Poemas, frases e mensagens sobre ser

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre ser

Beijo Absoluto

 
Suspiro-te num beijo quente
Que me envolve a alma
E me entontece e inquieta
Em verbos apetecidos
Sugados nos teus lábios
Que profano imprudente.

Quero-te na alucinação
Que m' embala e m' estremece,
Num rasgar da alma muda
Que desabotoas devagar
E me descobres
Sentada na penumbra
Do teu ser.

Confio-me a ti e rendo-me
Já inconsciente pelo anseio
Deste desejo que me toma
Pelo teu beijo supremo.
 
Beijo Absoluto

os famosos otarios

 
Os famosos otarios

Sao chamadas as pessoas que abrem mao de si em prol do proximo se desprender do egocentrismo abrir mao de si para o bem comum e uma virtude quase extinta no mundo sao raras as pessoas que tem essa qualidade mas sao chamados de otarios por pessoas pequenas que nao entendem a grandeza desse ato quando na verdade deveriam ser chamados de verdadeiros seres humanos
 
os famosos otarios

SER É COMEÇAR

 
SER É COMEÇAR
 
Ser

é procurar

a verdadeira razão

mas nem sempre se é

o que se pensa Ser

às vezes Ser

é uma questão

de parecer

parecer é sobreviver

mas sobreviver

não é suficiente

porque Ser suficiente

não é Ser demasiado

e Ser demasiado

não é sinal de crise

já que tudo é crise

crise é Ser

Ser é

a única verdade

pela qual

vale a pena

Ser aquilo que se É.

Neno
 
SER É COMEÇAR

SER SÓ A BATIDA DO CORAÇÃO

 
SER SÓ A BATIDA DO CORAÇÃO

De manhã a luz reluz, sempre...
Às vezes em sol beligerante
Às vezes com chuvisco na rua
Têm o café, o pão em fatias, o mamão
Vez em quando têm à mesa, alegrias...

Em seguida é a noite que vem...
Às vezes nesga de céu nas nuvens
Às vezes meia lua, vezes outras, lua cheia
Tem a penca de estrelas, o piscar de vaga-lumes...
Tem tu, ávida, nua... Tem sim, quando em vez...

Quisera poder ser eu, de vez, noite e dia
Às vezes só onda de calor que irradia
Às vezes só calmaria ou bruto furacão
Ser um fogo que alumia, o sereno que esfria
Quando em vez, talvez, só batida de coração...

Gê Muniz
 
SER SÓ A BATIDA DO CORAÇÃO

Tão-somente EU

 
Tão-somente EU
 
As ondas suaves, enrolam-se na suavidade do sol, embriagado pelas nuvens corpulentas

A “ilha” permanece no mesmo local, farta de explosões momentâneas, silenciando o cântico dos pássaros, que se aninham nas árvores dançantes à brisa desabrida de ser.

Aqui no meu refúgio pungente de azul e cinzento, aprendo a reinventar a primavera mesmo que, o Inverno chuvoso e temporal, permaneça nos raios de sol, que rasgam a noite em cada amanhecer.

As ideias permanecem para alem da erosão do tempo, cinzelando memórias de outro mar, onde as ondas de pele sulcam as entranhas do meu corpo.

O pensamento voa nas palavras prensadas, pela tinta que escorre da memória pulsátil dos meandros do tempo, que permanece a meu lado, estático…rindo-se de mim.

Sinto nos meus dedos ávidos, a vontade de esculpir a mesma escultura, que um dia esculpi com o barro da minha alma.

Há sempre um poema que irrompe, das águas turbulentas do mar ancorado, na baia silenciosa do meu regaço, onde as minhas mãos desalentadas, jazem cheias de palavras moribundas.

Versos despidos navegam no vaivém trôpego das ondas do meu olhar, ausente num ponto nublado desse mar.

As palavras são o que são, sobrevivem para alem de nós, ressoam na mente em sons agudos de um violino, violentado por fantasmas perdidos na enseada do tempo.

É urgente decepa-las, peneirá-las, coando-as no filtro encoberto do inconsciente, acordado pela urgência de ser o que quero ser, tão-somente “EU”.

Escrito a 24/08/09
 
Tão-somente EU

Ainda somos Seres Humanos

 
Que vergonha de viver neste mundo;
Que vergonha de ter nascido um ser humano;
Que vergonha de ter que pagar para me alimentar;
Vergonha sim, de fazer parte deste ciclo doentio chamado sociedade; ciclo este que fazem os seres humanos quererem ser mais ou melhores uns que os outros;
Vergonha sim, de ter que provar que eu sou melhor que você;
Vergonha sim, de me alimentar e ver outro ser humano revirando sacos de lixo;
Mas, lixo na verdade, é a sociedade em que vivemos, sociedade esta que nos força a sermos piores que nossos próprios medos;
Medos estes que nos forçam a sermos os piores seres humanos;
Vivemos em tempos modernos, razão pela qual foram alcançadas grandes conquistas;
Em um mundo de abundância, ainda somos pobres, ainda somos podres.
Ainda somos seres humanos.
 
Ainda somos Seres Humanos

A SUPREMA PUNIÇÃO

 
Chamam-me poeta e sedutor,
Romântico com bom coração.
Nisto, não sou que um mau actor
E aprendiz na arte da sedução.

Falo de amor nos meus poemas
Pois que nada de outro sei escrever.
Amor, amizade, são os meus lemas
Faz parte de mim, faz parte do meu ser.

Tento fazer o bem sempre que posso.
Tento sorrir mesmo na adversidade
Não gosto que alguém caia num fosso.

Amo o amor, porque tenho coração.
Mas no dia em que deixar de amar
Merecerei a suprema punição.

A. da fonseca
 
A SUPREMA PUNIÇÃO

Estamos caminhando na contra mao

 
Damos tanto valor ao material que impossibilitamos a nos mesmos de viver em paz.
Caminhamos na contra mao de nossos sonhos queremos paz mas praticamos guerras queremos acalento mas praticamos indiferença queremos comodidades mas destruimos o mundo em que vivemos e assim tambem nos destruiremos pois nao somos menos nem mais somos parte da natureza e para encontrarmos a paz temos que praticar o amor acima de tudo
 
Estamos caminhando na contra mao

Coisas simples

 
Coisas Simples

O meu eu
é simplicidade.
E o teu
o que é?
Coisas,
de outras coisas
simples.
Mas muitas coisas
simples,
já não são simples.
O que são?
Não me interessa
saber.
Gosto de coisas
simples,
e sou feliz.

Poesiadeneno9148

Nota:Singela homenagem a F.Pessoa.
 
Coisas simples

Transeunte do mundo

 
Vôo ao meu céu
abraço espaço
vivo a vida em véu
escasso laço
que me planta à realidade
que me encanta, sem saciedade.

viver é tão vão
e vil é o sentido

Tantos rostos à contra-mão
presos em cada umbigo
assim, planadores
ao ar das dores e do desasossego.

Somos todos apenas atores
neste mundo de amor e medo.

Mas ainda insisto em viver
ainda sinto que morrer é cedo.
 
Transeunte do mundo

SOU O QUE SOU

 
SOU O QUE SOU

Violão acústico e voz: GÊ MUNIZ

SOU O QUE SOU

Sou o que sou...
Fui murado por ferro
Semeado por trigo
Armado e sem perigo

Preso a terra
Entre pernas e umbigo
Decomposto e corrompido
Como um corpo no jazigo

Sou o que sou...
Uso esporas e chicote
Encobertos num véu
De puro e doce mel

Presa à boca
Feroz língua de fel
Solta, a voz de menestrel
Traço sons em tons-pastel

Visto o que vi
Me faltou a visão...
Rindo por rir
Que perdi a razão...

Amei sem saber
Sumi sem querer
Mas como prever
O que vai haver?

Então é melhor
Somente dizer:

Sou o que sou...
Corrente e talismã
Furtada de um lar
Largada na mesa d'um bar

Finjo que sou
Astral e material
Que vivo dormindo
E acordo num sonho real

Sou o que sou...
Reticente e volúvel
Saboroso e amargo
Feito um café solúvel

Livre estou
Num demônio angelical
Cruzo o céu de um abismo
Desprezando o bem e o mal
 
SOU O QUE SOU

PUTA DE VIDA, CABRÃO DE DESTINO

 
Puta de vida
Cabrão de destino
És tu o culpado
Do que é o meu ser.
Destinas-te a sofrer
As acusações infundadas
De pessoas mal formadas
Não fisicamente
Mas de uma pobre mente.
Eu te quis contrariar
E vejo que não consigo
Tu estás em mim
Estás sempre comigo.
Tento defender os indefesos
Quero ajudar os ofendidos
No fim, sou eu que saio sempre fodido
E tu, destino, que fazes por mim?
Nada!
Diz-me a quem eu fiz mal.
Não vês, pois é, não há.
Eu não tenho armas
De destruição massiva
Só tenho armas para a defensiva
Que no fim a nada me servem.
Sou atacado por defender
Sou atacado por ter defendido
Mas quando deixarei eu
De lutar pelo bem?
Quando deixarei eu
De ser parvo?
Não posso, sempre lutei,
Sempre arrisquei
A minha liberdade
E quer queiras, destino
Assim continuarei!
Puta de vida.
Cabrão de destino

A. da fonseca
 
PUTA DE VIDA, CABRÃO DE DESTINO

EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO

 
EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO

Procurar no “eu”
Um “nós” latente.

Latir.
Latir certa voz.
Uma voz inconteste de “gente”.

Jamais deixar
De depositar confiança
No humano poder
(Do querer inerente).

Como vós
Ao quarto, quando,
A sós,
Latis
Ganidos de contente
Sabendo-vos, de todos, diferente...

Dane-se a febre pobre
De ser feliz
Adentro às grades
De canis.

Ser ou não ser cão...
Ser ou não ser coerente...

Porém reconhecer-se
N'algum sabor
A ser do próprio, o próprio senhor

Tornar-se, de si,
O ator,
A atriz
Sem atos falhos com falas falhas
Na ribalta apagada da noite farta
De olhar a lua fátua a se repetir...

Eis a ladração intermitente
D’um típico
Hamlet
Indigente

Até esta provação toda se ir
Por vozes em falsetes
Sem público
Sem tietes...

Em mim, em vós
Devem sangrar dos torniquetes
Poemas nada sutis
Longe dos modos gentis
De Sheakespeare
 
EU NÃO SOU CACHORRO, NÃO

Missão

 
Missão
 
Missão

Cair e morrer,
atordoado pela dor.
Sofrer e querer ser.
Voar ou rastejar, e por um ponto final.
Dizer adeus aos que se amam
sem um queixume,
abrasado pelo fogo qu`em mim
queima sem cessar.

Já não sou,
a criança que brincava
até ao pôr do sol da exaustão.
Regressava, então, cabisbaixo
à casa materna, sem um ai.
Soubera o que sei,
e fugiria como um animal esfaimado,
quase a abocanhar a presa,
que me há-de redimir,
e retirar-me o cansaço que me tolhe na viagem.

Dias amargurados, d`um espírito inquieto.
Deixa o Sol para os homens de bom senso.
Abandona o degredo com que castigaram
a tua vontade de poder.
Sou o homem,
que não deseja o que está para além das suas forças
Homem do diabo!
A quem queres enganar?
Sou o homem que esperavas ver descer
o caminho da desgraça.
Habita em mim a criança,
que tanto abominavas.


Dobrem os sinos!
Por todos aqueles que morreram,
antes de cumprirem a missão.
Que o esquecimento seja, por fim, o meu companheiro!
Deixei-me só!
Para que a noite se torne um dia sem fim.


Poesiadeneno
 
Missão

No areial do pensamento...

 
olhando para trás
Vejo que o melhor
É o Deus-tempo...

Pra deixar enterrado
No areal do pensamento
Alguém ou coisas
Que nunca deveriam
Sair de onde hoje estão...

Ainda que tenhamos
Que atravessar o deserto
Do ser para isto saber...

O melhor de tudo isto
É o aprendizado
Que foi deixado,

Pois tem pessoas
E ou/ acontecimento
Que muitas vezes
Temos que tomar drásticas
Atitudes para não perecer...

Junto com algo e ou/ alguém
Que querem nos fazer
Afundar na areia movediça
De sua própria existência...

E, nos querem levar junto
Sonhando com uma vida melhor...

Mas, quem não sonha???
Não é???
Mas, pra isto...
Não precisamos
Aterrar os sentimentos
De pessoas que realmente
Nos amam...

No deserto de mim,
Encontro força descomunal
Para continuar a existir
Fé, força, esperança...

Inda, que os escombros (luto)
Que caíram sobre os meus ombros
Me façam gritar no silenciar
Notívago do ser...

E com tudo isto
Somente tenho a aprender...

Pois, os sonhadores constroem
Seus castelos
E, outros querem destruir
O que você levou toda uma vida
Para construir...

Mas, valeu o aprendizado.
Mas fique lá no fogo in-criado
Enterrado no areal do pensamento
O mau na vida real e no virtual
Que nunca deveria de lá
Ter saído.

Ray Nascimento
 
No areial do pensamento...

Sou ser

 
Sou ser
 
Quem sou eu?
Perguntam-me os olhares
que se fixam nos meus.

Sou aquele que permanece
impávido e perdido
na falésia dos sentires,
acreditando no voo enigmático
do sonho falecido.

Sou também, aquele
que um dia foi anjo e estrela ancorada
no porto inseguro de alguém.

Sou palavras esvoaçantes no vento,
da incoerência abstracta de ser
o esquecimento
nos tímpanos surdos de alguém

Sou perdição, pedra no sapato,
produto inacabado
das relações turbulentas
no oceano íntimo do permanecer.

Sou vida que permanece
alem de ti, de mim de nós,
transportando o teu fado
em cada amanhecer

Sou um insignificante aprendizado,
na imensidão dos ensinamentos
que os caminhos ofuscados
nos fornecem
na berma do real.

Sou vida, fado, saudade, paixão,
ave, fera, foca, sonho e coração

E tu? quem és tu? És um ser como eu….
produto inacabado….
constantemente a renascer
na ânsia de viver.

Escrito a 14/08/09
 
Sou ser

O Infinito precisa de dois

 
no ondular da brisa
moldam-se as curvas das dunas.

frescuras diárias.
breves afagos.
verbos soltos.

e assim escorre o relógio da vida.

o infinito precisa de dois!

in √81 = IX ?
 
O Infinito precisa de dois

Sou

 
há ensejos em que tudo é espiral.
ou caos em profunda liberdade.
ou mera invulnerabilidade.
quiçá?

despojas-te do tempo
e és, essência em sentimento,
no perpétuo fluir do todo.

entrega-te. sem reservas!

eu?
sou emoção.

in Comentários na face da Noite
 
Sou

Ser Amado

 
Amo ser amado.
Porque ser sem ser amado
não é ser,

é viver sem ser.

Amo a dor do amor.
Porque amor sem dor,
não é amor,

é sentimento sem fulgor.

Amo o teu respirar.
Porque respirar sem o teu respirar,
não é respirar,

é expirar o respirar.

Só,

amo,
sinto
e sou,

ao ser amado por ti.

in 30 Mensagens de Amor e Uma Recordação
 
Ser Amado

O QUE MAIS ME FALTA

 
O QUE MAIS ME FALTA

O que em mim me esquece
É o que mais me acontece
E compactua com o modo que sou...
Não tenho cheiro ou sabor
Não caibo em lamento ou prece
Isso em mim não me desmerece
Mereço mesmo o farto, o pleno...
Todo o que mais me falta
Sobra em meu deserto moreno,
Mas sereno e sorridente também...
O sol forte tanto doura a sorte quanto marca
(O corte sarado na cara é que me contém)
 
O QUE MAIS ME FALTA