A salsa
A salsa
Antropónimo, metafórico petulante,
a delicadeza, deslizando como uma balsa
como atracção, é vibrante, tem colorido
airoso e janota, esse pezinho de salsa!
Melodioso quando a brisa suavemente
lhe levanta o saiote verde e recortado
e que reparte o seu paladar e a sua cor
para se sentir gostoso, muito apreciado.
À sua graça toda frescura que é inebriante,
não gosta de conotações, como é evidente,
quando à mesa se apresenta tão verdejante!
Mas tudo esquece, quando o pé se descalça,
a faca, o garfo, o prato apetitoso, tudo esquece
baralhando as cabeças, requebrando a salsa.
Encontrei um passarinho
Encontrei um passarinho
Encontrei um passarinho, peneirento, atrevido
passou rasteiro aos meus cabelos a despentear
e assustou-me, parecia que o estava a sentia ainda
porque me impressionou, também não sei explicar.
Olhei de soslaio, cabeça ao lado olho espantado
por que teria feito aquele voo raso, tão ousado
teria o discernimento de me querer despertar
a atenção e levar-me até a algo de inesperado
Não sei, olhei em roda. Oi! Lá estava ele vaidoso
de asa levantada, debicando os parasitas, olho vivo
sacudiu as penas, cabeça imparável e olhar curioso.
Mirava-me do alto dos ramos bico empinado gorjeava
e chilreava de contentamento chamando-me a atenção
depois, já era canto, melodia e era para mim que cantava.
Canteiros de esperança
Eu bebo da fonte da inspiração
Nada mais me importa
é pura emoção
Fantasio a vida
em contos de fadas
Meus sonhos são belos
Esqueço tristezas
construo castelos
Viajo no tempo
do reino encantado
Vejo-me princesa
qual doce donzela
que espera ansiosa
o trono da alma
Escrevo palavras
em letras douradas
Construo poemas
com raios de luz
Descanso canseiras
em mim encerradas
Floresço em canteiros
bordados de esperança
Poema que dá o título ao meu livro de poesia "Canteiros de Esperança", editado em 2009, pela Editora Temas Originais
Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
Natural: Setúbal
Pequenos Sorrisos
A generalidade parece tão brilhante
e o amanhecer dita, maravilhoso.
felicidade é quando a alma respira, gracioso;
E o sol e as nuvens voam pelo céu como amantes.
Felicidade são pequenos sorrisos
de determinados momentos,
Certamente a felicidade pode durar por tempos e tempos,
Depois abranda, chora e ri de novo com muitos risos.
E estes pequenos sorrisos são tão reais,
tacteando a perfeição por um segundo,
segundos, dias, meses, ou muito mais,
Só é preciso investigar o mundo.
Felicidade são pequenos sorrisos
de determinados momentos,
Certamente a felicidade pode durar por tempos e tempos,
Depois abranda, chora e ri de novo com muitos risos.
Ana Carina Osório Relvas/acor
https://acor13.blogspot.com/2018/04/pequeno-sorrisos.html
Trovas de Aniversár!o
Escrito ao som de "Cantiga de Amor"- Radio Macau
Eu nasci no mês d'Abril,
as plantas lançam abrolhos;
Dos céus caem águas mil
p'ró verde dos meus olhos.
Mais um ano que fugiu
Por entre as mãos qual enguia.
Mais um ano... Alguém o viu?!...
É apenas mais um dia...
Quatro estações; muitas cores...
Gestos, poemas e paz.
Alguns sorrisos e dores,
um ano faz e desfaz.
Nos olhos da nostalgia
um homem pode dizer:
"É apenas mais um dia"...
Como?! Se é tão bom viver!...
Um ano, um dia, um segundo,
o tempo faz-nos reféns.
Mesmo assim, alguém no mundo
recebe os seus: “Parabéns”!
* * * *
PaZcoa Feliz para todos!!!
Abílio Henriques,
nascido em 10/04/1961
Ó anjos cantai comigo
Ó anjos cantai comigo!
Há luz, desperto, faço, sinal da cruz
ainda mesmo ou quase ensonada
como, nem sei explicar, verdade,
a minha mão fá-lo, disciplinada.
Mais desperta, oro por todos nós,
revejo um por um no meu coração,
então, peço, ó anjos cantai comigo
e conjuntos, melodiamos uma oração.
Também muitos e cada vez há mais
os que estão com Deus felizes no Céu,
queridos, não são esquecidos, jamais.
Olham por nós lá do alto, estão a sorrir
ao ver o jardim, que todos plantaram
com flores viçosas, e botões a florir!
Helena
Dia maravilhoso
Dia maravilhoso
A claridade do dia ainda é ténue, mas o dia alvorece
a quietude está a acabar, ouvem-se os primeiros sons
da vida a despertar, os passos miudinhos, as portas
rangem, nas janelas acendem as luzes de vários tons.
Nuvens rosadas e brancas transparentes, mostram
o céu azulado a tomar um tom mais forte, que os raios
solares atravessam, dourando a terra, o próprio mar
nas brandas ondas de espuma em pequenos desmaios.
As aves rasgam o céu de asas bem abertas, planando
os rastejantes resguardam-se assustados nas tocas
a brisa traz o sopro e abana as flores desabrochando.
Já se vêem alguns jardineiros entregues ao seu labor
a manhã em pleno, pronúncio de um dia maravilhoso!
Cheira a terra húmida do orvalho, a frescura e a amor!
Colorido
Sabes colorir
a tua vida?
Serás feliz
que a natureza
é coisa linda.
Olha para o sol
como um caramelo
belo e brilhante
parece oiro
cor amarelo.
O mar que
à vista se perde
tão majestoso,
é uma esmeralda
de cor verde.
Ao cair da tarde
a terra em paz
espalha aroma
de belas florinhas
cor do lilás.
E os pássaros
voam para o sul
em bandos
e lá vão pelo céu
todo em azul!
Se queres ouvir
um bom conselho
vê o pôr do sol
e os raios espelhando
a cor do vermelho.
A aurora vem
dia acordado
vêem-se feixes
reflectindo
tom alaranjado.
Como o arco-íris
tem as sete cores
até o anilado.
É assim matizado
um reino de flores!
O PALHAÇO
Uma máscara, uma pintura
Por trás de tantos gestos,
Uma graça no que propõe a fazer
Uma graça no que diz.
Há momentos que esquecemos
o que estamos a viver encantados
por tanta versatilidade,
Tanta originalidade para expor
o que vem de dentro
Arrancando sorrisos, gargalhadas,
Até mesmo lágrimas de tantos risos
Arrancando sorrisos dos indiferentes.
Seria o palhaço, palhaço
Sem sua máscara colorida?
Expressaria o que está no oculto?
O que se esconde por trás de uma máscara?...
O que dizer de uma máscara que contém uma lágrima?
O que dizer de Charlie Chaplin?
Com suas mímicas espetaculares
Sem falar uma palavra, deslumbrava o publico,
Vivendo num mundo de sonhos e fantasias.
Hoje tem espetáculo? Tem sim, senhor!
Imagem Google
https://miquels7.files.wordpress.com/2008/11/palhaco2.jpg
A tela perfeita
Meu sonho projecta-se no azul celeste
Meus olhos descansam nas ondas do mar
contemplando a aguarela de cores e formas
louvando ao Senhor o arco-íris no ar
Papoilas vermelhas, fogosas, dançando
rosas amarelas, saudosas de encanto
hortências azuis, acalmam-me a alma
lilases e lírios de tom anilado
Os campos de trigo de espigas douradas
animais pastando no verde dos prados
borboletas tolas impondo a beleza
ignorando o sentido da efemeridade
O pintor criou a tela perfeita
sente-se o seu traço por toda a parte
pena que passemos tão despercebidos
Vede! A natureza toda ela é arte.
Incorpora a Antologia "Poeta, Mostra a tua Cara"
Maria Fernanda Reis Esteves
48 anos
Natural: Setúbal