Beleza que não se esquece
Um sonho tão belo é ver a natureza
Na realidade e nas múltiplas flores...
Quando a vejo fico apreciando...
As suas tão lindas e variadas cores.
No céu vejo o sol a brilhar...
Um azul tão belo a me encantar
Nos rios águas que vão caminhando
Para nas fontes desaguar.
Na brisa cálida do amanhecer
Sinto o toque gélido do sereno
A saudade vem me entorpecer
Com lembranças e seu veneno.
Em toda beleza admirada
A que nunca vou esquecer
É que um dia em seus braços
Eu vi o amanhecer.
Do You Know Where You're Going To - Diana Ross
A Fogueira
Como uma árvore, que acariciada pelo vento, balança suas folhas em chamados.
Como a chuva, que escorrega maliciosa, nas paredes dos prédios, trajetória seguida por um ponto.
Como a música, que inflama a alma e eleva a matéria.
Como o doce, que lambe-se.
Como pelos, que aquecem, fogem presos e flutuam até pousarem entre nossos lábios.
Como segredos, que aproximam os lábios da pele em sussurros.
Navegar sobre, entre, para, além.
Oceano dos céus. Entre vidas.
Para sempre. Além do bem e mau.
*A magia do amor*
Quero te dar um pedacinho do céu
Ou o branco da nuvem passageira
Poder olhar e ver o sorriso teu
Brilhando mais que uma estrela.
Tirar-te todo vazio da solidão
Suas tristezas poder apagar
Dando alegria ao seu coração
Como sol da esperança te abraçar.
O vento em seu rosto soprando
A sensação de leve brisa a te tocar
É minh'alma te confortando
Com o amor que tenho pra te entregar.
Ouça os pássaros que cantam baixinho
Quando seu dia amanhece
Vão te acordando devagarzinho
Levando meu canto e minha prece.
Ofereço esta minha inspiração
Nesta singela poesia
Recebe com toda emoção
Junto com a natureza e sua magia.
Dan Hill - Nunca pensei que eu poderia amar
Estúpido Humano
Porque me desnudas e me matas
estúpido humano?
não vês que assassinando-me
também morrerás?
Porque teimas em possuir
a cegueira maior que o universo?
será que na tua alucinada loucura
não me sentes leal e submissa?
Porque deambulas altivo, prepotente
no mundo que destróis?
Pára, pensa,
desce do teu pedestal
não me tortures, ama-me
porque eu sou os teus pulmões
as tuas veias, o teu agasalho…
o murmúrio da tua voz
e sem mim não sobreviverás.
Escrito a 27/01/10
Desabrochar da natureza...
As flores desabrocham viçosas,
Saudando o sol que brilha e as acaricia,
Na manhã esplendorosa que inicia,
Prevendo emoções maravilhosas...
Borboletas acordam dengosas,
Ensaiando seu bailado de magia,
Os pássaros trinam em sintonia,
Acordes de sinfonias maviosas...
A natureza sai da letargia,
Do frio e triste inverno, despe o manto,
Exuberante, expõe todo encanto...
Tudo se transforma, tudo é alegria,
É um novo ciclo, uma nova vida
Que a Deus agradeço comovida...
(ania)
EMPRESTAR ASAS...
EMPRESTAR ASAS...
ele inspira e empresta asas
aos meus poemas circunvizinhos
nuns furacões de ventozinhos
rodopiando,
comezinhos
a rebentar em múltiplas estrofes
nos rega-bofes
das “apóstrofes” dos meus caminhos
e a rima que, lá de cima, convém ao clima
não tergiversa dos versos...
não malversa o rimalho em vice-versa...
“pois flutua e encanta incontroverso
o canarinho que trova no mangue
um som chiquitinho de universo”
Desejo de um coração...
https://www.google.com.br
http://www.artmajeur.com/pt/art-gallery/carlos-v-pinto/164284
Pintura de Carlos V. Pinto
Quisera eu ser a nau
Em alto mar cheia de flores
Que acalmam as dores
Suturadas pelas mãos de Deus
Quisera eu ser a bonança
Que vem depois da tempestade
Ser a brisa da saudade cravada no peito
Num silêncio que grita tua ausência
Que se faz oceanos lapidados
Por lágrimas de diamantes
Provindas dos olhos tristes
Seguindo uma linha tênue
De paz e felicidade
Ainda que a tempestade
Me faça maremoto...
Me jogando contra o rochedo
E eu sem medo...
Consiga prosseguir...
No homem de desejo
Que habita em ti
Em em barquinho de papel
Navegas no teu além mar...
Ray Nascimento
onde esta o raciocinio ?
E estranho que os animais irracionais vivem em harmonia com a natureza e compactuam com seu crescimento enquanto os animais racionais a destroem querendo impor seu dominio sobre ela extinguindo seus recursos
Onde esta o raciocinio ?
HAIKAI < I >
O Amor é dueto
Entre duas almas afins...
É amor-perfeito.
Elias Akhenaton
"Eterno aprendiz, um peregrino da Vida"
Sementes de amor e esperança
O dia amanheceu com aquele cheiro a hortelã. Tio Janeca chamou o sobrinho Zeca que, ainda, dava voltas na enxerga de palha a que chamava de cama.
- Levanta-te, Zé preguiçoso, que o galo está quase a cantar!
Zequinha era um jovem amargurado, órfão de pai e mãe, no auge dos seus 15 anos, abandonou os estudos porque a inteligência não o havia contemplado e porque ficara entregue aos cuidados do Tio Janeca, seu único parente, eremita por opção, agora, acompanhado do desmiolado rapaz, invasor das suas horas de meditação e contemplação da natureza.
- Oh tio, eu hoje podia dormir mais um pouco, a Xinha está prenha e agora não dá leite, se não tenho de ordenhar a cabra para que é que preciso levantar-me tão cedo?
- Anda, senta-te aqui junto a mim e come estas sopas de café com leite!Sabes? A natureza respeita os seus horários e, tal como tu, também dorme, mas para isso Deus fez a noite. Se somos parte dela temos de respeitar as suas regras.
- Oh tio, mas eu sou parte da natureza?
- Claro que sim, tudo o que foi criado por Deus faz parte da natureza. Olha vem daí, vamos sentar-nos debaixo deste velho carvalho.
- Agora respira fundo e pensa nas estrelas, nas nuvens, no sol e nos ciclos da lua…
Consegues perceber como cada um deles surge e desaparece conforme o horário que lhe foi destinado pelo Criador?
- O tio sabe cada coisa, nunca tinha pensado nisso, eu cá só me apetece dormir.
Nisto, Zacarias, o galo capão, cantarolou a cantiga que Deus lhe encomendou para acordar a humanidade e Zeca entendeu finalmente que àquela hora da madrugada a natureza despontava na sua plenitude e quem muito dormia nunca haveria de testemunhar tamanho milagre.
Ali, mesmo na sua frente, o carreiro das formigas atarefadas atropelava-se na correria desenfreada pela sobrevivência, ainda mal rompera a aurora e já estes seres minúsculos cumpriam o seu destino.
O Tio Janeca tirou do bolso das jardineiras umas pequenas sementes e ordenou a Zeca, com a convicção de quem já viveu o suficiente para ensinar as experiências que a vida lhe transmitiu:
- Anda, quero que deites estas pequenas sementes à terra!
- São sementes de quê tio?
O velho eremita respondeu:
- São sementes de amor e esperança.
Maria Fernanda Reis Esteves
49 anos
Natural: Setúbal