Luso, Agora, o Meu Site de Relacionamentos
Pobre gente pobre, mais pretensiosa, e idiota
Que apareceu, de repente, por aqui, no Luso
Trilhando de um modo completamente obtuso
Lá vai fazendo do trabalho dos outros chacota
Usando um pseudo preciosismo, como capota
E, com um comportamento deveras abstruso,
Armados em críticos de poesia - que anedota...!
Vão denegrindo um a um, num exaltado abuso
E assim pretendem tirar os seus emolumentos
Do Luso, este aprazível site onde Almas poetas
Veem dejetar seus amores, ou dores, ou alegrias.
Desde então, eu visito aqui amigos todos os dias
Por ora, fazendo apenas algumas leituras seletas.
Fiz, assim, do Luso, o meu site de relacionamentos
apsferreira
SILÊNCIO BEM POSTO
Finge-se ouvir
esses palavreares prolixos
tão dúbios que o bom senso
interdita...
A calhar, uma saída pela tangente
fazer ouvidos de mercador
pra essa gente
mutismo proposital e eis que
confundem com a pedra
mas... o átomo nela vibra!...
outra parecença o rio
mas as águas cantam
quando batem nas pedras!
misturado às coscuvilhas o mel
sedimento que o silêncio bem posto
pode decantar e fazer emergir
a substância primordial da p-a-l-a-v-r-a
a verdade!
Maria Lucia (Centelha Luminosa)
Toninho disse que devemos ficar acordados
Até uma criança sabe
que não devemos deixar
bananas aos cuidados de macacos.
Alertou Toninho
após ser exonerado do seu cargo.
Serraglio de justiça
não entende nada,
é excelente amigo da bancada ruralista,
juntos são especialistas,
em roubar bananas aos cachos!
O dia seguinte
exaltando-me chegou
trazendo flores
bombons
champanhe
perfume
aquele dia
que já passou
precavida
espreito agora
atrás
da porta
na ânsia de sair
atrás da igualdade
sem ter que
me deparar com
aquele pé
no traseiro
afinal, o
dia seguinte
chegou
Mulher hoje
amanhã. ...
sempre!
Por uma vida mais doce sem anistia para ladrão...
Vamos afastar com incenso
Os monstros e sanguessugas do submundo
Naquela votação faltou senso
Que não sejamos zumbis de juízo curto
Vamos afastar os fantasmas, as caveiras
Explorar nosso lado negro?
Não. Na época da colheita
Apenas acordar e exercer nossos direitos
Vamos jogar na fogueira
Deixar as cadeiras vazias
Doce ou travessura? Será nossa maneira
De fazer democracia.
A vida a soldo
A vida a soldo
No olhar a apatia
Sem vontade, ou expressão
O dote como moeda de troca
À margem, a humana condição
Do ser mulher...
Sem rosto, ou graça
Do contrato, um ventre fértil
O amor uma utopia
O que importa é perpetuar a raça
Maria Fernanda Reis Esteves
56 anos
natural: Setúbal
Sorriso quimérico
Um querer fictício
Não conta no rol
Do romance credível,
Como um sorriso
Pintado, fingido,
Não representa
A docilidade do coração.
Assim...
O amor não é confiável,
Pois, nem tudo o que vem
Dum abraço apertado,
Moldado por um sorriso
É sinónimo de ternura
Ou de verdadeiro amor.
Amor conquistado
À sombra do engano,
Dissipa-se com o apagar
Do sorriso quimérico
Na hora da verdade
Adelino Gomes-nhaca
DIGA NÃO, DIGA SIM
Em qualquer roçado em durmo,
Se tem riacho livre tem água limpa;
Agüenta todo peito que a fome alimenta;
Faz medo: nem toda cama tem sono.
Não rimam o de baixo e o de cima;
Durmo no colo e não caio no chão,
Sem trinca, sem fenda, no ventre;
Tudo igual, sem emenda, coração!
Bebo na bica, na palma da mão, tua água;
Do monte vejo o infinito e dou um grito:
Acorda moço! Saia dessa ponte: corra!
Teu ponto foge de ti, escapa-te a sorte.
Se tens gosto de mamão de corda, liga não:
São iguais, sinta-se maçã, moça solteira.
Na beira da estrada, diga nada, diga não!
Se na cama, durma em silêncio, diga não!
Se a estrada é tua, faça segura, diga não!
Diga não! Diga não! Diga não!
Amores e corações se encontram, diga lá Caetano!
Tudo que é de bronze, bronzerá, diga não! Diga Djavan
Se é de paz, prazerá, trará agora teu ponto, diga sim!
Como borboletas
Pululam como borboletas coloridas
por campos semeados com a verdade,
pousam aqui e ali afoitas e desinibidas
e esvoaçam batendo asas de falsidade.
São despudoradas no seu voejar saltitante
pensam-se cativantes na beleza de suas cores,
voam baixinho, com um ar irónico e arrogante
não passam de larvas amorfas sem valores.
Têm porém uma errónea e efémera vida
por que suas cores empalidecem com o tempo,
tempo que desnuda toda a palavra mentida
e as derruba no chão vergonhoso e lamacento.
Algumas mais resistentes prolongam o seu voar
esforçando-se por se enganarem a si mesmas,
muito poucas, ainda vão tentando mistificar
por que se vestem negras como avantesmas.
José Carlos Moutinho
Aguardente
À Donald Trump
Todos os dias nasce um canalha na política
Para o desespero da sociedade...
A cada dia criam leis, fazem a guerra,
Matam quem não tem culpa, enganam,
Alienam o povo. Ainda nasce Aldolf Hitler
Na Sociedade, um governo corrupto nasce
Todos os dias, o fascismo se esconde por trás
Das propostas e de cada propagandas política.
Nasce Benito Mussolini todos os dias, na política,
Em tudo aquilo que dita ordem à sociedade,
E que no fim assassina milhares,
Fazem uso das palavras friamente,
E há quem acredite lealmente.
Todos os dias nascem filhos da puta
Para sustentar o sistema capitalista,
Para meter o medo nas pessoas,
Para rir da minha cara, da sua cara,
Da cara de todos. E a culpa da miséria social
É colocada na inflação, em um mundo de consumistas,
Dividido por classes sociais.
E a sociedade paga a própria penitência
Para o sustento do governo - desgoverno.
Todos os duas nasce gente de má índole,
Nasce gente querendo por a mão
Na gente e nos governar,
Todos os dias nasce alguém dizendo ser confiável
Para o massacre da sociedade.
Querem criarem milhares de muros de Berlim,
Querem criarem as cercas elétricas para a separação
Dos países. Todos os dias nasce
Um governo querendo ser um Deus, todos os dias
Nasce um Füher, as grandes milícias
A cada dia a se fortalecer, a guerra do estado e o tráfico,
Minha sociedade marginalizada, todos os dias
Criam campos de concentração, céu aberto,
Gás lacrimogênio a asfixiar, bala de borracha a deixar marcas,
Spray de pimenta a cegar.
É mais que necessário escrever, escrever para que tudo seja registrado, para se libertar, e libertar. Escrever é mais que necessário!