Poemas, frases e mensagens sobre pensamentos

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre pensamentos

Fatos e Obviedades

 
Doçura não é falta de firmeza, sensibilidade não é fraqueza,
sinceridade não precisa ser sinônimo de grosseria e ser bom, não é o mesmo que ser tolo.
Silêncio não significa concordância. Compreensão está longe de ser subserviência.
Intuição, graças a Deus não é loucura !
E paixão, por ser intensidade , não deve ser confundida com falta ou qualquer tipo carência.
O amor inevitavelmente rima com dor,
traz em si contentamento, encanto
e também uma certa tristeza, mas por ser profundidade
e generosidade em essência, nunca,
mas nunca mesmo, nasce da vaidade, do orgulho e certamente não combina com superficialidade
ou falta de inteligência.
Estar perto nem sempre é estar junto, há saudades que são bem mais que uma ausência.
Viver passa depressa demais ... O tempo como um vendaval tudo traz, tudo leva, tudo desfaz.
Por sermos tão breves , sejamos leves.
O melhor que podemos fazer é nos deixarmos em paz.
É... A vida de vez em quando pode até ser doce,
mas assim como uma boa *rapadura, definitivamente, não é mole não.

*rapadura- doce de origem açoriana ou canária , produzido a partir do caldo de cana-de-açúcar de massa bem sólida, muito conhecido por ser uma sobremesa típica da região Nordeste do Brasil.
 
Fatos e Obviedades

AH,MENTE?!

 
AH,MENTE?!
 
Ah, mente?!

Paralela às ondas do mar,
Ora emerge, ora submerge!
Em pulsões,
Um Vesúvio em reações explosivas.
Ilusionista...
Refletida em sonho,
Ah, mente?! Pra Cima tão alta...
Gigantesca e tão longe do corpo.
Esmera-se em viçosa mania:
Tornou-se uma triste agonia,
Em seus grandes devaneios.
Presumo ser tal grandeza uma certeza!...
Indócil,
Às vezes!
Com receio se esconde,
Talvez por não querer enxergar com a alma,
Temendo a dura realidade!

Inspirado no texto “Como estará a tua mente??” )T4102516 do Poeta Hooshaham.

Texto Mary Jun - Jan de 2013
 
AH,MENTE?!

Saudade

 
Saudade
 
SAUDADE

Lembro amores que tive
Já que é livre o pensamento
Só quem não amou não vive!
Eu vivo a todo o momento.
Lembro horas de paixão
Sem muros e sem fronteiras
O coração dizendo SIM
A mente dizendo NÃO,
E em meus olhos duas fogueiras.

Passou o tempo e agora?
Com a saudade ainda presente
Recordo paixões de outrora
Vivas,no coração que ainda sente.
Ardo em desejos de falar
Mas minha arte é tão pouca?!
Falar de Amor, de amar falar?
Não! Não abrirei a boca.

Nem uma só palavra direi
Atrás do tempo, outro vem
Assim calada, só eu sei
Não saberá mais ninguém.

Era um sonho, que sonhava
A Vida é uma cruz apenas
Uma cruz de pedra lavrada
Onde escrevo minhas penas
Meus olhos falam verdade
Dentro minha alma anda triste
Choram sempre de saudade
Sabendo que ao tempo nada resiste.

rosafogo
Escrito faz tempo, melhor já é do sec. passado.
 
Saudade

Luto pelo afogamento das palavras não-ditas

 
Escapa-me a lucidez
nesse oceano de palavras não-ditas:
rosas indomáveis querem transbordar de mim;
o superego soberano as afoga; eu choro minha perda...
Nado em luto nos vãos estreitos
entre meus pensamentos paradoxais;
preciso respirar um instante de sanidade oxigênica.
Vislumbro o céu, refúgio das estrelas;
a lua, rainha dos amantes, brilha.
Enfim um pouco de ar...
 
Luto pelo afogamento das palavras não-ditas

Estás a ouvir?

 
Os nossos pensamentos nada podem
nada são
as possíveis palavras
num deserto
sem bússola
beija-me
precisamos mais do que palavras
para sairmos da nossa prisão
de palavras.
 
Estás a ouvir?

CARA À CARA

 
CARA À CARA
 
CARA À CARA

A voz triste que me iludiu, calou.
Tão sereno e ameno este silêncio
Manifesto no sussurro do tempo...

E as palavras amargas e soltas
Fugiram à larga de meus ouvidos
Deixando-me como resposta, a dúvida
Dúvida sempiterna que irá me acompanhar...

Sem respostas... Que me importa?
A interrogação na vida é um ícone lapidar...

Passos... Soam-me tal tambores anunciadores
Do futuro que por de lá se me avizinha
Não, não vou mais esperar.
Que a alegria esmurre em breve a porta
E mostre sua brava cara à cara exposta minha...
 
CARA À CARA

Daqui a Cem Anos

 
Daqui a Cem Anos
 
A missão ainda não mudou
Eu nunca vou parar de te procurar
Afinal aqui eu ainda estou
Sinto que algum dia irei te encontrar
Infelizmente não posso dizer quando
Onde, que dia ou em que ano
A esperança é o que me move e me faz continuar
E mesmo repetindo incansavelmente o caminho que ando
Sei que haverá o dia, e ele vai chegar
Onde terei quem me abraçar, perguntar como está minha vida
E uma lacuna aqui dentro de mim será preenchida
Não é carência, é somente uma solidão intensa
Quem é social dirá que o drama me dominou
E que passo os dias pensando em um verdadeiro amor
Que eu ainda não desbravei, aquele que aqui escreverei
Tão inconveniente pensar que existe alguém no mundo para mim
Sabe? Que goste do que sou, que traga consigo cor
Posso muito bem ser infantil, inocente, ou até mesmo carente
Mas continuo pensando na expressão "a gente".

Talvez não exista tudo que está logo acima na escrita
Talvez estou me iludindo, confuso quanto uma tela de tinta
Mas não posso confirmar, e nem escrever sobre isso ainda
Pois como disse, acredito que terá "o dia"
Que duas vidas, duas trilhas, se tornarão companheiras
Sim, sim, isto tudo podem ser asneiras
Mas não estou impedido de sonhar
Não estou impedido de pensar e imaginar
Quem sabe exista? Quem sabe não?
Estou somente seguindo a voz do meu coração
Talvez ele me leve a um buraco sem saída
Ou quem sabe ele me direcione a tão sonhada "prometida"?

Não vou mentir, possuo uma certa dúvida pessoal
Será que algum dia encontrarei a "tal"?
E é um pensamento insistente
E sei que ela existe, por isso, sigo em frente
Afinal não penso em me tornar um desistente
Se for preciso eu lotaria este caderno completamente
Se for para me sentir bem ao escrever
Então assim eu continuarei a ser
Essa "tal pessoa" está por ai
E eu estou por aqui
Agora, será que o destino irá nos reunir?
Esta pode ser uma pergunta que começará a me perseguir
Mas é difícil, porém acredito que vale o risco, o esforço
O sacríficio para encontrar um ao outro
Mas é difícil, pois no caminho há espinhos.

Imagino alguém que não deboche de poemas
Textos com dedicatórias extensas
Alguém que não dará gargalhadas ao escutar "Eu te amo"
Alguém que saiba a hora de parar de brincar
Que não vá a si mesma e a mim magoar
Que não pense apenas em beijar.

Quem sabe, talvez estou me enganando
Talvez eu esteja acreditando nessas minhas palavras
Talvez esteja delirando
Mas gostaria de saber se, daqui a cem anos
Os seres humanos ainda estarão se amando?
 
Daqui a Cem Anos

LOCAIS E LATITUDES

 
LOCAIS E LATITUDES
 
LOCAIS E LATITUDES

O frio milenar dos chãos nos pólos
O calor aerado dos trópicos
Insetos que permeiam os solos
Lágrimas claras a molharem colos...

O sol a pino a perfurar a mata
A chuva aguda ao regar das ruas
A lua e seus refletidos de prata
As caídas damas das noites nuas...

Tantos tentam inglórios alterar
Os retos destinos inevitáveis
Dos andares das carruagens
Mas a humanidade os ignora...

Nada, em verdade, neles reage
E tudo age por mãos de ávaros
Seguindo um minucioso plano
Traçado desde os povos bárbaros...

O amores não correspondidos
Os pobres carentes de rotas
Os ranhosos meninos perdidos
Os engraçados nas anedotas...

Choram como almas que brincam,
Amam ou odeiam ao relento...
Só crianças cantam em cirandas
Replicando o bom fluir do tempo...

Relógio de vento a um só lugar
Rodas-vivas de vidas que giram
Entre férteis terras e agitados mares
Desertos quentes e inquietos bulevares...

Não, não são os locais, nem as latitudes!
É o homem e sua retorta interpretação
De que ele mesmo não pertence à esta natureza!
Ele é o todo de tudo que aparenta não ter solução
 
LOCAIS E LATITUDES

JÁ NÃO CHORAM OS MEUS OLHOS

 
JÁ NÃO CHORAM OS MEUS OLHOS
 
JÁ NÃO CHORAM OS MEUS OLHOS

Meus dedos o lenço seco amassam
Pois o choro, já aos olhos não vem
Nasçam as rugas nasçam!
Já não choram meus olhos por ninguém.
Andam caídos em agonia
Às vezes se esforçam por chorar
O rosto se contrai perdeu luz que esplendia
E meus dedos continuam a amassar.

Dentro dos meus pensamentos moram
Aqueles que tanto amei
Por eles sim, meus olhos choram
A saudade que no coração guardei.

A saudade às vezes
Me vence de tão severa
Conspira por me esmagar
Nas asas do pensamento trago a quimera
Por ela me deixo enfeitiçar.
Quero pensar claro e tudo é nevoento
Como se caminhasse no fundo do mar
Onde tudo é abafado, cinzento
Carrego meus olhos tristes,
toldado o olhar.

Já só quero os pensamentos aquietar
Ultrapassar qualquer amarga sensação
Quero as lágrimas de volta,
Preciso de chorar!?
Para acalmar este tonto coração.rosafogo
 
JÁ NÃO CHORAM OS MEUS OLHOS

LUZES E ESPAÇOS

 
LUZES E ESPAÇOS
 
LUZES E ESPAÇOS

Mora um certo universo por aí...
Com plenos ares de reverso
Mostra-me os caminhos em que vou
Pela ótica de onde jamais estou...

Quentes paisagens afrodisíacas
Mandando internos quereres
Às miragens ritualísticas
Por extensa fila de dizeres

O estar tranqüilo, feliz
Não é bem de vida física
É muito mais vida por dentro
Do que a coisa levada à risca...

É um brotar de rosa mística
Que, de tanto amor, flor estupora
Gerando um novo universo
Imensa explosão que me deflora

Outras excêntricas auroras,
Luzes e espaços há de surgir
Entre o amanhã, o depois e o agora
Entre ficar, andar e... sumir
 
LUZES E ESPAÇOS

longe de acordar

 
revivo o sonho de dias vividos
e tenho esperança nos que resta viver
e os sonhos por mim e por ti tecidos,
tiram o vazio dos nossos olhos
é isso que quero ver acontecer,
quero existir sonhando
arrecado as palavras, e tiro o gelo
do espelho
o tempo vai marcando.
e eu pergunto-lhe se o que vejo
sou eu ou ele que é velho,
enche-me a cabeça de pensamentos
é indiferente aos lamentos
que a saudade não sara,
saudade que faz o sorriso acontecer
que é tristeza e também alegrias
saudade na alvorada ou neste entardecer
que passa à minha porta todos os dias.

e é nas manhãs doces a florir de jasmim
ou nas noites de doce luar
que eu me recordo de ti e de mim
e é então que a saudade vem mitigar.

natalia nuno
 
longe de acordar

Vento de outono

 
Vento de outono
 
O vento carrega o meu pensamento
Num sopro procurando sempre o amor
Como folhas secas riscando o tempo
Anseio que sussurre pra ti minha dor.

Em tua ausência a dor da saudade
Mas somos unidos pelo coração
Nesta distancia cruel realidade
Resta viver dos sonhos de nossa paixão.

E ouço o vento soprando...
Suavemente sinto o sol ameno chegar
Em tuas dobras vou viajando...
Quero ver o doce brilho de seu olhar.

Nessa brisa refrescante que baila meus cabelos,
Escava o horizonte meus pensamentos...
Tal como pássaro em busca de ti voa meus apelos
Como folhas levando meus sentimentos.

Nina I Love you goodbye
 
Vento de outono

Sentado ao Luar

 
 
(Oiça o poema recitado pelo próprio autor, tendo como música de fundo o trecho musical "Sôdade" interpretado em françês por Chris Felix, acompanhado de Armando Cabral, Luís Morais e Cesária Évora)

Sentado ao Luar

Aqui sentado neste vítreo luar de uma lua redonda e cheia,

Medito no trôpego andar desta minha vida vazia e feia;

A minha vida é um luar apagado de uma lua de outra era,

É um vulcão inacabado em profunda cratera;



Assim que este luar tão claro de um brilho tão envolvente,

Não é senão o oposto do meu mundo avaro de uma escuridão ingente;

O meu mundo jaz nas profundezas de um abismo que se abriu fatal,

E aí dorme imerso em cruezas de uma perpetuidade brutal;



A vida não é mais que um breve sorriso que súbito aflora e logo se esvai,

Ou um vago olhar impreciso cuja imagem logo se vai;

O tempo corre e a vida a ele se agarra e corre também,

E o laço que os prende não se olvida de se desprender quando a morte vem;



E a morte sempre a ceifar dia após dia sem punição,

Vive sem nunca se saciar da vida sem norte dos que se vão;

E entretanto a vida vive zombando das pressas inúteis,

Daqueles de quem não se olvida de arrastar para caminhos ínvios e fúteis;



E assim aqui neste luar de uma rara beleza apurada,

Sinto mais forte o vão vegetar desta minha vida parada;

E ansioso espero o vendaval que me há-de arrancar desmascarado,

Das profundezas do abismo fatal onde há muito estou embalsamado!
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Este poema reflecte um profundo estado de desânimo. O está triste e desanimado. O está com saudades de momentos felizes que viveu nalgum período do seu passado. Ao contemplar um luar tão belo, a sua alma extasia-se perante um quadro de tão rara beleza. Mas ao mesmo tempo a sua alma mergulha em sofrimento profundo porque sente que não está a desfrutar dos encantos que a Natureza, que a Vida, lhe proporciona. “… A minha vida é um luar apagado de uma lua de outra era…” . E o chega mesmo a ser mais directo e a confessar que o seu mundo está praticamente destruído. “… O meu mundo jaz nas profundezas de um abismo que se abriu fatal…” e prossegue dizendo que o seu mundo está povoado de inúmeras baixezas, falsidades, injustiças, crueldades… que nunca têm fim… “…E aí dorme imerso em cruezas de uma perpetuidade brutal…” Mas o não é de todo pessimista. E, mais uma vez aqui fica provado que a esperança é sempre a última a morrer. O tem a esperança de que a sua vida voltará a ser o que era nos seus tempos áureos, tem a esperança de que uma viragem da sorte, do destino, lhe trará novos ventos e então lança o grito da esperança, o grito que lhe dará a força de que necessita para se erguer do desespero, levantar a cabeça e desbravar ele próprio, sem máscaras, sem falsas aparências, os novos rumos do seu destino… “… E ansioso espero o vendaval que me há-de arrancar desmascarado // Das profundezas do abismo fatal onde há muito estou embalsamado …”
 
Sentado ao Luar

De hora em hora...

 
Sempre que as horas passam, passam pra me deixar sem graça à medida que se aproxima a hora de te encontrar, e quem sabe de te abraçar!

Hora de almoçar, hora de falar, hora de descansar...

O Sol que se desgasta ao ficar por horas iluminando o dia e a mente de quem é mal-agradecido com o tempo...

Pois o tempo, dono da razão, emite seu próprio inverno, ao te trazer no tempo certo, tudo de bom, em um futuro que todo dia parece incerto.

O anoitecer também tem suas horas...

Hora de parar, hora de jantar, hora de conversar e de se consolar com o par!

Mas ainda tem dentro da noite, a hora de se amar, deitar, e de se preparar para um novo dia que vai chegar.

Mas digo não para hora de ficar lamentando ou chorando, pra tentar comover aos prantos, o tranco que a vida está dando.

Hora vem, hora tem, hora não sei...

Sei lá se é vontade de te achar, ou de continuar a aprender comigo mesmo, em um solo de canção ao vento...

E esse vento que hora parece me carregar no seu fluxo do invisível, que tem hora que vem sem saber de onde e se me trará alguém...

...ou hora que vai, encarando sozinho, meus pensamentos que oscilam em um vai e vem, subindo e descendo, altos e baixos, que por incrível que possa parecer, me forjam...

...hora em um plebeu, hora no príncipe de uma corte que já morreu!

Mas me permito pensar na hora em que deixarei essa velha história, de Deus regendo o homem que peca e que não obedece a regra, e acaba até mesmo matando sua descendência por causa do seu nome, de seu poder, de suas posses e de sua fome...

Um dia sim, deixarei essa vida diminuída por uma grande maioria, que não sabe a hora de perder, voltar, descer...

Pra depois ganhar, não o que o reconhecimento nos dá, mas o que a vida e a lei do retorno e justiça trarão, hora na frente de meus olhos, hora virá em minha alma, às vezes em sofreguidão...

Tecendo e crescendo um antídoto contra o veneno...

Pois passei horas nessa vida, provando em minha lida, do chamado Doce Veneno...

Que até deveria ter esperado, mas numa espera menos contida!

Antonio de J. Flores

Tem horas que não passam, mas tem hora que demora passar...

Qual a razão?

Acho que ninguém sabe realmenete, as vezes a razão está próximo ao coração...
 
De hora em hora...

Conquista

 
Conquista
 
Tudo o que sempre almejei está ali
Será que terei forças para prosseguir
Por causa das dificuldades, as vezes pensei em desistir
Mas apesar de tudo isso, estou aqui
Eu sofri, eu lutei pelo que sempre quis
Ignorando os maus conselhos
Os falsos reflexos no espelho
E, desde cedo fico pensando
Nas dores que já surgiram em meu peito
Mas não existe outro meio, a vida é desse jeito
Mesmo sendo imperfeito eu consegui o tal complemento
E, depois de tanto tempo, tanto sofrimento
Está bem ali, este é o momento.

Jamais esquecerei de meus sacrifícios
Das vezes que fui criticado, ignorado, mal visto
Nem mesmo por isso mudei meu objetivo
Se tivesse dado atenção ao que entrava em meus ouvidos
Hoje eu poderia estar perdido, sendo levado pelo rio
Esquecido, apenas mais um ponto em um livro
Mas hoje fui recompensado e posso tirar um cochilo
Posso finalmente dizer que estou tranquilo.

Me deitar e relembrar das vezes que me pus a chorar
Das tantas vezes que, ajoelhado, pedi para Deus me ajudar
Ele estava, e está, sempre a me observar
Desculpe se eu pecar, mas hoje tenho o direito
De me alegrar, sorrir, cantar
Mesmo com as pernas cansadas de caminhar
E agora vou confessar, quase pensei em me entregar
Mas como disse, posso me acalmar, vou me deitar
Pois apesar de tudo, amanhã irá chegar.
 
Conquista

NOITE INTACTA

 
NOITE INTACTA

Nada me falta
Ninguém me espera
Nem aguardo nada

Desfruto dos arrepios
Da frígida pele lograda
Pelos ventos vazios
Desta noite apagada

Gozo do ocaso
Do passar do tempo
Por braços cruzados

Não vocifero lamentos,
Amacio a almofada
Com pés na cadeira
A marcharem madrugada

Regalo-me do momento,
No escuro, fascinado,
Tomado em grafite aceso

O não-pensar obstinado
Desfralda seu peso
E as reflexões baldias
Afanam-me o medo

Da estelar ribalta
Não me escondo...
Seu pulsar me delata

Já me confessou
A albergada lua alta
Que o sol me vigia
Em plena noite intacta
 
NOITE INTACTA

QUANDO ALMA É ALMA

 
QUANDO ALMA É ALMA
 
QUANDO ALMA É ALMA

(Agoniza uma mente.
O que absorvo da dor
É tudo que da dor se descreve)

A derme nívea não treme
Quando lhe queima um frio
Pois nada de real lhe habita...
Haverá anima ativa?
Se há, então grita, maldita!

Como seca em neve
Este rio efêmero...
Águas de veneno
A percorrer-me as veias recônditas

Quando alma é alma?
Quem saberia identificar?
Para mim é só estranha naca alada
Com asas de pontas cortadas
Preparada a dissimular
Que ela mesma seria confeita
Em fogo, terra, água e ar

Saberei, de novo, tomá-la?
Quem pede, não cala
Reclamo mesmo que em dúvida
À vida que, sabe-se lá, persiste
Em achar razão para embalá-la

E mesmo que um pouco confusa,
Alma ela ainda se mostra,
Profusa, composta,
Ou por pura travessura e arte
Ou para, novamente, em seguida,
Levar-se!

Ser largado de si próprio
É tão frustrante e triste...
A realidade do ópio.
 
QUANDO ALMA É ALMA

Vate!

 
Vate!
 
Tarde de inverno, o sol morno.
A vida, passando não espera...
Tudo em mim é fulgor - forno.
Minha alma cativa te espera!

Meu sangue ferve, o coração acelera...
Parece fogo, numa atmosfera!
Excitação - enlevo toca n’ alma de vate!
Em arroubos, desejos num combate...

Entre devaneios e suspiros.
Tudo, tudo pensamentos, - o amor,
Gemidos, abraços, carinhos...
Envolto de beijos sem pudor!

O sol se vai, com ele os anseios fugidios...
Fantasias acordando dos sonhos -, do ímpeto,
Amor e lascívia – desejos dissipados em soslaios.
O pulsar se entristece e a alma padece por completa!

Imagem:Google
 
Vate!

Meditação

 
Meditação
 
MEDITAÇÃO

Não dei conta, de que quase noite já era.
Olhava os girassóis, virados ao sol poente
Tudo o resto me esquecera!?
Até a àgua da nascente, pura,transparente.
Meus pensamentos me levaram longe daqui
Estranha a sensação de reviver a infância
Parecendo sonho, sómente o que vivi
Quando dei por mim, já tudo ía à distância.

Hoje as palavras surgem com dificuldade
Servem para esconder o vazio
Supérfluas para dizer da saudade
Que corre em mim como um rio.

Falo comigo numa língua silenciosa
Detalhes, insignificantes da memória
Dos anos vividos duma forma vertiginosa
Capítulos vários da minha história.
Meu rosto se ilumina de espiritualidade
Enquanto o sol faz a sua desaparição no Céu
No meu coração, encontrei respostas e até um pouco de felicidade!?
Enquanto olhava os girassóis... tudo isto aconteceu.

rosafogo
 
Meditação

Incerteza

 
Incerteza
 
Disseram pra mim que eu devo prosseguir
E que, o que aconteceu era inevitável
Mas que não era o fim do mundo, ainda terei momentos agradáveis
Porém, as vezes sinto algo incontrolável
Um sentimento abominável, de julgar meu estado solitário
Meu passado reflete nas paredes do meu quarto
Salvo minhas memórias em um tipo de diário
Com versos guardados dentro do armário
Mesmo que o caderno esteja um tanto quanto desgastado
Meus textos nele são colocados, e podendo ser amados.

Hoje estou tranquilo, mas amanhã posso estar reprimido
Hoje tenho um caminho por onde eu sigo, mas amanhã posso estar perdido
Na verdade é muito relativo, já digo
Porém não enxergo aquele garoto entristecido
Lamentando amor sofrido, e as vezes não correspondido
Agora olho pela janela e noto que eu estava esse tempo todo escondido
Não me sinto mais um inquilino do limbo
Acho que jamais saberei o que realmente preciso
Mas não creio que será nesta prisão em domicílio
Por isso abri a porta ontem e vi um certo brilho
Não me sinto mais tão cativo, e é bom escrever isso
Também não posso mentir que estou totalmente bem
Já que as vezes me encontro pensativo, talvez pensando em alguém
Mas desta vez quero o que me convém
Não é como se eu não quisesse ficar com ninguém
Muito pelo contrário, sinto-me zen para seguir
Quero, como qualquer outra pessoa, sorrir
Então que seja assim, que eu encontre uma garota para ficar afim
Que ria junto à mim, e que no fim
Diga que comigo se sente feliz
Isso que importa, isso que me conforta.

Algumas semanas passadas surgiu uma ideia desorganizada
Ou melhor, uma ideia "avacalhada"
Estava eu na companhia de um colega
E ele me mostrou uma sequência de fotos de uma peça
Escolar, então estava mostrando seus participantes, seus colegas
Um pouco antes de entrarem nas férias
E eu gostei de uma delas, mas infelizmente no final não deu certo
Foi uma comédia.

Estou ciente que meus erros me seguirão
Presentes na minha vida sempre estarão
Mas se eu não continuar o que será de mim então?
Não posso ficar nessa solidão
Cabisbaixo, olhando fixamente para o chão
Mas não é como se eu quisesse sucumbir em uma nova paixão
Quero brindar à uma nova ascensão
Talvez seja apenas parte de uma nova constituição
Estou no processo de evolução
Mental e, quem crê dirá que também espiritual
Ou no fim das contas seja apenas um teste experimental
Uma anônima para conversar não seria nada mau.

Há quem diga que amar é lindo
Outros, que pode ser difícil, sofrido
Eu não sei qual opinião me encaixo
Dentre essas duas eu escolho em ficar por debaixo, calado
Pois no momento sou apenas um jovem vivendo um aprendizado
Não sei definir ao certo meu atual estado
Gostaria de estar compromissado, estar acompanhado
Disseram para mim que tudo tem seu tempo
Então ficarei aqui escrevendo, e esperando, sentindo o vento
Se isso realmente for verdade, talvez eu sinta logo, logo, felicidade
Ah que incerteza, ah que crueldade.
 
Incerteza