Poemas, frases e mensagens sobre som

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre som

Solidão

 
 
.

Solidão

Ah!
esta angústia
de ser
somente
o estúpido ruído
das paredes
à prova de som

Luíz Sommerville Junior

.
 
Solidão

O som dos sinos...

 
O som dos sinos...
 
Ouvi ao longe, bem longe
O bater do sino, som lindo, ardente
Era um domingo de muito sol, dia lindo
Fui me aproximando mais perto,
Seguindo o badalar dos sinos
Chegando mais perto, deparei-me
Com uma linda praça e no meio dessa praça
Uma pequena e formosa igreja de onde vinha
O som do sino que pareciam o soar de uma música.
Cidade pequena, mas com um calor humano de dar inveja,
Ao me aproximar vi as pessoas se caminhando em direção
A igreja todos em silencio um caminhar lento.
Quando cheguei perto da igreja que eu entendi,
O sino tocava como chamamento para um encontro religioso
Isso é tradição em cidades pequenas.
Fiquei maravilhada com a cena que vi,
Todos entraram na pequena igreja e de La só saíram quando a missa terminou.
 
O som dos sinos...

Alento

 
Os acordes espraiados
mimam novamente os momentos
que, delicados, me vêm à memória

Os timbres acoplados
são esteira que o querer rasura
pois, em intensidade dura, fazem-se estória

E as cadências espiraladas
caindo desgovernadas na minha mão
vão e voltam, de emoção em emoção

Oh! puro som que te acomodas
sorvendo do meu sentir em êxtase
vem com teu ênfase e toda a tua intenção

move montes e move vales
conforta-me e dá-me liberdade
numa inspiração que dilacera e me invade!

Nininha e Rodrigo Lamar
31/08/2016
 
Alento

SONS CURTIDOS NO SILÊNCIO

 
SONS CURTIDOS NO SILÊNCIO

- I -

Cães vadios estão entulhados de ruídos de rua ao reverso das patas.

- II -

Um silêncio impassível retumbou assim, arcado, igual ao andar d’um velho ancião cansado.

- III -

Qualquer um murmúrio que ascenda no escuro das minas abandonadas, há de servir de estímulo a pouco praticada surdez dos pedregulhos.

- IV -

Minha boca árida sevicia a fugacidade ao fragor fraturado do teu nome.

- V -

Ouço cada mínimo pulsar sanguinolento das tuas vísceras nos estalos desarvorados dos meus desatinos.

Gê Muniz
 
SONS CURTIDOS NO SILÊNCIO

O SOM DO SILENCIO

 
O SOM DO SILENCIO
 
 
Quem já ouviu,o grito do silencio?
Quem já ouviu,o som mudo do horror?
Quem já ouviu,as palavras proferidas,de uma voz calada
Quem já ouviu,o berro inaudivel da dor?
Vozes clamam pelo silencio
buscam o inaudivel som do amor
sons de uma muda voz
perdidas em meio a multidão
ouve-se então o som do silencio
de uma voz que se perde na solidão
na constante busca da perfeição
a incansavel procura de ser ouvido
o mudo se torna poesia
audivel em forma de canção
o mudo toma então a voz
o silencio se torna som
o calado da forma a canção
nuvens dão lugar ao sol. noite se torna dia
quem já ouviu o som ensurdecedor do silencio
jamais esquece sua nota,sua melodia
o silencio se torna palavra
palavra se torna poder
se propaga em ondas,entre as massas
influencia até o modo de viver
se aglomera a multidão
para ouvir a palavra do silencio
que novamente torna-se audivel
sob uma nova canção
soltando então ultimo acorde,ultima nota
se cala o som do silencio
o grito mudo do mundo,se cala preso no coração
quem já ouviu o som do silencio?

poesias de amor e sedução
 
O SOM DO SILENCIO

Dos sonhos que vivi, trago pássaros livres no peito

 
Há dias em que a voz do silêncio borda a ponto Luz as horas na alvura do tempo, como se no brilho do rosto de água, todos os instantes felizes desabrochassem, qual primavera a colorir em aquarela de mil cores, as flores brancas do meu jardim.

Dos sonhos que vivi, trago pássaros livres no peito, nos lugares por onde sonhei ir e nunca fui, ardem-me ânsias de voltar à Luz do sonho e queimar em mim esta vontade pura de viver.
Escuto o som do murmúrio da eternidade profetizar em uníssono a paz sobre os olhos da Terra, num desabotoar lento, a estreitar as vontades que gritam no peito.

Amanhece em mim, um cântico novo, como se o sopro inolvidável da vida irrompesse e escrevesse em fogo ardente, o som aveludado do coração, num batuque suave a entrelaçar a esperança numa inadiável espera, a abraçar a brisa suave ao pensamento numa cadência suave e ritmada.

Abro as portas do coração para deixar o sol entrar, sacudo a poeira pousada no parapeito das janelas outrora fechadas e busco o meu sorriso aberto, ergo os olhos para os repousar no firmamento e choro baixinho a magia de me sentir unida a Ti.

Alice Vaz de Barros
 
Dos sonhos que vivi, trago pássaros livres no peito

Visto os pensamentos

 
Visto os pensamentos
que balançam no meu olhar
a ternura dos teus olhos,
o tempo acorda devagar
os sentidos, é primavera
na água fresca do meu rio.
A tarde escreve a ternura
das tuas mãos nas minhas,
bebemos o som dos gestos
em sintonia, os passos
conduzem sem pressa o amor
ao lugar mais alto da sublimação.
Ficamos ali a tecer o amor,
nas margens quentes e rejubilantes
do entardecer, as sombras das ramagens
dançam e os pássaros num gorjeio feliz
esvoaçam como que a celebrar a vida.
Há procissões e sinos que tocam,
e o tempo veste a boca da alma
com palavras de fé e harmonia.
É verão no nosso contentamento,
os lilases pintam as margens do rio,
a água fresca toca a orla do meu vestido
e os teus braços fortes seguram os meus
sorrisos dentro de um abraço.
É primavera dentro do pulmão da emoção,
as flores dançam e perfumam os sentidos
Inebriantes dentro do peito, há uma melodia
a percorrer o âmago do ser, a vestir o som
da sensibilidade dentro dos instantes
e o silêncio é a mímica que nos conduz
em cada olhar, expressão e gesto em sintonia.

Alice Vaz de Barros
 
Visto os pensamentos

Pensamento

 
Abençoadas são as pessoas ricas de espírito,

capazes de ouvirem o som do coração

e fazerem tocar uma sinfonia ÚNICA

chamada AMOR!
 
Pensamento

À noite

 
À noite
 
À noite

A noite chega com o seu mistério
E vem negra como a minha solidão
Vem silente parecendo um cemitério
E vem triste atormentar meu coração

Traz consigo um clima quase funéreo
Que às vezes destrói a minha calma
Ligo o meu aparelho de som estéreo
Para a música dar paz à minha alma

Levanto e vou até a minha estante
Tomo um comprimido como calmante
Para que eu possa dormir tranqüilo

Quando o sol desperta tão radiante
Tudo melhora muito neste instante
E as tristezas da noite eu aniquilo.

jmd/Maringá, 31.01.11
 
À noite

TEU NOME

 
O som
espatifou-se
ao meu
redor,
cansado
de
pronunciar
- sem
solução -
o teu
nome.
 
TEU NOME

Som do Vento

 
Som do Vento
by Betha M. Costa

O som profano e barulhento do vento,
O meu silencio e dor não consome,
Castelos nas nuvens eu invento,
Para o amado Homem sem nome.

Ainda que nos braços outro me tome,
E a mim seja ele tão santo e atento,
O som profano e barulhento do vento,
O meu silencio e dor não consome...

Saudade é um sentimento cinzento,
Que ao coração causa grande fome,
Na paleta das cores é um elemento,
Incapaz de alegrar a quem ame,
O som profano e barulhento do vento...
 
Som do Vento

A abrir o som das palavras.

 
Quando nos braços ternos desta primavera, acendo a luz do dia que se perpetua, chegas como a primeira madrugada, e o silêncio é como o respirar do teu jardim perfumado.

Há dias que são como o sol que se ergue no seu esplendor, assim, esplendorosos, como a Luz que nos veste e aquece por dentro, a fecundar o âmago na transcendência de tudo o que nos toca.

E és-me assim como um céu de tulipas brancas, sem que um grão de areia sequer, deixe espaço entre mim e ti, na unicidade de tudo o que somos.

Depois do cântico que ecoa na voz do vento, sinto a melodia do nosso abraço, perfumar-nos a alma, como se o Outono se desnudasse ao ver-nos ali e numa paleta outonal, pintasse as sílabas de todas as palavras por dizer, ali, assim, a evocar a voz num tom suave, a desenhar no olhar a candura do bailado dos nossos olhos.

Cada expressão a desabotoar todo o sossego, na nítida impressão do tempo que naquele momento deixa a sobriedade tocar a paz que se insurge, assim, tão precisa e espontânea.

A vida corre, como correm os cavalos na pradaria, o pensamento embala-me na quietude da transparência e esta sensação que trago por dentro, esta vontade intensa de escutar o som quase impercetível do coração neste batuque suave, levanta os meus olhos e numa sensação absolutamente sóbria, faz-me sentir ali inteira, como se vestisse a comunhão por dentro em plenitude.

És como o som do silêncio, sinto o movimento das tuas mãos nas minhas como uma voz que não se cala, a abrir o som das palavras.

Alice Vaz de Barros
 
A abrir o som das palavras.

Talvez um templo no alto da montanha guarde o silêncio dos meus dias

 
O dia declina, a noite toca o rosto das tardes desenhadas nas planícies, a minha respiração sobe e desce assim como a Luz dos sorrisos que habitam em mim.

Talvez, talvez os dias plantados no asfalto quente da noite sucumbam ao frescor dos meus olhos e o dia repleto de nuances de delicadeza tatue na minha pele os aromas doces e suaves do verão e eu aceite de olhos fechados em reverência uma oferenda ao Deus do amor.

Talvez eu ainda acredite em utopias e o amor não seja um embaraço nem uma farsa que demore para ser descoberta, e o som da mímica dos teus olhos se deixe perfumar pelo aroma dos meus.

Talvez um templo no alto da montanha guarde o silêncio dos meus dias e faça espargir o som acetinado da minha voz suavemente e se escute o murmúrio dos ciprestes a desvendarem o mistério da delicadeza do amor, numa prece ao céu erguida.

Talvez se salvem os grãos das sementeiras da esperança e as mãos estejam ávidas para as lançarem à terra numa dança lenta a ressuscitar os sonhos em cada rebento a despontar no solo árido da vida.

Quem sabe ainda aprenda a aceitar que a humanidade está em crise e o amor continua a ser amor e eu continue a acreditar na verticalidade dos gestos dentro dos dias.

O dia está prestes a sucumbir nos braços da noite, será que ainda me posso abandonar a este momento e esperar que a lucidez me esconda a vergonha de ainda acreditar?

Tanto céu de utopia a mergulhar a esperança dentro do desalento, uma vontade férrea de calar a voz que soluça no peito para acordar a sensibilidade e deixar o amor ser amor.

Rasgo o véu da misericórdia, que a minha voz se levante em justiça e em verdade e perante toda a insensatez das palavras pronunciadas que o meu ventre seja como uma gestante que espera o fruto abençoado e a bondade seja como o perdão no colo do amor...

Alice Vaz de Barros
 
Talvez um templo no alto da montanha guarde o silêncio dos meus dias

Pedi à voz

 
Pedi à voz que fosse engano,
Um murmúrio passageiro do meu coração.
Pedi que boatos fossem descrenças,
Pelo ruído provido da audição.

Pedi que o sofrimento fosse mentira,
E que o mundo não fosse conspiração.
Pedi à voz o cessar da nostalgia,
Aonde os sons impedem-me de abdicação.

Supliquei que não houvesse diferença,
Entre a realidade e a ilusão.
Pedi que os corpos fossem ausentes,
E que as almas se aliassem por oração.

Pedi à voz que entendesse meu desejo,
Em tablatura simples, de fácil repercussão.
Supliquei a cura a este mundo doente,
Que carece de uma canção.

Pedi à voz o carinho,
Que tanto vagueia sem uma mão.
Pedi que falasse-me baixinho,
Poesias tolas sem explicação.

Pedi à voz tanta coisa,
Tanto sonho, tanta ilusão,
Que após ouvir sua resposta,
Pedi à voz que encerrasse o som,
Da batida em dó, vinda sem ré,
De ti, em meu coração.

O problema visa brincar com a voz, e não com o pronome vós.
 
Pedi à voz

Poema zen

 
Poema zen
 
Este poema existe, porque eu o criei.
Talvez ele passe despercebido...
Talvez nem seja reconhecido,
assim como uma grande parte da população,
também não é.

Ele não tem coração,
assim como muita gente não tem,
mas não faz mal a ninguém.
Este é um poema Zen...

Basta fazer este som,
para você ficar bem:
Ommmmmmm...
Ommmmmmm...

A.J. Cardiais
02.04.2010
imagem: Google
 
Poema zen

Dos andarilhos

 
Em meio ao desespero, continuamos...

Na estrada dos andarilhos em júbilo

Pelos corredores obscuros e vazios do caminho

Atravessando faixas de luz e ósculos

Que teimam em ressurgir por encostas.

E os latentes ventos do Sul

Ganharam força demasiada

Ao longínquo avistam-se os seus afluentes

Corriqueiros andarilhos em júbilo

Que percorrem trilhas em aberto

De sutilezas humildes da gratidão

Perfazem o perfil das multidões.

E em meio ao desespero, continuamos.

E continuaremos...

Ao som da orquestra dos mecanismos.

E ainda assim continuaremos

Na estrada dos andarilhos em júbilo.

26/07/07
Rio Branco.
 
Dos andarilhos

Caravela dos sonhos

 
Uma garrafa
bem cheia desse líquido alucinante;
um cigarro
bem forte e dolorosamente consumível;
ao longe ... suspiros ...
amantes natos e, música!
um mundo imaginário,
flutuante,
onde as águas sobrevoam o céu
e as plantas mostram as suas raízes,
em céu aberto, coberto de sol e água...
um mundo onde os astros
beijam o chão que os cobre,
e o homem sente, na pele,
o sangue que lhe falta no corpo;
um salto de cavalo de crinas de prata
e um berço mundo de homens moribundos...
e na garrafa a caravela dos sonhos;
e no fumo do cigarro a alma que se espaira!
... e os suspiros ... tu e eu ... adormecidos!
... tu e eu adormecidos um do outro
embebidos na bebida que nos absorve,
queimados lentamente até às cinzas,
e a lua, cinzeiro de pó, candeeiro em fogo
que se consome, por si, em nada!
enquanto nós, tu e eu ...
... amantes natos ao som deste som ...
... ... ... ... ... ... ... ... hum!

cdjsp
 
Caravela dos sonhos

Na praia da vida

 
Somos olhos bem abertos
Com fome de utopia.
Seremos lenda viva,
Símbolos alcançados
Na mão do sonho real,
Sempre leais à lenda que somos.

Voando sobre mares e praias,
Colhendo nas areias o suave toque
Do tempo que desfez a sensação,
Sentimos na tua força
E nos teus olhos a coragem
De seguir mais um dia,
Cavaleiros da vida sem fim.

Viver assim
Na imortalidade
É desejo de viver para sempre
No momento curto que fomos,
No equilíbrio que procurámos
Entre acordes de esperança
E gomos de realidade.
Deixámos o som soar,
Tal como as tentações
De desesperar por uma pausa.

A pausa eterna do tempo quieto,
Anulado pela nossa força,
Manipulado pelos nossos fracos braços
A nadar para o infinito.

Ouvir o som da alma
E ignorar o que foi dito.
Ignorar a palavra corrompida,
Nesta praia que somos nós
E é realmente a da nossa vida.
 
Na praia da vida

O som da harpa imortal

 
Não te emociono com as minhas palavras e frases de amor,gestos e demais atos.Te emociono pelo fato de ser a unica pessoa que te trata como você merece.E de estar sempre presente,nenhum lugar do mundo,por mais longa que seja a distância,um dia irá ser capaz de nos separar.É um amor imortal.

Não há água que apague essa chama,calor que seque essa flor,e impurezas que destruam as leis da física e natureza.Se você chorar,é porque percebeu...
Que eu estou aqui,forte e moral com as realidades.Cheguei ao ponto certo,risquei o melhor traço,desenhei pra ti a mas bela forma.Porque eu não te amo,eu te respeito e te dou valor.

Em primeiro lugar imponho o que eu preciso,e você,sabe que eu sou apenas um poeta,não apaixonado,e sim recaído por um sentimento imortal.Um anjo não pode me flechar,antes disso,uma harpa começou a tocar,não definiu isso como amor.
E sim um som que veio do infinito,provocando a IMORTALIDADE.

Thábata Piccolo

Curitiba,Verão 2010.
 
O som da harpa imortal

Valsa sepulcral

 
Esfuziantes, em trapos rotos de sedas antigas,
bailavam céleres ao sabor da brisa noturna,
sobre vetustas lousas, cruzes e lápides amigas,
ao som de sinos azinavrados, melodia soturna.

Como um casal qualquer, ali rodopiando o par,
a quebrar o silêncio, sons de ossos a intrusar.

Deslizam os dois compartilhando segredos,
conjurando um amor que resistiu à morte;
ossadas alvacentas levantadas dos lajedos
como se ignorassem o que lhes deu a sorte.

Trocando palavras sobre os tempos de outrora,
havia encantos, mas não dançavam como agora

A bailar, tão branca dupla solitária deslizava;
à dama seu cavalheiro cortês, mesuras cometia;
os crânios descarnados amiúde o par colava,
cúmplice olhar emanava chão da orbita vazia.

Executavam a antiga valsa com muito regalo,
embevecidos ambos, até que cantasse o galo

Se noctívago passante mirou por indiscrição,
pelo portal da necrópole através da fresta,
vendo ossos silenciosamente mal tocando o chão,
fixos os olhos arregalados, ante visão funesta.

Arrepio teve, terror mirando tão dançante o casal,
ossos insepultos a bailarem alegres, a valsa sepulcral
 
Valsa sepulcral