Poemas, frases e mensagens sobre fantasia

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre fantasia

Os Poetas Do Luso Na Festa De Halloween

 
A noite de Lua Cheia prometia calafrios de medo, quando cheguei ao castelo mal assombrado do TrabisDeMentia, fantasiado de Conde Drácula, com gel no cabelo, e os caninos pra fora, terno preto e uma capa preta de fundo vermelho, com os olhos arregalados (ele tirou o óculos e colocou lente...rs), recepcionando todos os poetas do Luso-Poemas para sua festa de Halloween.....hohohoho!

Mil Demônios! Os poetas do Luso estavam irreconhecíveis com suas fantasias de terror!! O pessoal da administração, Valdevinoxis, Godi, Vera Silva, Paulo Afonso Ramos, Pedra Filosofal chegaram num bloco (tipo de carnaval) fantasiados de preto com a máscara do Pânico na cara e o pedido de demissão na mão, deixando o Conde Drácula Trabis querendo sugar o pescoço de todo mundo na festa!!! Que horror!!

Depois chegou a madrinha da festa, a Luso do mês, a poeta Ibernise fantasiada de Abóbora do Halloween, num vestido laranja luminescente, que se destacava mais que todos, com seu brilho e sorriso, como quem diz: - Cheguei!!!

A música ao fundo era de terror, saída de um imenso orgão de três tubos, dedilhado por José-Ruda fantasiado de Dom Casmurro. Conforme eu ia entrando na sala, cheia de teias de aranhas e morcegos voando, reconhecia mais amigos do Luso. O José Silveira estava de chapéu preto, tipo o “Homem da Capa Preta”, declamando seus poemas em cima de um palco para várias poetisas fantasiadas de bruxas, entre elas a Betha, a Vóny, a Karla Bardanza, a Nanda, a Fatinha Mussato, a LuisaMargarida, a Roque Silveira e a ConceiçãoB, que levantavam sua vassoura em sinal de alegria!!! A Marlise, vestida de Anja de asas negras e vestido vermelho, jogava água benta em volta do palco.

Do outro lado da sala estava o poeta sedutor Alberto da Fonseca, fantasiado de Homem Morcego, com sua língua pra fora, querendo lamber a caçarola que estava em cima da mesa, onde estava toda a comida da festa. De repente, o Antonio Paiva, fantasiado de Diabinho Vermelho, deu um susto nele, cutucando-o com seu tridente afiado. O Alberto olhou pra ele, sorriu e apertaram as mãos. Quando o poeta LuisF, escondendo sua face com um capuz misterioso, se aproximou dos dois e perguntou meio desconfiado: Vocês são meus amigos??

Outras poetisas estavam dançando um rock estilo gótico no meio da sala: a Ledalge, fantasiada de Salamandra vermelha, com asas pra voar até seu amado, a protetora da fogueira da festa:; a Carolina de diabinha num vestido justíssimo de cetim vermelho; a Eliana Alves de Mulher Vamp e sedutora: a Glória Salles de óculos escuro num vestido roxo de cetim, com uma rosa vermelha na mão: a Zélia Nicolodi de Anjo Negro, com asas enormes nas costas; Ângela Lugo de Mulher Aranha e meia de arrastão e bota preta de verniz; ROMMA parecia uma Deusa da Grécia antiga; Vania de vestido de oncinha; todas dançavam no mesmo ritmo numa coreografia sensual.

Os amigos poetas ficavam em volta observando: Alemtagus, estava fantasiado de Príncipe das Trevas, com um cavanhaque misterioso e mostrava suas cartas que nunca enviou para Margarete, fantasiada de Mulher Gato, com um macacão colado no corpo, lambendo suas garras de vez em quando. O caopoeta ficava pelos cantos, com lentes brancas nos olhos, encorporando um fantasma.

De repente, alguém gritou: - O José Torres sumiu!! Ele estava fantasiado de Gasparzinho e ficava voando por cima de nossas cabeças, com a Maria Cura pra lá e pra cá, até que saiu pela janela e não apareceu mais, até o lançamento do seu último livro.

Enquanto isso, na biblioteca do Conde Drácula Trabis, estavam os intelectuais da festa: Henrique Pedro, fantasiado de Homem Esqueleto, mas não fez dieta; Jessé Barbosa de Zé do Caixão com unhas postiças, cartola na cabeça e capa preta; JSL com a bandeira do seu novo Partido, fantasiado de Zorro e sua espada de prata; Amandu de Padre Exorcista e água benta; o Júlio Saraiva fantasiado de Nero e escudo na mão: o Improvável Poeta de Bruxo Druida; Q14 de Cavaleiro do Apocalipse Now; Batista de Corvo; Luis Nunes e Bruno Villar abafaram com sua fantasia de “Tropa de Elite”; o fogomaduro veio a caráter com sua fantasia de Homem-Chama, investigando se tinha alguém plagiando sua fantasia...e a Sandra e a Amora se vestiram de dupla sertaneja, pois foram contratadas pelo Trabis, para cantar na festa. A Alexis estava fantasiada de secretária do Trabis, ficava anotando tudo o que todos falavam.

Quando as doze badaladas “ noturnicas “, começaram a tocar no relógio enorme e antigo de madeira no canto esquerdo da sala, o freudnaomorreu saiu de um sarcófago em pé do lado do relógio, fantasiado de Múmia e com um cheiro horrível de enxofre.

As fadinhas da festa serviam os convidados, todas vestidas de borboletinhas coloridas: Liliana Maciel de rosa; Cléo de laranja, Felicity de azul, MariaSousa de verde-água, Rosa Mel de amarelo; Rosamaria de violeta; Fhatima de dourado; Claudia Guerreiro de prateado; Maria Verde de carmim-cintilante; Fly de lilás; “ci” de vermelho; Sonia Nogueira de azul-marinho; Rosafogo de cobre. AnaCoelha estava de Sininho ao lado do Peter-Pan glp.

Duas convidadas lançaram seu livro na festa: Vanda Paz, fantasiada de Morticia, com uma peruca preta e uma mecha branca, trazendo “as brisas do mar” em suas mãos; Mel de Carvalho fantasiada de Madame Butterfly trazendo “no princípio era o Sol” em suas mãos. Enquanto isso, na porta do banheiro feminino, Avozita fantasiada de Maria Antonieta, "A Louca", estava entregando maçãs vermelhas para as moças sedutoras da festa, entre elas, HorrorisCausa fantasiada de Índia da Amazônia, com o arco e flecha na mão.

Engraçado foi ver o poeta Edilson José chegando na festa, fantasiado de “Elvis Presley” e óculos espelhado, dizendo pra todos: - Elvis não morreu, companheiros!!! A Luta continua!! E o poeta Jaber de Batman voando pra todo lado, tentando pegar o Coringa da festa, que surpreendentemente era a fantasia do poeta Carlos Ricardo. Morethanwords vestida de preto, com uma dália negra em seus cabelos, entregava velas vermelhas para os convidados.

Lá pelas tantas da madrugada a poeta Tânia Camargo, fantasiada de Viúva Negra, surtou de vez, pegou todos os seus pertences e foi acompanhada pra casa pelo poeta Gil de Olive fantasiado de “O Homem da Cobra “, aquele que não para de falar um só segundo. Trigo entregava os sobretudos na porta principal, vestido de Mordomo do Vampiro. Haeremai entrava e saia pela porta do palácio, num vestido esvoaçante azul, como se fosse uma modelo de passarela, tranzendo nas mãos A Intemporalidade dos Sonhos.

E, ainda fizeram uma serenata pra Lua Cheia, acompanhada pelos poetas: Carlos Teixeira Luis fantasiado de Fantasma da Ópera; Gyl de Pirata do Caribe; Flávio Silver de Zombie; Antonio Manuel R. Martins de Darth Vader, o vilão negro do filme Guerra Nas Estrelas; Sterea fantasiada de Joanna D’Arc; Quidam de Highlander; “Mim” de Maga Patalógica; Nitoviana de Romeu de Shakespeare e RosaDSaron de Julieta. Todos cantaram pra lua e ouviram o uivar do Lobisomem, que era a fantasia do Lustato.

Mas, no final, sempre tem que ter uma surpresa para deixar a festa inesquecível. O anfitrião Conde Drácula Trabis chamou a atenção de todos, mandou o DJ, que era a fantasia de Xavier Zarco, colocar um tango “La Comparsita” e chamou uma mulher misteriosa que estava no canto da sala, toda de preto, num vestido de fenda na coxa direita, com uma máscara de lantejoulas vermelhas e seus cabelos soltos cobrindo suas costas nuas. Eles dançaram calientemente, deram um show e quando terminou a música, ele inclinou o corpo da mulher, olhou nos olhos dela, aproximou seus lábios nos lábios dela e mordeu o pescoço da mulher, sugando seu sangue....Enquanto todos queriam saber quem era aquela mulher misteriosa, que estava morrendo nos braços do Conde Drácula Trabis, para virar uma Lady Vampira da Lua Cheia.

- Tire a máscara! Tire a máscara! - Todos pediam num só coro. Concordando, ele revelou a identidade da mulher. Todos ficaram em silêncio até quando a poeta Vóny Ferreira gritou:

- Olhos de Lince!!

*dedicado a TODOS os amigos do Luso-poemas, sem exceções, com carinho, com humor e amizade. Desculpe-me por não lembrar de todos, o Luso está crescendo todos os dias. Se você desejar fazer parte desta festa, mande uma PM pra mim, que incluirei seu nome e fantasia.

DIVIRTAM-SE!!!
 
Os Poetas Do Luso Na Festa De Halloween

Fantasia

 
 
Fizeste do sorriso uma muito maior alegria
Que aquela que sentia muito tempo antes
Ao tentar revelar teus versos insinuantes
Enquanto simplesmente olhava e te lia

Fizeste das palavras um porto bem seguro
Para a amizade que guardamos na voz
Pura como o branco da espuma na foz
Onde desembarca o teu e o meu futuro

Fizeste do meu final de dia uma surpresa
Mais gratificante do que qualquer poema
Como uma cena bonita de algum cinema
Deixando entre nós uma luz acesa

Lembrei-me das tantas vezes que líamos
Excertos de livros e partilhávamos depois
Numa tranquila harmonia entre nós dois
E do resto do mundo nos abstraíamos

Mas a poesia continua a ser a nossa paixão
Cada frase escolhida pode ser uma epopeia
Onde somos heróis numa imensa odisseia
Regressados da guerra com cada emoção

E fazemos da escrita a nossa aventura
Entre fonemas e grafemas acordados
Na rima dos dias em lados contrários
Do Atlântico onde a magia perdura!
 
Fantasia

Vertigem

 
Vertigem
 
Falta-me o chão
Nem sei bem se alguma vez lá esteve
O precipício chama por mim
Mas há a vertigem que me adverte
O bom senso que me protege
Um passo em falso e é o fim
A queda livre que me ausenta e liberta
A adrenalina faiscante em céu aberto
Tudo o que eu temo, mas me atrai
Um universo à minha espera
Um voo sem mácula, mas adverso
Um pesadelo/ o acordar/foi por um triz
Que eu não saltei fora de mim

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Vertigem

ao olhar para trás...

 
já confusa fica a memória
não há esperança que a salve
vai-se apagando sem dar conta
e mais uns dias vividos
já a vida vai a uma ponta
esta é a realidade,
ao olhar para trás
surge a saudade.

foi-se o calor dos sonhos
a impetuosa fantasia
tão própria da idade
sabendo que a vida aí
- é tão nossa!
quanta saudade
de tudo o tempo se apossa.

hoje parece que esse tempo
não me pertenceu
a noite já não é surpresa no meu
rosto
sombras desvanecidas
asas caídas
no olhar o sol posto.

natalia nuno
rosafogo
 
ao olhar para trás...

E Ficara...

 
E Ficara...
 
E Ficará...

Têm dias que desperto indisposto
E, nesses dias, aquieto-me num canto.
Tento sorrir pra disfarçar o pranto
Que por teimosia, rola em meu rosto.

Busco as causas de tanto desgosto,
Não vejo motivos, mas, no entanto
Fico perplexo e, até me espanto;
Por isso que evito me pôr exposto.

E, vou cumprindo minha triste sina,
O coração calado não incrimina.
Assim, mantenho a salvo meu segredo.

E quando um dia eu daqui me for:
Irá comigo a curiosa dor
E ficará aqui o nefasto medo!...
 
E Ficara...

Periferia de mim

 
Periferia de mim
 
Circunscrevo-me à periferia de mim
ao subúrbio da minha aura de tão gasta
precária é a bolha que me protege
do submundo da minha fragilidade

Julguei-me imune ao arrabalde da agonia
Subestimei a dor contígua ao mal alheio
Dentro de mim ficou o peso da ironia
De um destino traçado num céu sem freio

Afinal, é atingível o disfarce do poeta
De carne e osso a sua vulnerabilidade
Um ponto fraco, um medo que o acometa
Ter de algum dia enfrentar a realidade

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Periferia de mim

"Rendição" - Soneto

 
"Rendição" - Soneto
 
"Rendição" - Soneto

Se de amor somos tocados, então vem.
Com esses olhos maviosos me seduza
Antes que o amanhecer lhe arrebate
E para alem dos meus sonhos o conduza

Perca-se a razão nos labirintos dos desejos
Renúncias espalhadas na trepida noite
Porque jorra dos olhos saudade num lampejo
E a dor da ausência já nos toma de açoite

Deixe que esse amor ao cinzelar refaça
Esse querer que nos prende, amordaça.
A réstia daquilo que poderia ter sido

Que nos arraste para a mesma fantasia
Perfume que nos toca lenitivo que inebria.
Deixe o sabor de amor sonhado e vivido

Glória Salles
 
"Rendição" - Soneto

VIDA DE POETA!...

 
VIDA DE POETA!...
 
Numa folha em branco
Descortino o meu amor
Desenho, sonho avanço,
Sem pudor - desfaço...
Traço secreto o meu amor!...

Dou vida desmedida
Súplice de alegria
Na minha fantasia
Insone – movida...

Pelo sabor dos beijos
Que me leva aos céus.
Desejos aglutinados
Desvendam-se nos meus
Devaneios emocionados.

A vida do poeta é sonhar,
Fantasiar, vislumbrar,
Sofrer, criar, dar vida às letras
Em cada folha de papel a caneta
Cria como cria a tela o pintor
Tudo para cantar o amor.
 
VIDA DE POETA!...

A VIDA SERIA LINDA

 
Se a vida fosse musica
Passava a vida a dançar,
Mesmo que fosse sozinho
Dançava sem mais parar.

Virava à esquerda e à direita
Mas canseira não haveria.
Dançava com a tristeza
Pois que a vida era alegria.

A morte nos meus braços
Também ria de contente
E até faria a promessa
De não matar tanta gente.

A miséria, essa então,
Não cantava mais nas ruas.
Só a felicidade cantava
A canção das sete Luas.

Avenidas musicais
Artérias dó ré mí fá sol.
Praças plenas de harpas
Para acompanhar o rouxinol.

Com a minha voz de nada
Até eu começava a cantar.
Como a vida seria linda
Se os visse a todos a dançar.

A. da fonseca
 
A VIDA SERIA LINDA

SONHO MEU (Inédito!)

 
SONHO MEU

Meu sonho numa manhã de domingo,
É um convite nos sinos das catedrais...
Se somos velas a iluminar consumindo,
Eu te aconchego neste lume de sinais...

E me vejo a rir e chorar em tantos ais...
Em divisas de dóceis ninhos flamingos...
Meu sonho numa manhã de domingo,
É um convite nos sinos das catedrais...

Aves em revoada no remix de pingos
Num céu azul a furtar cores, em termais,
Num clima nublado a entoar respingos
És horizonte de panoramas colossais,
Meu sonho numa manhã de domingo...

Ibernise
Brasília (DF/Brasil), 09.03.2010.
Núcleo Temático Romântico.
 
SONHO MEU (Inédito!)

Já te disse hoje que gosto de ti?

 
Um café! Acordou-me devagar, ainda não refeito de uma noite dormida à pressa. Dei os primeiros passos cruzando-me com pessoas conhecidas, que, alegremente, me davam um inusitado “Bom – Dia”. Respondi a todas com um gémeo cumprimento. Ficou-me a energia, revigorante, das pessoas com que me cruzei!
Meditei… antes nunca tinha pensado nesses pormenores, levava a vida a correr, num contra relógio contra o tempo, o meu tempo, em suma, contra mim.
Deixava passar os minutos, sem reparar neles, apenas reparava em algumas horas porque a sociedade me habituara aos horários preestabelecidos…
Não era eu! Não o verdadeiro eu…
Mas naquele dia, tudo seria diferente, mesmo que o meu exterior não o revelasse, mesmo que o meu rosto não o expressasse, era um dia diferente.
O dia da consciência! O dia que quebrava a barreira das oposições e conseguia entrar na essência do meu Ser, concedido pelos meus semelhantes que comigo conviviam diariamente.
Um café, mais um, para competir com tamanha alegria que sentia. Tinha-me revelado. Finalmente tinha entendido o sinal…o simples sinal de que podes ser tu mesmo se assim quiseres!
De alegria incontida, procurei-te, sim a ti que lês as minhas singelas palavras, a ti e a ele, e a ela, pela mensagem que não cheguei a mandar e pelo telefonema que pensei fazer, pelo e-mail que ficou por escrever, pelas várias possibilidades… mas acredita que te procurei, sei que sentiste essa energia e não ligaste, um arrepio, um vento suave ou um calor passageiro, era eu a tentar abrir a linha da nossa comunicação para te questionar, livre e abertamente, sem malícias ou secretos desejos, sem que fosse preciso uma resposta pronta e composta… e no tempo livre que gastei a viajar pelas pessoas, uma a uma, adornando as suas qualidades, deixei-me ficar aqui, sentado neste banco de jardim, etéreo, de lápis na mão a escrever no meu caderno dos desejos… vezes sem conta a frase repetida na minha mente…
Já?
Já te?
Já te disse?
Já te disse hoje?
Já te disse hoje que?
Já te disse hoje que gosto?
Já te disse hoje que gosto de?
Já te disse hoje que gosto de ti?
Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti? Já te disse hoje que gosto de ti?
E o meu pensamento, afectuoso, sussurrou ao teu ouvido…
 
Já te disse hoje que gosto de ti?

DONA DO MEU VIVER

 
DONA DO MEU VIVER
 
Quem é esta que surge de minha alma?
Que se fez raiz e cresce a cada dia...
Nasce como um ser, dona do meu viver.
Tu vives em mim, moras no meu coração.
Nas minhas fantasias...
Mortos ressurgem,
Flores brotam,
Paixão torna-se amor,
A solidão tem companhia,
Nas trevas tem luz.
Sou menina, moça, mulher;
Sou pássaro, voo de um extremo a outro...
Às vezes quero libertar-me de ti;
Ah, mas a saudade logo vem,
Tu imperas na minha alma com fulgor.
Tornando-se mais forte que eu,
Dominas meu ser,
Possuí-me em qualquer lugar e hora...
Como os amantes no ápice da paixão.
Ora és como um bom vinho, transborda alegria...
Ora és como a morte, transborda a dor sentida no âmago.
Ora és como unguento que perfuma a vida de um fino olor!
Tu és minha própria vida:
Vida, que dá vida aos meus sentimentos POESIA!

05/05/2014
 
DONA DO MEU VIVER

O mundo de Maria

 
O mundo de Maria
 
Tens o brilho do sol
Em seu esplendor...
Vejo você no arrebol
Raios em nuances de amor.

Quem ‘e dera ser tua flor
Teu sonho de primavera
Quem sabe tua Cinderela
Constante do teu fulgor.

Ah, se eu pudesse...
Ser a tua poesia – canção
Para que eu dissesse...
Eu te amo numa suave composição.

Você em meu mundo?...
Seria o sol a brilhar no meu céu
O mundo de Maria é profundo
... Sublime, encantado, poesia é favo de mel!

Mary Jun
Guarulhos,
25/01/2015
Às 16:00hs 04m

Imagem Google!
http://www.imagenswiki.com/Uploads/im ... nsGrandes/fada-bosque.jpg
 
O mundo de Maria

Um tudo feito de nada

 
Um tudo feito de nada
 
Deambulei em círculos
Na busca do epicentro de mim
Desci a espiral de muitas vidas
Outras tantas reneguei
Deixei para trás...
Já fui gente boa, boa gente
Que traz o brilho no olhar
Já de outras não me orgulho
Roupagens de outras eras
Fui salteador de quimeras
E mesmo noutras esferas
Enchi os bolsos de sonhos
Roubei estrelas ao luar
Mas vivi sempre na lua
Fantasiei a esperança
E consegui ser feliz
Num tudo feito de nada




Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
Um tudo feito de nada

O MEU NOME É FANTASIA

 
O MEU NOME É FANTASIA
 
O MEU NOME É FANTASIA

Letra e Música: Gê Muniz
Voz, Violão e Guitarra Semi-Acústica: Gê Muniz

Doce gosto de saudade
Alimenta a vontade
De viver a imaginar

Sou um mundo paralelo
Dentro deste meu castelo
Tudo é vento, tudo é ar

Sopram miragens
E recordações
Ilusão e realidade
Se mesclando
Entre o onde fui
E o para onde ando

Vida passa sobre a mesa
Serve pobre sobremesa
Pr'o meu fino paladar

O meu nome é fantasia
Dia e noite, noite e dia
Não há dor no meu lugar

Viajam planetas
E constelações
Universo e inverso
Se mesclando
Entre o onde fui
E para onde ando

Esperança que não morre
Me resgata, me socorre!
Me convida a sonhar...

Vou fingindo, sou criança
Mente brinca, corpo dança
Rouba o meu triste olhar

Da janela dos desejos
Só acertos nenhum erro
Faz pousada neste lar

Surgem deuses
E assombrações
Luminosidade e sombra
Se mesclando
Entre o onde fui
E para onde ando
 
O MEU NOME É FANTASIA

Aos corvos!

 
Aos corvos!
 
Contemplo-me assim…
neste vazio aparente
severo o limbo que o sustenta
baça a forma que o adentra
nos socalcos da minh’alma ímpia

Desperdiço a vida
e desfaleço exangue
reverdeço de anemia
no inferno que me rejeita
e condena a um céu
que não fiz por merecer
cemitério onde encontro a paz
e num impropério
me proclamo moribundo

Pedi aos corvos
que me debicassem os olhos
e os escondessem nos restolhos
Enganei-os!
Disse-lhes que morri de morte natural…




Maria Fernanda Reis Esteves
51 anos
natural: Setúbal
 
Aos corvos!

Deixas em mim tanto de ti

 
Deixas em mim
aureolas de ti… e é tanto
deixas assim
um manto
que me cobre o espanto.

O aroma do teu corpo sedento
o traço do teu sentimento
um olhar lírico
desse teu querer idílico.

Deixas em mim tanto de ti
que nas tuas ausências me afaga
acalenta cada momento que não te vi
aquece o amor que tempo não apaga
no calor que a distância agarra.
 
Deixas em mim tanto de ti

De todas as vozes do mundo

 
De todas as vozes do mundo
 
Há um mar nos meus ouvidos
Um búzio com mil zunidos
O som rouco de um naufrágio

Há um cavalo-marinho
Galopando de mansinho
À superfície da água
O canto de uma sereia
Saído de uma epopeia
Uma princesa encantada

Há um lusco-fusco à noitinha
Orquestra de marulhar
Mergulhei bem lá no fundo
De todas as vozes do mundo
A tua sei decifrar


Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
De todas as vozes do mundo

A Pena Cansada

 
A Pena Cansada
 
A Pena Cansada
by Betha M. Costa

A Pena cansada de dizer das coisas que lhe mandava mão rebelou-se:

-Não escrevo mais nada!

Entortou-se. Toda cheia de teimosia e silêncio escorregava pela mão desanimada em desenhos ininteligíveis e feios feitos hieróglifos num papiro antigo.

Adulador, o tinteiro tentava convencê-la a mergulhar na tinta azul marinho fresquinha.Falava das coisas belas que a Pena já havia escrito e todos os mares de outras idéias luminosas (ou escuras), que ela ainda poderia passar através das palavras por ela escritas para os leitores interessados em si.

O papel branco se pautou caligraficamente para o caso da geniosa senhora resolver trabalhar e assim caprichar nas letras, que se movimentado sobre as pautas ficariam mais agradáveis a leitura.

A mão acariciava a Pena como a uma filha revoltada.Dizia-lhe de seu amor por si e de quanto ela lhe era importante. Que ambas mais as letras que desenhavam palavras formavam um conjunto harmonioso, que criava histórias, poemas, e, expunha toda a sorte de pensamentos e sentimentos.

A Pena acinzentada - de tanto que já fora usada - olhou para a mão com desdém e sem dó nem piedade deitou-se sobre a escrivaninha para descansar.

Enquanto a mão, o tinteiro e o papel se distraíram em questionar os motivos que levaram a Pena a tão drástica e dramática atitude, um forte vento entrou por uma janela. Soprou ao ar a Pena que voou pela outra janela do décimo andar. Depois de muito planar, caiu na mão de uma criança, que aproveitou o que lhe restava da tinta azul para colorir o céu do seu desenho Depois a jogou no chão, onde a pobre pode enfim descansar...
 
A Pena Cansada

No palco da vida

 
No palco da vida
 
Riu-se com os cabelos que tinha na boca
Penteou os dentes com a escova dos fatos
Depilou as unhas com bandas de verniz
A cortiça dos sapatos era apenas uma cunha
Há gente assim, do nome só a alcunha

O ouvido cego viu a própria sombra
O estrabismo juntou-lhe os joelhos
Há gente assim, pior que escaravelhos

Engoliu em seco a maçã de Adão
Chorou de dor o torcicolo da alma
Fantasiou a morte no palco da vida
Os pés vestiu-os com teias de aranha
Ele há gente assim, deveras estranha

Maria Fernanda Reis Esteves
50 anos
natural: Setúbal
 
No palco da vida