Deixo escapar um lamento O coração pesado, à solidão me entrego Perco o fôlego neste momento Olhando-me, me nego. Meu rosto é cor de cinza, desfaleço Cai a folha de papel no chão Ai de mim não me conheço! Quem de mim fez acusação?
Amarfanho o papel desesperada Olho as fotografias a branco e negro Viagem tão atribulada Desespero, já me entrego. Aperto os nós dos dedos Mato a voz, murmúrio é ela já! Não quero saber dos meus medos Minha memória, já cá não está! Pedaços de confusão Me sinto desapontada Criança levada p'la mão Nesta viagem atribulada.
Por entre pensamentos de loucura Sou uma flor a chorar! Mas ficou em mim ternura E a minha mão para se dar. E o tempo que quero mas odeio Que fez de mim planta frágil sem raiz?! Deixou-me a seiva e eu enleio E persisto em ser feliz.
Tive um pesadelo Sonhei que te perdia E nesse terrível pesadelo Eu também já não vivia! Adormeci docemente Em meus lençóis de cetim Pensando que ao acordar Te iria ter perto de mim! Mas nesse maldito pesadelo Que até me custa a lembrar Tu deixaste-me, abandonaste-me E eu acordei a chorar! Partiste para outra Uma outra que nem a face conseguia ver Só conseguia ver-te a ti E o ódio em mim a percorrer! Felizmente não passou de um pesadelo Um pesadelo que não quero tornar a ter Afinal ainda te tenho para mim E juro que não te quero perder! Só quero ter sonhos felizes Em que tu só me queres amar Tal como na realidade Mas não quero deixar de sonhar!
Se me quer, converta o caminho e volte. E dos meus lábios maduros, colha o fruto. Pois descobri, será sempre você meu Norte. E dessa necessidade estranha, não me furto.
Vem, sussurra os versos da tua poesia. Derreta o gelo dessa longa madrugada. Soletrando meus sonhos, a pele acaricia. Mergulha tua latência na alma represada.
Então entrarei em tuas frestas, teus vãos. Te acolhendo feliz,lânguido em meu regaço. E deitaremos às margens do nosso cansaço.
E quando outra vez na desmedida amplidão. Se for e me deixar no silêncio abissal, no breu. Leve meu coração, que será para sempre teu.
Se por um inusitado milagre, Pudesse jogar no esquecimento E ainda que relembrasse as dores Essas não me afetassem... E pudesse voltar ao ponto de partida. E uma única chance fosse concedida Quem sabe se não ouvisse os gritos Que ecoam em mim. E acreditasse em qualquer delírio, Que expulsasse os medos, As incertezas... E se esse me confortasse o coração. Mas hoje uma densa névoa me domina. Trava-me os sentidos, me interdita. Vejo bloqueado meu passaporte, Por conta disso, A vida é constantemente adiada. E tantas alegrias e emoções Passam despercebidas. Se ao menos acreditasse que já não é tarde Para todo o resto... E meu futuro pegasse no tranco... Talvez agora fossem acertadas as opções, Quem sabe pudesse recolher os cacos... E ainda... Por um triz... Conseguisse ser feliz...
Há dias assim, que nos enchem a alma e o coração, que nos fazem sentir que mesmo quando o dia está literalmente cinzento, cheio de chuva e de vento, conseguimos criar conjuntamente com quem nos rodeia um sol que é bem mais poderoso do que aquele que está no céu. que é o sol da felicidade da alegria e do nosso coração. Portanto o nosso próprio sol. O dia de hoje foi exactamente a prova disso. A prova de que por vezes,onde menos pensamos, conseguimos criar memórias e encontrar pessoas que nos deixam cheios de positivismo, onde mesmo quando vamos pela primeira vez a algum lugar, é como se estivéssemos em casa. A vida é mesmo isto, cheia de pessoas fantásticas e momentos inesquecíveis. As pequenas coisas da vida são realmente as Mais importantes. Obrigada por este dia...
Toda a gente tem uma história de vida. Não há duas iguais, quando muito, podem ser parecidas! A minha, não é igual à de ninguém... é apenas a minha. Estaria a mentir, se dissesse que tive uma infância triste, porque não foi! Claro que não tive bonecas, nem jogos lúdicos para brincar... Claro que não tive uma bicicleta para andar. Embora me tivesse sido prometida... Claro que não tive uma simples bola para jogar... Ao invés disso, davam-me quadradinhos de madeira e pregos pequenos (o meu pai era marceneiro), para que pudesse construir algo para me entreter. No verão era melhor. As minhas amigas que chegavam para passar os três meses das férias grandes, traziam brinquedos a sério! Também eu, podia usufruir deles, naquele pedacinho a seguir ao almoço, ao que se chamava "hora da sesta". Quando brincava-mos no quintal de uma delas, onde também havia um baloiço... a minha grande predilecção! Nunca me faltou carinho.Nunca me faltou amor. Nunca me faltou comida.Nunca me faltou trabalho também...Trabalho infantil? Talvez...
Mas fui uma criança feliz!!
Hoje apeteceu-me ir buscar este texto ao meu baú empoeirado...
Ando à cata do meu pedaço de sorte! Exausta, ainda assim a vida abraço na procura de norte! Atrás dum tempo, que há-de vir Onde as meninas dos meus olhos hão-de sorrir! Ando a viver de corrida Na roda do tempo, perdida E o tempo já me consome Mas de ser feliz tenho fome.
Já trago rugas no rosto E meu cabelo encanecido Já meu sorriso é sol posto Já meu grito é reprimido.
A este verso?! Nada mais acrescento. Mas é dele que que meu pensamento alimento Minha poesia anda sem voz! Sou pássaro sem asas dentro dela Mas ela me desata os nós Da mágoa que despejo nela.
Para desviar teu olhar, das trevas que o rodeia Ser lenitivo para tuas noites inertes e vazias Calar com beijos os gritos mudos que te permeia Regar tuas fontes secas, alimentar teus dias
Tua vida cinza, sem emoções, encher de cor Vim devolver aos teus olhos opacos, o brilho Invadir sonhos, arrancar a máscara da dor Alicerçar sentimentos, pôr teu vagão no trilho
Dar convicções e certezas às tuas vagas razões Aí da tua varanda, te mostrar os horizontes Com o calor do meu abraço, jorrar tuas fontes
Acalentar teus sonhos, afugentar as ilusões Mostrar no meu abraço, que dá pra ser feliz, sim E te manter acordado, só pra senti-lo em mim...
Vem cá, amado... Deita tua cabeça em meu colo... Deixa-me afagar-te os cabelos, Sussurrar-te aos ouvidos palavras doces, Beijar-te a fronte, Falar-te de meu amor!
Deixa-me confortar-te neste momento Em que a mágoa faz parte de tua emoção... Quero amar-te neste instante Com toda a doçura que existe Dentro de meu coração!
Somos de tal modo afinados, Que vivemos sempre a mesma emoção... Somos felizes na mesma hora, Sofremos juntos as dores do coração!
Vem! Deixa-me amar-te agora Como se fosse o ultimo instante a nosso dispor! Deixa-me ofertar-te agora Toda a ventura que nos dá nosso amor!
Vem! Aninha-te em meus braços, Deixa-me fazer-te feliz! Deixa-me dar-te a ventura sonhada... Vem! Deixa-me fazer-te feliz!
Meu peito abriga uma alma inquieta Desejo intenso no incisivo olhar... Absurda, passional, porta sempre aberta À luz intensa do meu céu particular. Faço, decido aonde meu limite agüente Não me atam algemas, nem grilhões... Vou até à medida que o coração entende Ponto de partida de minhas emoções. Dou-me o direito aos sonhos e devaneios E sem medo me lanço neste futuro incerto Permito-me envolver por doces enleios... Fingindo não ver se o fim está perto. Se quero os momentos que abrem os trincos Acordam os sentidos, deixam por um triz... Ainda que sangrem por entre meus vincos Pago o preço, por este único instante feliz...
Quero estar no teu pensar constantemente, Desconcertar teus sonhos densos ou pueris. Harmonizar tua saudade calmamente... Com erguidos prazeres, ver-te mais e feliz.
Quero envolver toda tua aura docemente, E despida de todo e qualquer preconceito, Eleger teu coração, meu maior confidente... Descansar todos os medos no teu peito.
Dar vazão às nossas fantasias, tecer planos, Fazer-te sentir-me perto, mesmo distante. Dar rumo certo ao coração perdido e errante.
E sem temer falsos anseios e desenganos, Que esse amor indomado cresça incontrolável. E nos assegure o paraíso real e palpável...
Dentro dos meus sonhos perspicazes, pueris Tua presença cálida e benfazeja faz morada Imaginar-te em mim, me alimenta, faz feliz Empresta a limpidez da esperança alicerçada.
Singrando o coração nestas águas plácidas Vai meu sonho navegando por tua calmaria E o afã de outra vez, em palavras tácitas Qual fonte, inundar vida em tuas fantasias.
No sonho, que traz teu coração perto do meu Quero pra sempre te encontrar e me perder. Então me farto, e no teu fogo quero arder...
O que de melhor existe em mim, ainda é teu Por isso insisto nesta saudade que perdura. E te chamo, pra ser presença que me cura.
Um dia procurei algo incansavelmente... Procurei um sorriso que me fizesse lembrar de alguém. Procurei um brilho no olhar que me lembrasse de você. Mas, só encontrei tristeza num olhar perdido de tanto sofrer. Será que encontrarei esse sorriso que tanto me fez feliz? Será que um dia encontrarei esse brilho que tanto me iluminou? Espero encontrar novamente a alegria de poder te ver novamente. Sinto-me cansada de vasculhar o passado sem nada aproveitar. Pois a sua ausência deixa-me desatinada sem vontade de voar... Voar livremente para um mundo donde só tem alegria e poesia! Navego num rio sem correnteza que vagarosamente Escorre pelo mar deixando um mar de ilusões a navegar-se, Pelas ondas da saudade que só fez lembrar-me do teu sorriso Que há muito deixou de brilhar para aqueles que tanto te ama. Acaricia-me com teu sorriso, com tua alegria, para Que eu possa continuar te amando sem reservas É tão fácil sorrir para alguém que precisa, Sentir um pouco da sua energia, da sua alegria... É como pegar num botão de rosa, sentir o seu perfume, Acariciar e espalhar suas sementes pelo ar. Assim deve acontecer com um belo sorriso irradiando alegria, Iluminando a todos que junto de ti estar.
Gosto de te ver feliz, cantarolar, Brincar de esconde-esconde, me encontrar... Correr comigo, me alcançar, Cair na grama, rolar, rolar. Estar contigo e, a toa, festejar Com flores do prado verde, me enfeitar!
Gosto do amor inesperado, de repente Me tomando num abraço calmamente, Apaixonado, alucinado, irreverente, Apressado, descuidado, completamente...
Gosto de te esperar ouvindo música tocar, Devagar, devagarzinho, me preparar As roupas escolher, os cabelos arrumar, Um demorado banho tomar... E me sentir bonita quando teu olhar, O meu, finalmente encontrar...
* Núcleo Temático Romântico. Ibernise M. Morais Silva. Indiara (GO),25.09.2006. Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.
Trago para você essa Singela Flor, Não me agradeça e nem me dirija á palavra... Pois não quero relembrar o nosso desamor.. Cada palavra sua é como uma faca á Ferir e magoar, Não te culpo, também foi erro meu Por confiar em alguém que nunca sofreu..
Nosso Passado, foi um triste Fato Que me recuso acreditar, Que algum dia eu pude te amar!
Mas, Terei que concordar Essa Lágrima em meu rosto á de explicar Que mesmo dizendo esses sentimentos eu não pude Esquecer, o quando eu fui feliz com você !