Amor Imortal - Incondicional
Hoje,
precisamente quando no relógio
o movimento assinala o meio-dia
na tua saia orlada de sonhos
que são infinitos a explodir nos meus
tão atormentados neurónios,
ó meu amor!
Hoje,
precisamente, quando a lágrima do amor eterno
que de tão terno quase me mata
nesta sinfonia d´emoção
que me rouba às mãos a firmeza
me rouba ao corpo a atracção, à terra !
sem gravidade para onde vão os meus pés?
ó meu mais sublime amor !
que de chorar em cortejos de sorrisos
me sinto tão pequenino , ó infância !
qual erva silvestre acabada de nascer
no seio de estrelas cor de todas as esperanças ...
Hoje, sim, hoje, oh ! minha querida ,
quando a tua saia em pureza desejada branca, noivada !
recebeu a hora, exactamente ao centro da meia-noite,
eu chorei, porque amar é sentir que o teu tecido é costurado
pela beleza grandiosa do universo
e então,
ainda ... hoje ...
sinto que posso morrer na ponta do fio matinal
que transporta tudo o que é visível até aos meus olhos
olhos tão cansados
por milhares d´anos vividos no encanto
de um dia na cruz duma estrada coberta pelos teus passos
todo o meu ser ficar vazado , impregnado
pelo magistral poema do teu respirar ...
ó meu amor,
que fazia tanto tempo que eu não escrevia
algo tão simples e sem explicação
sobre o amor que não sei escrever...
mas, ó vida de minh´alma!
vê, escuta, sente
lá longe como aqui ao perto
a benção do despertar na alvura
dum leito onde a roupa que nos conforta
tem lençóis de poemas cravados
em gravuras cujas carinhosas mãos
que à vida se dedicaram
exaltam o incenso purificador
dos minutos
nos quais um poderoso coral de violinos
soa para que os ouvidos jamais percam
a benção de serem a criação que nos torna bons, melhores
pela audição da arte suprema , ó música !
se eu estou surdo qual Beethoven
de joelhos imploro-te : perdoa-me !
porque sem ouvir-te
sou menos que um grão de areia numa praia sem crianças brincando ... [/size]
Luíz Sommerville Junior, aqui e agora*
050420140704
A.C.O.Rda... és a melhor poetisa do Luso com muita progressão no Futuro
A pureza dos teus olhos,
A.C.O.Rda o sonho …
A.C.O.Rrendo às cores adormecidas do desencanto…
A.C.O.Rdando a lua na janela do meu quarto
Colorindo o deserto A.C.O.Rrentado no silêncio seco
Desenhando na praia o teu beijo
A corar o Sentimento.
De dia A.C.O.Rdei
O teu olhar
Para tingires de cor
O brilho do mar …
Na noite que desenhei,
Apaguei todas estrelas
Para seres tu,
Lua cheia…
E quando adormeci
Sonhei-te
E te pedi
para não mais me A.C.O.Rdares ….
Dance comigo...
Minha alma é tão serena
Maviosa ainda, mas quando te vê;
Meu bem – querer!...
Sou tua pequena menina morena.
Sim, sou tua flor - também mulher!
Sou teu desejo multicor, tua açucena...
Sou o cintilar dos teus olhos, meu Romeu!
Meu coração quase desfalece nos teus braços...
Nas volúpias enamorando, não é sonho meu.
Vem! Amado meu..., não vês?...
Fulguro, teu olhar para te amar! Sejam.
Na luz do sol..., No clarão da lua...,
Num clima montanhês.
Como se fosse à primeira vez!
Junte as taças, o vinho está na medida;
Na medida do nosso amor:
Amor, que foge ao natural – quão bom;
Não se pode explicar - quem sabe o beijo!
A lareira acesa..., Dance comigo...
Ao som de, a nossa canção no abrigo...
De meus braços, laço regaço manso.
Onde a Vida me esqueceu
ONDE A VIDA ME ESQUECEU
Onde caminha a solidão
É onde a Vida se cala!
Quer eu queira quer não?!
Já tudo se vai, até minha alma.
O meu sonho, é meu cadilho
O meu caminho transformado em trilho.
Não quero ir por aí
Choro por me ver chorar
E fico por aqui!
Com tristeza em meu olhar.
Invento um tempo só meu
Invento asas, faço apelos, falo em ternura
Afronto até a noite escura
E no escuro das pálpebras clareia o dia
Mas hoje? Não estou dada à alegria.
Quantos sonhos dados como certos
Tantos outros foram inquietação
Já não sei quem me quer ou não!
Quem põe pedras nos meus caminhos desertos.
Então choro, só de me ver chorar
Sinto-me pássaro rasando a àgua
Na ânsia de se libertar.
De mais um dia de mágoa.
As nuvens do meu céu, são pequenos dragões
Que trazem tempestade às certezas e ilusões.
E a Vida se esvai, até ao último grão
Semente que na terra se esboroa
E é sombra que me cai no coração
E me deixa a chorar à toa.
rosafogo
Cada verso é como um filho
Que me deixa no olhar um estranho brilho.
Eterno Natal!
Oh quão bom que a paz pairasse no ar!
Inspirando a vida de todo ser humano,
Em todos os cantos da terra, além-mar,
Impregnando de ternura seu quotidiano...
Plantando na alma, um eterno natal!...
Semeando e colhendo, à paz de Jesus.
Criando um mundo sem conflitos: real,
Iluminado pelo resplendor de sua luz.
Assim; co’ o eterno espírito natalino,
Cada um seria amável em seu interior,
Todo irmão doando um afeto cristalino...
Compartilhando às bençãos do Criador,
Que através do filho, Jesus menino,
Mostrou-nos o seu imensurável Amor.
-**-Elias Akhenaton-**-
http://poetaeliasakhenaton.blogspot.com.br/
Um momento no tempo
Corro para os teus braços
sinto o medo que me atormenta
neste frenesim miudinho
de um futuro desconhecido
Perco-me na longa noite
procuro os raios doirados
no amanhecer da vida
como girassóis flutuando ao vento
em brisas repletas de aromas
no perfume do meu cansaço
que me desfalece e me consome
na imensidão de sentir-te
Imagino o teu trémulo sorriso
nas minhas mãos sôfregas
nos meus olhos de criança
cheias de tudo e de nada
Desperto em madrugadas radiosas
no fulgor impetuoso de viver
corro em campos de malmequeres
sinto nos meus pés juvenis
a macieza da relva primaveril
perco-me no pensamento de ti
neste meu sonho de criança
em arrojos de mariposa
bebendo o néctar almejado
em favos de mel espalhados
em colmeias imaginárias
na pintura fresca da vida
delineada em traços subtis
Esboço o arco-íris, anil
com retoques de timidez
imploro ao tempo que pare
na tela que docemente esculpi
de um sonho que ainda não vivi
Escrito a 13/03/09
Subúrbio da saudade
SUBÚRBIO DA SAUDADE
Nalguma região
das minhas recordações,
Deixei segredos e confissões
Hoje gosto de reviver
Recordar compõe a vida de qualquer um
Regressar ao passado, ao tempo de crescer
Agora que o tempo é pouco,já quase nenhum.
Às vezes o silêncio é agressivo
Na Poesia me sinto sozinha
Mas apaixonadamente a amo
Como se ela fosse só minha.
Por ela chamo, a ela não me esquivo.
Desta doença ninguém me pode curar
Nem é simples a receita, não é reza.
Nem há arado que a possa lavrar
No chão do meu peito onde me pesa.
Onde me pesa e onde nasce
Semeada em tempo de ternura
E nesse tempo a colheita faz-se
A semente foi lançada em terra pura.
O frio aumenta, mas lá há calor!
E também há cumplicidade
Habita por lá o Amor!
E nalgum subúrbio ainda mora a saudade.
rosafogo
Sonho ou quimera
É na quimera deste sonho
que esvoaça livre no verso
(companheiro de horas vagas),
que eu descubro em cada letra
a intensidade da palavra amor,
onde o rio que me percorre,
no vale das minhas emoções,
desagua no mar da tua alma
Ver-te feliz, no meu abraço,
é sentir que o chão que piso
é feito da escolha certa
É redimir-me do cansaço
E o poema surge rendido
à sedução do teu encanto
que se abre rasgado
na verdade contida
nesse teu doce sorriso
que é, afinal…
tudo aquilo que eu preciso,
mais aquilo que recebo em dobro
o teu carinho e atenção.
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal
Não me julguem louca
NÃO ME JULGUEM LOUCA
Hoje meus braços se cruzam
sobre o peito.
Minhas mãos, dizem não!
E assim me deixam sem jeito.
Fica minha Vida uma cruz
É já o tempo que a nada me reduz.
Fico olhando o Céu
Aqui ao lado o livro aberto
Meus olhos ávidos de leitura
Pedem com ternura!?
Uma aragem que vire a página.
Porque meus braços estão cruzados,
Sobre o peito.
Minhas mãos dizem não!
E assim me deixam sem jeito.
Leio e releio páginas da minha vida
Tanta coisa já esquecida!?
Confronto-me com este dilema
Que me rouba o sono,
Me deixa neste abandono.
Sem qualquer emoção que me sóbre.
Resta do tempo chorar a perda.
Guardo algum sentimento mais nobre
Resisto como planta à geada.
Geada tardia!
E assim magoada.
Em mais um dia parada,
Meus braços continuam cruzados
Sobre o peito.
Minhas mãos dizendo não!
Alberguei falsas esperanças
Queimei minhas lembranças.
Minhas lágrimas são a prova
Da minha sinceridade
Minha angústia, mordo-a fechada na boca.
E assim morre minha vontade.
Mas meu sentido está vivo.
Não me julguem louca?!
Só meus braços continuam cruzados
Sobre o peito.
Minhas mãos dizendo não!
E assim dolente, me deixo, sem jeito.
Terá parado meu coração?
rosafogo
Flor-de-lis
És a minha Flor-de-lis
Nos poemas que eu componho
Estás nos acordes subtis
Da melodia de sonho
Por cada palavra escrita
A fragrância que a consome
é a tua alma que grita...
e logo, a minha aflita,
Chama por mim em teu nome.
Desejos, lábios, pintura...
Amora brava de um dia;
grato gesto de ternura
doce de amora-madura
Beijos que a boca pedia.
Se por vezes acontece
A dor que às vezes esmorece
A brandura dum olhar
A tarefa de seguida
(na neblina da vida)
É um acto de sublimar
Como se fosse esquecida
a dor que às vezes esmorece
a brandura dum olhar