A arte é de Jeff Wrench – Artista que recria sentimentos e expressões humanas.

*****

“Pra mim, poderoso é aquele que descobre as insignificâncias [do mundo e as nossas].”
Manoel de Barros

A impermanência das coisas me assusta
por que efêmera
o que parece real se me escapa das vistas
por atalhos como vão sendo as horas
me pergunto onde se esconde
a claridade matutina que me escorre entre os dedos
rio do tempo, onde
os entardeceres melancólicos e seus gritos
em vermelho fogo na linha do horizonte?

Somente ficam as paixões impossíveis.
Esse movimento vibratório de asa pequena
que não ousa os voos pra qual fui feita
dos solavancos das mudanças os anos
lecionam a afugentar as dores
pra azagaiar direito o rumo
pra onde vai meu passo
a dividir o pão como se fosse amor
a acender a visão como se fosse incenso
nesses dias nublados.

somente os abraços e beijos e desejos
de coisas boas me são necessários
no Agora. Ainda que perene.

Minha vida de hoje transparece as insignificâncias minhas
oscilando entre quedas e aventura incerta
o que vale é que não tem prazo de amar
segue lampejando entre o dia que nasce e a noite que se estrela pra sonhar
sem pressa.

Maria Lucia (Centelha Luminosa)
 
Insignificâncias Minhas

um poema atrás do outro

 
Reuni coragem
deixei de implorar, de chorar
não vou deixar de lutar
até ao fim
se a morte me aguardar
pois que aguarde...
Ter medo não faz mal
ter medo é tão natural,
o coração bate no peito
como pássaro preso numa gaiola
mas eu não peço esmola
hei-de morrer com dignidade
todos morremos mais cedo
ou mais tarde
essa é que é a verdade.

O entrechocar de ideias
me revigora
às vezes preciso duma oração
um poema atrás do outro
até chegar a hora.

Às vezes também me estremece a mão
quem sabe se este dia é o último?
Em remoinhos de vento
trago o pensamento
como uma tempestade
onde se precipita a saudade.
Seja até que Deus quiser
a vida é como o vento de nortada
com a força que me levará cansada
ofegante.

A morte... aproveitará o instante.

natalia nuno
 
um poema atrás do outro

Educar é semear

 
Educar é semear

Educar é como semear um campo prometedor
de terra boa alimentada de produtos naturais
bem tratada e limpa das tais raízes sugadoras,
regado com zelo, carinho, que nunca é demais.

É um processo longo, para se levar com perícia,
serenidade, atitudes meigas, nada de aspereza.
Que os olhos saibam traduzir bem o pensamento
e a sabedoria será bem induzida, com certeza.

As palavras sejam bem claras e compreendidas
para que não sejam deturpadas ou imprecisas
é bom perguntar se entenderam ou se há dúvidas.

Semear para colher, provérbio cheio de ciência.
Iluminar a mente, que se abre ao conhecimento.
Alegria, poder colher os frutos doces da paciência.
 
Educar é semear

NOVO ENDEREÇO

 
NOVO ENDEREÇO

Habito um mundo novo
Morada perdida em cantos remotos
cujas paredes são horizontes
Abrindo amplos salões
Pouso meu corpo dolente...

De incenso prazeroso, sossegado
Trazendo calmarias.
Invade perfumes de mar bravio
Adentrando seus interiores
Soprando seu úmido salitre
Nascido de ondas banais
Varrendo anseios, estúpidos sonhos

Habito um mundo que arrendei sem prazo
Com preguiça do futuro
Gastando o presente
Sentando no passado
Nada compro nada vendo
Apenas olho
Os sentidos mudaram, fica apenas o silêncio
Sem vontades ou saudades
 
NOVO ENDEREÇO

Tempo

 
Tudo já aconteceu,
Pois acontece e acontecerá
No mesmo tempo

Todo o fluxo já passou
E ainda passa e passará
Neste exato momento.

Toda a hora sempre chega
Porque já passou.
Por isso, somos agoirentos.

O tempo é um rio parado
Embora haja tanta gente
Afogada e sem alento.

E, mesmo estático,
Vivemos ardentes
Em meio a tantos tormentos,

Porque, mesmo parado,
Vivemos na aparência
De discursos e argumentos,

Na ilusão de calendários,
Dias, anos e minutos
Em meio a sonhos e dezembros,

Porque, mesmo cumpridos
Seu destino e fado,
De nada sabemos.

E o que há somente
É a luz que dilata
Distâncias e comprimentos,

Tudo o que vemos
É o para além dos nossos olhos
Do chão ao firmamento.

Assim não o sentimos
Como insensível cristal,
Mas como nosso tegumento,

Por isso não o sentimos
Como massa inerte de gelo,
Mas torrente ardente de tempo,

Ou, mesmo parado,
Como solo livre do sólido,
Pântano lutulento

Onde afundamos,
Onde morremos e nascemos
Na ilusão dos fragmentos,

Porque o tempo é um todo,
Rio sem fluxo ou corrente,
Congelado movimento,

Aquilo que muitos confundem
Com a existência
De algum ser eterno e supremo.
 
Tempo

RAÍZES

 
RAÍZES
 
 
Em todas as estradas eu busquei e, encontrei
alucinantes aventuras pelas madrugadas
ansiava pela festa dos sentidos
cantava!...

em confiança ao lado de falsos amigos
agitava-me insano numa estranha dança
pra caminhar, depois, trôpego e cansado
sem perceber, que ao léu, o sonho almejado
onde ainda me ponho
não seria realizado!

ante a ilusão que me assaltava
esquecia-me pouco a pouco
do caminho do retorno
mais e mais, eu me afastava
do colo morno dos amados
que eu deixava...

revi em sonhos
cenários que eu não quis
cenas consternadas, faces contraídas
espanto!

ali, de alma perjura, cortei meu elo da raiz...

parti atado ao cárcere de encanto
qual o Filho Pródigo do ensinamento
pra recobrar a razão por um momento:

- De onde és infame? Qual teu nome?

Aturdido com a resposta
lembrança que não condiz
ao tardio arrependimento

Réu e juiz!
peito rouco... Olhar vago
corro feito um louco.

Onde a calma?

e sinto nas entranhas, a vibrar profundo
minhas raízes fincadas
bem fundo na alma!

Maria Lucia (Centelha Luminosa)

Poema inspirado na Párabola do Filho Pródigo (Jesus)de minha autoria, e que foi festejada peça de teatro, em 2013, com jovens atores amadores de comunidades de baixa renda.
 
RAÍZES

Crepúsculo

 
Crepúsculo

Estou na minha janela perfumada
pelo aroma intenso da trepadeira
que enfeita esta casinha graciosa.
Olho no alto, lá estava a lua feiticeira.

Estava cheia, mas cheia, enorme
banhada de prata toda iluminada
uma ténue auréola circundava-a
como se fosse uma noiva velada.

E no mar, naquela imensa superfície
nem o traço do horizonte se avistava,
e as ondas, no seu vai e vem constante
prateadas pelo luar, que lindo estava!

A noite caía tão depressa, recolhi-me,
o crepúsculo impondo-se já é reinante.
Recostei-me na cadeira, a brisa é ténue,
olho o céu estrelado e é deslumbrante!
 
Crepúsculo

Quando a vela se apagar

 
Quando a vela se apagar

Para a terra vamos, fica uma vela acesa
no céu, desde o dia que viermos ao mundo.
Os anjos a acendem em nome do Senhor
com um sopro de benignidade, profundo!

Saem do coração belos cantos evangélicos
das bocas doces coros em hinos, sejas feliz!
Então seremos abençoados e nomeados
com aquela santa mão, que aqui nos quis.

Agora a terra é a sua morada, a vela fica a vigiar.
Trazemos os dons que nos foram dados por Deus!
As contas a fazer, os dias certos, tempo aprazado.

Com brados de alegria e dor nascemos a chorar
há braços trementes, comovidos, lágrimas preciosas,
nasceu uma alma, estrela de amor, até a vela acabar!
 
Quando a vela se apagar

As mãos

 
As mãos

Podem ter a pele
curtida e rugosa
podem ter linhas
gastas velhas
a cor já terrosa.
É da idade
com certeza
mas preciosas
trabalhadoras
e já tiveram beleza!
Muitas doridas
ásperas, calosas
ceifando, cavando
labores rudes
tão valorosas.
Outras secas
da vida caseira
diária de labuta
cuidando do lar
não é brincadeira!
O marido, os filhos
com todo o rigor.
A, higiene, o jardim,
alimentação, tudo
tratado com amor.
Outros modos
onde a acção, dura
pesados trabalhos
projectados para
a época futura.
Um corpo grande
ou as mãos pequeninas,
tudo articulado
da cabeça aos pés
elas como são ladinas!
Os acenos e beijos
atirados pelo ar
parecem pombas
que a nós chegam,
estão elas a lançar.
Lindas quaisquer uma
se unidas a rezar,
só Deus as conhece bem
e são as Dele também
que podem abençoar.

Vólena
 
As mãos

osrev od osrever O

 
ieres oãn áj iuf ednO
siam oãn iuqa e uov edno ouS
seõzar ed sasar sezìar ed osaR
seõtrop ed sadartsorp sadatrop ertne E
"siav" sedrev ed sadarav saderev ojeV

?siatlov oãn euq zov sedi ednO
?siatucse oãn euq sóv sedniv ednoD

ieracif oãn uos ednO
sárartnocne em ,uotse oãn es uoS
sárt arap uod euq sossap sod odniR
etnerf ahnim à adiv a odnarohc E
sáres otnauq o sárev e meV
etneserp odniv etsof euq sadartse mE
sád otnauqne ogimoc et-iR

zaf et euq ossap O
 
osrev od osrever O

O NEGRO SABE DA CONSCIÊNCIA DE SER

 
O NEGRO SABE DA CONSCIÊNCIA DE SER
 
Somente o negro sabe do fio de açoite
que rasga a pele à flor da alma
do mal-disfarçado desdém
que o soslaio contém...

pra saber é preciso sentir
e pra ver direito é preciso saber...

quem mais poderá enxergar melhor
“saber de cor” e da cor
senão aquele que compõe
seu próprio caminhar?

e no cotidiano registrar
à ferro e fogo os seus sinais?

Maria Lucia (Centelha Luminosa)

* A expressão “saber de cor” vem do francês “savoir par coeur”, que significa ‘saber por intermédio do coração’ .

Em 20 de Novembro se comemora no Brasil o Dia da Consciência Negra.
 
O NEGRO SABE DA CONSCIÊNCIA DE SER

Mais um poema de amor

 
o amor não doa palavras;
cede momentos
pr'alma fotografar.
em porta-retratos das
lembranças, bem amadas
recordações para a
mente roçagar.

é o desamor quem percorre
ruas sem encontrar pousada.
vive de mãos estendidas
mendigando a certeza
da existência do amor idêntico
ao que sonhou e,
passa frio,
passa fome

enquanto vai passando
o amor
atrás de
um passante
 
Mais um poema de amor