O outro lado de mim
O outro lado de mim
Aquele que tem cobiça
Mas finge não ser assim
Aquele que do nada se irrita
E esconde seu lado ruim
O outro lado de mim
Que gosta da gula
Inveja e usurpa
Mente e insulta
Fuzila fitando
Cospe rosnado
Pisa matando.
O outro lado
Que é prisioneiro
Metido a matreiro
Tenta fugir.
Todos têm seu lado bom
Seu lado ruim
Comigo também é assim
Mas o Deus que há em mim
Sempre me ajuda a resistir.
Ao outro lado de mim.
Enide Santos 10/12/14
País da bunda
Vamos tirar o brilho das estrelas e do hino junto com a ordem e progresso da bandeira
Pular na pipoca ao som do hit da micareta para esquecer que a fome tambem habita em terra brasileira
O samba de carnaval com bateria nota 10 alegoria
10 em harmonia enquanto a mulata samba e os olhos negligentes observam o desfile a mente reclusa paga a garota que vende seu corpo a uma alma fria
Vamos abafar o grito as margens do ipiranga
Nos deixando ofuscar pelo brilho das miçangas
Purpurina brilha no corpo da globeleza
Diluindo o raciocinio do país do futebol que vive abaixo e acima da linha da pobreza
Ta faltando consciencia
Para o povo que nao sabe usar nem a violencia
Uma naçao tao vasta que tem uma cultura latente
Que exporta corpos ta na hora do país da bunda se tornar o país da mente
contradiçao ( hino nacional )
Silencio as margens do ipiranga cala se o brado
Do povo heroico traz se o choro melancolico e o murmurinho acomodado
O por do sol da liberdade escassou seus raios
Apagou no ceu da patria trazendo um eclipse que apagou ate as estrelas do labaro
Com braço forte conquistamos a igualdade e se o penhor
E o nosso peito a propria morte surge a corrupçao e o teu futuro espelha a terra seca de esperança e amor
Teus risonhos lindos campos desmatamos
Nossos bosques habitam a morte nas petalas das flores caidas no chao onde pisamos
Que um brasil de eterno amor seja sonhado
Para um dia termos paz no futuro e gloria no passado
Mas enquanto a clava forte nao se ergue para justiça
Os filhos teus que nao fogem a luta os filhos deste solo se tornam orfaos da mae gentil amada e omissa
rumo ao céu num olhar
por vezes em minha mente
subo ao céu subtilmente
desisto habilmente do que me importuna
sem conseguir conquistar.
nas preces fictícias do não acreditar
há o forte cheiro do crepúsculo
rumo ao céu num olhar,preciso me encantar
na estrela não cingida pela luz
o aroma a bafio da felicidade enregelada
à beira do abismo me ajoelho
nada mais vejo que o asfalto negro do luar
a força não me impele
a voz não chega ás veias
os lábios fecham-se ás nascentes do sorriso
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basta olhar
com olhos de ver
o olhar do tempo abrir-se-á
a alvorada irrompe atrás do olhos fechados
basta olhar,olhar com atenção.
ouvir com moderação..dizem..
ana silvestre
Me sirva uma rotina quente.
As manhãs têm sabor de expectativa...
Mas a tarde, às vezes é goma de mascar que você mastiga, mastiga...
E o sabor some, some...
...perdendo a liga!
E quando vem a noite a minha mente não liga, pra mais um dia que se desliga do hoje, pra sonhar com os valores que se ausentam dos homens, que têm buscado horrores.
Um ideal que será forjado, no início, pelos devaneios do pensar...
Que não serão suficientes para viver e se estabilizar no arder de diversas esquinas que procuramos pra juntar em uma rotina que nos resgate do ontem, pra encontrar com um monte de agora, e que se interlaçam por hora com um desejo desenfreado de fugir nem sei de onde...
Não quero uma rotina que cresce na noite, só pra me mostrar a tortura de um esperar, se normalizar, desejando a rotina que se chama dia, imaginada pela cabeça da fronte, uma perfeição dentro do que parece interessante.
Por isso me recuso a buscar uma rotina, porque prefiro que ela venha em minha sina, mostrar a misericórdia do Espírito da Vida, que chegará e me levará para um caminho em definitivo!
Espero uma amiga rotina para interagir com a minha alto estima, e assim ser companheira para o dia-a-dia que se aproxima, e que é pertinente pra gente que gosta de gente...
Sopra vento que faz barulho em minha casa, mente e alma!...
Pra quem sabe eu aprender na rotina, no repetir da prece...
Receber com alvoroço o caminho que parece o time que torço, cheio de altos e baixos, que uma hora está por cima e outra por baixo.
Antonio de J. Flores
Pra entrar nos eixos, às vezes é necessário viver como a maioria vive.
Ferido estava...
Tal sentimento se manifestava--não poderia disfarçar, dissimular.
Ferido estava seu coração e sua alma.
O entrevero deixara marcas profundas,
os olhos verteram lágrimas pingando gota à gota,toda a dor do momento.
Porque? eu me pergunto qual a necessidade de tal deslize, de tamanha grosseria.
Eu gostaria de apagar da minha mente
palavras injustas e doentes.
Só o que resta é tentar vencer, seguir adiante, mesmo que seja por um dia ou por instantes.
Nereida
Apagando seu nome
Apaguei o seu nome
na areia,
quando na verdade
eu queria apaga-lo
da minha mente,
drena-lo
da minha veia.
A.J. Cardiais
24.11.2009
O Choro
Choro compulsiva e perturbadamente
Das razões não me chega quase nada
Osculto devagar meu coração insolvente
Que combina com a tez esbranquiçada
Se aos poucos, deste choro deprimente
Não obtenho a melhoria desejada
Passo aos prantos, perturbadamente
Mero alivio da mente perturbada
Ruinav
ECO-SISTEMA SEM ECO...
E rir!!!
Rir muito...quá, quá, qua...
Encher a boca de nada e gritar de dentro
uma risada
sonora.
pois só nos resta rir....
Por não pensar,
apenas por um instante
no que passa por dentro dos
carros e becos
neste burburinho humano,
que tipo de rato vive no cano
ou que tipo de teia a aranha mora
alienada
do nada que é isto tudo
que está imersa
do nada que se constitui
o todo caótico
e psicótico.
Sem neurolépitco
nem químico
ou estético
resolva essa dissociação
do mundo
e da sociedade.
Essa máquina moedora
de sonhos, corpos e almas.
Onde todos se ligam nesta
teia.
Todos soros da mesma veia.
Um come,
o outro é comido,
um fode,
o outro...
Fodido!
É a alma que manda
Desafia-me
Em meus lamentos,
Ó Vida
Lembra-me do meu caminho
Dos meus tormentos,
Das minhas alegrias,
Dos meus sofrimentos,
Das minhas felicidades.
Queixumes são maleitas da mente
Que a alegria da alma
Cura e sente.
Cada uma finge e desmente
(Ai, que ninguém se entende)
Na paz que que o coração reclama.
Ó Vida
Traça o destino
Lentamente,
Para que eu aprenda
Que o cérebro não comanda.
Na paz do meu sentir
É a alma que manda.