Me deixa contar-te um segredo Um segredo que me mudou Me deixa livrar-me do medo Deste medo que me calou Me deixa mostrar-te o que sinto O que sinto faz muito tempo Me deixa roubar-te um sorriso Me deixa contar-te um segredo
Eu te amo e para sempre Para sempre te amarei E mesmo sem te ter ao meu lado Ao teu lado eu sempre estarei Porque eu te amo e para sempre Para sempre te amarei E mesmo sem te ter ao meu lado Ao teu lado eu sempre estarei
Me deixa olhar-te nos olhos E lembrar-me do que senti Me deixa perder-me no tempo Perder-me a olhar para ti Me deixa lembrar o momento O momento em que me vi Do lado de dentro dos teus olhos Abraçado a ti
Eu te amo e para sempre Para sempre te amarei E mesmo sem te ter ao meu lado Ao teu lado eu sempre estarei Porque eu te amo e para sempre Para sempre te amarei E quero que saibas, que sintas que eu nunca Nunca te abandonarei E mesmo que fujas, te escondas, que morras eu sei Eu sei que te encontrarei Porque eu te amo e para sempre Para sempre te amarei
Versão reeditada de "Segredo" . Por favor clique no play para escutar a música.
Se de amor somos tocados, então vem. Com esses olhos maviosos me seduza Antes que o amanhecer lhe arrebate E para alem dos meus sonhos o conduza
Perca-se a razão nos labirintos dos desejos Renúncias espalhadas na trepida noite Porque jorra dos olhos saudade num lampejo E a dor da ausência já nos toma de açoite
Deixe que esse amor ao cinzelar refaça Esse querer que nos prende, amordaça. A réstia daquilo que poderia ter sido
Que nos arraste para a mesma fantasia Perfume que nos toca lenitivo que inebria. Deixe o sabor de amor sonhado e vivido
Agora que você fez parar o tempo Aprendi a não morrer Nasci o dia e voltei Qual andorinha em primavera Qual pássaro debicando pão Saí da terra árida Mergulho no lago dos teus olhos Encolho os ombros da ilusão Sorriso no canto do coração
'' Tudo ficando lento de mais e eu tentando enxergar você , e seus olhos impermeáveis não me olham mais. Um dia isso poderia ser sincero , se não fosse passado. Onde ficamos e deitamos o olhar. Meu amor era seu e único. Ainda vou morrer tê olhando e mesmo sem sentir que você foi embora. Ainda vou tê olhar , sabendo que nunca vou consegui dizer Adeus por tê amar ”....
Venda-me Venda-me os olhos para a luz do dia Venda-me para que eu te veja com mãos de escutar Venda-me com mãos que não matem Com mãos que sufoquem Com mãos que me agitem o desespero Liberta-me Desata-me o corpo e ata-me Amarra-me aos teus pensamentos Arrasta-me por nus momentos De encontro às esquinas dos teus sentidos Larga-me No chão dos teus labirintos Desamparadamente E descaradamente Atreve-te na minha carne Consome enquanto arde Enquanto é morna Enquanto é sobra Enquanto é gente
Título: RUMO MPB - Samba Autor: Letra/Melodia/Voz/Violão - ZéSilveira (inspirado numa obra da poeta Karinna) www.youtube.com/watch?v=wlnr5zoKv-0
Ainda te serei `blue` Do luar farei concha E num Leito de prata Singrarei rumo ao sul... Entre véus, céus e pompas Eu te desnudarei Deitarei ao teu lado Meu pensar não desmonta No teu sono sem tempo Dormirei te adorando Num oráculo, sem máculas... E na tua enseada Então eu rasgarei...o vento... Ainda serei de ti Vou colher mar de estrelas Cirandar de olhares... Alma, pele, adornos E o toque perfumado Vidas, flores e luz E colares de pérolas De tudo que seremos Aos teus olhos azuis..
E ela olhava, e olhava, e olhava... Obstinadamente. Quem sabe jogasse um solitário jogo, buscando vencer a distração e o cansaço... Tinha nesse instante uma expressão nublada, talvez apática, da qual seus olhos pesados sobressaltavam por um lacrimejo excessivo. Perturbava-lhe a balbúrdia em sua visão periférica, enquanto o pensamento, imaterial e genioso, escapulia, subvertia, evaporava... Multiplicava o mundo em outras possibilidades, coroando e destronando intensos reis: o amor, a arte, o visceral, o sensual. E então ela não tinha limites, ela não tinha medo afora de si mesma, pois absorta em anomia a moça adiava a míngua do gozo, a urgência pelo significado que se desprendera nas passagens: da vontade para o toque, do pensamento para a linguagem, do sentimento para a atitude...
Pois foi que, de repente, naquele olhar, alguma revolução de sentidos estourou na cara dela, e desde então desvaneceu, murchou, e já não é tão bela quanto ontem, tão simples como outrora. Uma vida roubada. Seus olhos avermelharam, correu em disparada com as mãos premidas no cordão do tempo, sujou-se de poeira cósmica, dançou em giros, cruzou paredes; caiu diante de mim. Fiquei demente, catatônico, e bem quis tocá-la, mas não soube como.
O que sei é que entre o sonho e a realidade existe apenas um cinismo...
Serenidade flui dos teus olhos, preciso partir, ao longe você me busca. sentindo soprar o vento nos meus cabelos, quando cai a tarde, sereno molha meu rosto
Nesse caminhar da luz me perco na escuridão dos meus pensamentos Onde vou, quando vou, irei chegar? Partirei a caminho da sua serenidade quem sabe assim não ficarei na escuridão.
Partindo estou, ao encontro da paz do seu sorriso. Do aconchego dos seus braços, do calor do seu corpo. E do mel de seus beijos.
Tristes e chorosos estão os meus olhos, Que já nem em mim vêm o infeliz reflexo, Outrora feliz, irradiava perplexo, O brilho do sol com um simples olhar, Que eram para ti (Vós) te amar.
Tristes e chorosos estão os meus olhos, Que nada temem, nada querem recear, A mágoa profunda que insiste em ficar, Trilho caminhos que em tempos desviei, Que agora percorro, para os quais voltei…
Tristes e chorosos estão os meus olhos, E por nada querem vir a secar, Por dentro a alma que fica a sangrar, Este sofrimento, tormento que não me quer largar, Que continua, o meu corpo, coração… A abraçar!
Tristes e chorosos ainda estão os meus olhos, E a noite com eles quer pernoitar, Mas o mundo, não gira! Não há meio de acordar! Que venha a luz do dia, é com ela que quero estar, E a ti, meu amigo eu quero Amar…
Pois no Amor eu me irei consolar, Seja ele qual for… Basta me aceitar!
Nestes olhos imperfeitos de íris iridescente palpo nuvens, faço escolhas e solto sóis Deixo que a cor se propague por entre o ver-te insinuante Acaricio o cio de tocar-te em cristalinos de ternura E o meu destino é lembrar-te nestes olhos que te procuram
São cruéis os teus olhos, Que me olham com pudor... Que me fazem uma vénia incrédula de horror, Que alcançam a minha carcaça e para ela transmitem dor, Que me arrancam a alma do meu corpo, já morto e já sem cor...
São cruéis os teus olhos, Que outrora me abraçavam e aconchegavam docemente, Como me olhavam melosos... Não de costas mas de frente, E me pediam um carinho amigo, um sentir quente, Que me fizeram pedidos floris de uma primavera contente.
Foram cruéis os teus olhos, Que me entristeciam com a raiva que me lançavam, Nas horas de paz, nos tempos de calma que esmiuçavam, Que me agrediam com palavras... Que me violentavam, Que não tinham génio e que já não lá estavam...
Foram cruéis os teus olhos, De uma forma ultrapassada e até fantasiada, Os quais que fecharam a minha estrada, Impediram a minha passagem, mataram o meu lar de fada, Que me colocaram trancada numa caixa enfeitiçada.
Já não são cruéis os teus olhos, Pois neles já não encontro vida, Partiste sem uma conversa, sem uma despedida, Deixaste uma dúvida perdida... Se teria sido algum dia tua menina querida? Ghost
Meus olhos queimados p'la poesia Abrem e fecham ao calor dum sonho Na leitura das palavras que são magia Quando o silêncio se instala, enfadonho.
Sedentos como riacho no Verão Meus olhos bebem sofregamente o sol além. A liberdade que rodopia em meu coração E ficam-se perdidos, silenciosos, sem ninguém. Lembram noite de bréu, bem escura E nestes versos a que me entrego Neles ponho tanta ternura! Versos errantes, me cansam, mas a que me apego.
Meus olhos já se perturbam com as caminhadas. Já são folhas caídas secas ao abandono! Ou apenas duas bandeiras desfraldadas?! Dum país, onde morreu o sonho... Adormecidos num longo sono.
(Oiça o poema recitado pelo próprio autor tendo como pano de fundo um grande sucesso dos anos "60", a canção "Aline", de Christophe.)
Gosto dos Teus Olhos
Sempre que fito esses teus olhinhos maviosos, De cujo encanto não me sei desenlaçar, Sinto ternos desejos sequiosos, De em mil laços de amor os enlaçar;
Mas quando lanço os laços de os laçar, Eles lestos desviam caprichosos, As minhas ânsias de os entrelaçar, Aos meus ávidos desejos buliçosos;
E quanto mais de mim eles se esquivam, Mais deles me enamoro e mais se avivam, Os meus anseios de atrás deles só correr;
E na crença de algum dia os alcançar, Atrás deles vou correr sem descansar, Enquanto houver distância a percorrer!
Se sair de mim... Se abandonar neste poente as rimas dos meus versos. Se pausar minha historia, no tempo que declina. Se ouvir os “ais”, que orvalham minhas vertentes, banindo as carências . Se debruçar na janela da alma, minhas ambigüidades. Assim... Olhos presos no ocaso... Sem pesar, sem culpa. Então... Na explosão púrpura desse fim de tarde... Nua de essência, farei barulho neste vasto silêncio. Acordando o porvir...