O brilho do teu olhar
Estas no mais profundo de meu ser
No eco do silencio que me invade
Em teu olhar entreguei meu viver
Neste brilho que me deu felicidade.
Como mágica veio e me envolveu
Invadindo completamente meu coração
Agora os meus desejos são teus
E longe de ti só encontro solidão.
Aquele amor que um dia declarei
Vive ainda em minha lembrança
Você é a pessoa que mais amei
Delírio de sonho e esperança.
Fecho os olhos para a tristeza
Que insiste em não me deixar
Deste brilho guardo uma certeza
Que nunca deixarei de amar.
The Carpenters - Make believe it_s your
"Fome de você"
"Fome de você"
O meu corpo te espera, boca pedindo a tua
Te olho, provoco, quero tua alucinação
Teus olhos dizem "sim", quero sua loucura
Os delírios de teu prazer, sob teu corpo estão.
Olhando-me com fome cego, e quente...
Desafogando as vontades e minhas fantasias
Faz de mim sua loucura, dá todo teu êxtase.
Porque agora, minhas vontades são tuas...
Então mergulha teu corpo, mata nosso desejo.
Invade meu corpo febril, úmido e já desnudo.
Quero tua boca, a saliva, a textura do beijo.
Gestos ousados, atrevidos, nos deixando mudos.
Cada parte de mim, mostra que te cobiça.
Quer te ver alucinado, perdido de prazer.
Nas ondas das minhas curvas, tua delicia.
E nua nos meus lençóis, vem, quero te ter.
Corpos nus se entranhando, loucos, se tocando.
Movem-se cadenciados, desvendando cada trilho.
Bocas enlouquecidas, mãos, pernas se enroscando.
Sangue fervendo nas veias, prazer em estribilho.
Despudorada e louca, dou-me só pra você moço...
Olhando nos teus olhos, enquanto te sinto em mim
E alucinada,insana,contorcendo em gemidos te ouço.
Vem agora moça que eu amo, vem... Explode em mim.
Glória Salles
Quero esse tempo
Pele tostada
Corpo aquecido
Sol dourado
Tempo esquecido
Quero esse tempo
Murmúrio do mar
Água salgada
Quero esse tempo
Mar em movimento
Corpo moreno
Com olhar esverdeado
Quero esse corpo
Ah como te quero!
Tempo de ser amado.
Nereida
https://novanereide.blogspot.com
“Forte presença” - Soneto
“Forte presença” - Soneto
Na penumbra do quarto ainda vejo o vulto
Da noite engolida pela densa madrugada
Fragmentos da musica que embalou o culto
Nessa cama, altar, onde fui endeusada
Estranha lucidez, das frestas da vidraça o lume
Etérea, ainda lânguida, recuso-me a despertar
O corpo ainda guarda o gosto, tem o perfume
Dessa paixão que os nós do pudor fez desatar
A luz que agora ofusca ecos do sentimento
Daquilo que em mim ficou, depois da partida
Dominante presença, fortemente sentida
Do olhar dentro do olhar, guardo o momento
Desse olhar intimo que só nos entendemos
A cama desfeita, vestígios do que vivemos...
Glória Salles
O mar no meu olhar
Escuto o sussurrar do mar
Segredando segredos inaudíveis
Como uma carícia humedecida
Afagando o calhau vivo da praia
Num vaivém ternurento de prazer
E eu que faço?
Banho-me nessas ondas espumosas
Onde mergulho sem temor
Consciente da época invernal
Que importa
Em murmúrios flamejantes
Dispo-me das sombras enegrecidas
E visto-me do soalheiro do sol
Brilho ameigada pela quietude
Dessas águas cristalinas
Da ardência do meu sol
Cintilando em céus límpidos
Em melodias sensoriais
Em corpos vestidos de amor
Perco-me na imensidão de sentires
Feliz de ser o que sou
De usufruir das ondas e do sol
Desta minha ilha seduzida
Por ti.... praia idilica
Onde o horizonte longinquo
É a quimera do meu sonho de mulher
Escrito a 13/12/08
"Tantas de mim"
"Tantas de mim"
Às vezes sou precisa como bússola.
Em outras, me perco na vastidão de mim.
Às vezes sou asas imensas.
Em outras, sou chão, raízes firmes.
Às vezes sou âncora segura.
Em outras, um barco a deriva.
Às vezes sou olhar calmo e sereno.
Em outras, todo o espanto nos olhos.
Às vezes, taxativa sou ponto final.
Em outras, um mundo de reticências.
Às vezes, sou o doce do (re) encontro.
Em outras, o amargo sabor da saudade.
Às vezes, a calmaria de águas plácidas.
Em outras, a ferocidade do mar revolto.
Às vezes, sou céu azul e límpido.
Em outras, sou chuva torrencial.
Às vezes, sou cores vibrantes.
Em outras, uma soturna palidez.
Às vezes, sou musica contagiante.
Em outras, abissal silencio se faz.
Às vezes, sou inteira.
Em outras, sou fragmentos.
Às vezes, sou trovas, rimas, e cantos.
Em outras, me calo...
E deixo o silencio falar...
"Amor de folhetim" - Soneto
"Amor de folhetim" - Soneto
Chegou de mansinho como uma brisa.
Olhar doce que me esquadrinhou.
No silencio que se fez, ouvi tua fala.
E nos versos do meu poema caminhou.
No contorno da tua boca me perdi.
No sorriso que me farta e enlouquece.
Abandonei-me nesse abraço sem lembrar.
Que sempre se vai, parece que me esquece.
Escorrega, feito papel em ventania.
Então, sobram entrecortadas falas.
Num silêncio abissal, que se instala.
Espera massacrante, são meus dias.
Tua ausência desfia laços em mim.
Porem quero esse amor de folhetim.
Glória Salles
Olhares impudicos
Quando nossos olhares se cruzam
Falam tudo o que não conseguimos dizer
Fazem o que não ousamos fazer
Tacteiam os sentidos,desnudam nosso ser
Amordaçam os sons alheios
Esmagam o rasto ubíquo da pudicícia
Mostram o que guardamos
No mais recôndito da alma
Assim,quando nos olhamos..
O brilho do teu olhar
Em pensamento me transportei há você
Queria pegar tua mão e sair por uma estrada
Sair de cara lavada sem medo da multidão.
Olhar bem dentro dos teus olhos
Sentir -me protegida pelo brilho
Intenso que acaricia todo meu ser.
Teu olhar,tua boca,no delírio
Dos teus olhos,fico louca.
No embalo do teu coração
Consigo expressar minha emoção.
Este teu jeito de me olhar
Entreolhar e desejar
Deixa-me ousada e arrepiada.
É possivel saber o que pensas
Somente te olhando
É possivel ver que desejas
É possivel ver que me queres só pra ti
É possivel que eu veja como você me protege.
Vigia-me,persegue-me
Somente com teu olhar...
E quando encontra o meu então...
Ninguém pode segurar
Ninguém irá afastar
Ninguém irá me tirar.
Esse sentimento que cultivei
E todas as vezes que te beijei
Te abracei, serás pra sempre
Guardado na minha lembrança.
"Quietude"
"Quietude"
Longa noite se pronuncia...
Silêncio que traz o grito sufocado.
Ecoando como a corda tensa
que vibra os sons.
Pensamentos desconexos.
Povoados por palavras sem sentido.
Flutuam como meu anseio...
De ouvir dos teus passos, o eco.
Desnudo-me de qualquer preconceito
Lanço fora todos os medos...
Para te ver caminhar em minha direção.
Procuro o fio condutor,
que me levava e te trazia,
e nos mantinha ligados.
Por certo se rompeu
E se desfez como nuvens à menor brisa.
O mesmo se dá com as horas...
Passam alheias,
zombam da minha letargia...
Os desejos, o sentimento,
ainda vivem aqui
Epiderme do meu sentir...
Olhar fixo nos sonhos.
E nos seus olhos,
Que buscam outra direção...
E hoje será assim
A musica que ouço é o silêncio...
Quietude.