Poemas, frases e mensagens sobre encontro

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre encontro

OUÇA: QUERO VER VOCÊ

 
OUÇA: QUERO VER VOCÊ

Ouça:
Quero ver você

Antes
De o mês acabar,

Antes
De a vida acabar...

Preciso juntar
Seu destino ao meu
Pelos refúgios
Da minha estrada perdida

(Um caminho,
No seu,
Me achará...)

Dispense
O que irá me dizer

Suspenda
O qualquer improviso

Apenas sossegue,
Chegue e
Me enlace...

(Nem disfarce
O choro, o sorriso...)

Não.
Não usemos
A palavra amor

Não.
Não violentemos
O silêncio das frases

Só serão
As brisas indeléveis,
Suaves do momento
Amordaçando o barulho do tempo,
Audazes...

Seremos poeira apenas...
Grãos ao relento
Suspensos
Ao nosso próprio
Vento

(Anverso
De versos
Sem versos...)

Esgotaremos
As dores das almas
Nos linhos suados
E brancos
Sob nossos corpos
Desdobrados,
Embolados
Sobre a trama
Crua e reta
Do ranger dos estrados...

O resto
É apenas o dejeto
D’um passado
Divagações d'um amanhã
Que o miolo equilibrado
Do universo
Sacode e
Explode...

Então ouça:
Quero ver você

Antes
De o mês acabar

Antes
De a vida acabar

(Antes
que o amor,
De amor me mate)
 
OUÇA: QUERO VER VOCÊ

JUNTOS, IRMOS EM FRENTE

 
JUNTOS, IRMOS EM FRENTE

Surgiste do nada
E nem percebi
Na curva discreta
Daquela estrada
Aonde bateu o raio...

O trovão foi claro
Estupenda a visão
Como tudo
Que clareia a imensidão
Do esteio do escuro

E as minhas mãos
Cansadas
Cederam,
Fenderam-se ao poente...

Meus olhos comeram
Cru e quente
Aquela sensação
Dormente, tão minha
De que encontrei
Um real sabor,
Incandescente

Finalmente
Horizonte limpo
À minha frente
Como sempre sonhei
Minha italianinha...

Agora, é tocar...
Amar, viver
E, juntos,
Irmos em frente...
 
JUNTOS, IRMOS EM FRENTE

Pecado é renunciar

 
A razão evadiu quando meus olhospousaram nos teus, negro abismo.
Renunciar a paixão, como posso?Paixão é o ar que inunda o peito,o sangue que preenche as veias,fôlego da vida e fuga da morte.Não se maldiz o que se ama, por sorteencontrar uma paixão, inda que tardiaé garantir um sopro de sonho todo dia.
Fingis ignorar meu desejo,
acaso não seria também o teu?Podes sentí-lo, mas vivê-lo...Deus!Tantas são as amarras que impedemo desatar sem o receio do ardor,permitir-se, sem censura ou reservas.Libertar os sentidos, se despir da razão,
bússola dos atos, atender ao desejo
insensato, mergulhar no fosso da paixão.A pira do desejo arde, inflama corpos e mente."Pecado é provocar desejo e depois renunciar..."Inaceitável é ter uma paixão e não se entregar.
aβsynto" rel="nofollow">http://purl.org/dc/elements/1.1/">aβsynto Vocέ by K4AKIS'Production" rel="nofollow">http://creativecommons.org/ns#"& ...
 
Pecado é renunciar

ENCONTRO ÍNTIMO

 
ENCONTRO ÍNTIMO

Vai. Leva-me adentro do convento
Do inferno

Logo aqui no extremo deste poema
Ínfimo

Já vesti neste verso o meu melhor
Terno

Prevendo-me o decoro do encontro
Íntimo
 
ENCONTRO ÍNTIMO

O Encontro

 
Nunca imaginei esse mero encontro,
Ainda mais da forma com que ocorreu.
Foi surpreendente e assustador,
No momento o chão estremeceu.
Perdi o chão, perdi a calma,
A alma congelou e o tempo mudou.
A angústia tomou conta de mim,
E não sabia o que fazer.
As palavras teimavam em não sair,
Um nó na garganta me fez estremecer.
Ouvi a sua voz, era muito inesperado,
A alma arrepiou, parecia morrer.
O coração ferido muito sangrou,
E a sensação estanha me matou.
A mágoa é tão intensa,
A angústia é muito fria.
Singela seria uma calmaria,
No meio desse temporal.
Um trovão de emoção,
Que não cessa e me faz mal.
Como eu queria ali desaparecer,
E daquilo não fazer parte.
Eu parecia enlouquecer,
Só do fato de me olhar.
Era inesperado demais,
E meu mundo ficou distante.
No momento as palavras não existiam,
Só se ouvia os carros passando,
As pessoas a volta conversando.
E ali, era apenas minhas lágrimas,
Que pelo meu rosto estavam rolando.
Suspiros de dor, amor incubado,
O choro era o meu refúgio.
As coisas que devia ter falado,
Fugiram de minha boca.
Esse desprezo que me faz,
Está a me deixar louca.
De você poucas palavras ouvi,
De mim, melhor eu nada falar.
Essa angústia que eu senti,
É pela sinceridade de te amar.
Te amo sim, mas sinto ódio,
Um ódio que é mágoa.
Que se torna ferida com ópio,
Me deixa como a água.
A mesma que escorre dos meus olhos,
Essas lágrimas vem com sangue.
Que o coração não mais segura,
Um perdão de alma no tanque.
Tanque de guerra de pura amargura.
Tudo isso me faz perceber,
O quanto és importante pra mim.
E ainda tento entender,
Porque é que me tratas assim.
Sou parte de ti,
Não tem como negar.
Fui feita de ti,
E seu sangue me faz recordar.
A mistura que se foi feita,
Há muitos anos atrás.
Se tornou numa seita,
A mulher que luta com gás.
Essas lágrimas duram pela noite toda,
E é outro ombro que me consola.
Me faz muito mal,
E não te culpo por isso.
Tem coração de animal,
O meu amor é preciso.
Eu não te odeio,
Eu juro.
Mas me deixas a sangrar,
Com esse encontro do nada.
O coração muito vai chorar,
Com essa vida toda errada.
.
.
.
.
.
Vou explicar esse poema....
Ontem a noite, encontrei-me casualmente com meu Pai.
E foi assim que aconteceu.
Só não sei porque, nem como ele me encontrou, no meio da rua quando eu voltava da faculdade.
 
O Encontro

Encontro

 
Encontro
 
mENCONTRO

Nas palmilhas dos sapatos meus
Percorrendo caminhos por vezes
Íngremes, à tarde morrendo, lenta
Um som tocando sentidas canções!

Aquela melodia unia-se aos meus passos
Lentos quase imperceptíveis, e descendo
Cada canto da estrada ia descortinando
Um céu violeta, num ocaso mágico!

Tudo ia sendo diluído numa cena
As nuvens viajavam incólumes
Por entre estrelas e a lua fazia sua estréia!

As portas se abriram, e na fresta
Avistei o romper das noites
Insones, o mundo lá fora gritava!

Nem uma luz, apenas o mudo
Silêncio que recostava no peito
Meu, em mantos a velar num longo instante!
Tocando cada interação comigo mesma!

Imagem do Google.com
Fhatima
17/12/09 - N.57
 
Encontro

O OLHAR DO MEU AMOR*(Inédito!)

 
O OLHAR DO MEU AMOR*

Me comprazo pelo que sabes
De mim e de ti... Onde me cabes...
Extravasas por onde a ti não falei...
Escoas versos com palavras que me faltam.

Palavras do que a ti não contei
E se o fizesse no todo,
Ainda assim seria tão pouco,
Porque muito de mim não sei
Assim tão a fundo do que sabes...
A cada começo e a cada fim,
A cada não e a cada sim
Me olhas nos olhos
E tudo já sabes de mim...

Ibernise.
Indiara (Goiás\Brasil), 14 de maio de 2009.
Núcleo Temático Romântico.
Direitos autorais reservados/Lei n. 9.610 de 19.02.1998.

CONVITE
Você está convidado a participar dos Ciclos de Poesia consagrado aos 7 Pecados Capitais:Um projecto Lusófono.Antologia virtual, sem custos financeiros, em e-book, entre outros benefícios, conheça esta iniciativa. Inscreva-se.
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Para desativar o som clique no canto superior esquerdo do video. Obrigada.

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http://www.ibernisemaria.prosaeverso. ... isualizar.php?idt=1593642
 
O OLHAR DO MEU AMOR*(Inédito!)

insonia

 
A brisa da manhã invade meu quarto me fazendo companhia
escondo me dela sob o ededron sentindo o vazio de meu quarto
mais uma noite, já são 3 da manha e o sono não chega
o silencio da madrugada é quebrado pelo som alto de uma montana
a musica alta me leva de encontro a você que a tempos partiu
quero ir a tua procura traze-lo de volta pra mim
mas o amor pra ser gostoso não pode ser implorado
tem que ser sentido e no corpo desejado
você sabe que sou tua não tenho que te dizer
mas meu amor:-anda logo que meu corpo só quer você
 
insonia

Encontro

 
Reunião de Curso - 2004

Tão bonita
tão bonita
era aquela primavera
Um vestidinho de chita
e um sorriso catita
pendurado na janela


Era bela a nossa vida
sem revolta e sem maldade
um passeio na Avenida
um sonho de liberdade

Tão distantes
tão distantes
as nossas recordações
nosso tempo de estudantes
nossas gargantas cantantes
mão cheiinha de ilusões...

Agora que já não temos
o fulgor da mocidade
quem fomos já não seremos
mas sempre recordaremos
o que deu felicidade

Vem refazer o percurso
numa romagem/saudade
Um grito... Um riso...Um soluço...
Um abraço de amizade
porque o curso, o nosso curso
é um curso sem idade.

Maria Helena Amaro
Inédito, agosto 2004.

http://mariahelenaamaro.blogspot.pt/2 ... euniao-de-curso-2004.html
 
Encontro

O amor na sua forma mais pura e sublime

 
Nas minhas mãos, sinto a força pulsante do amor, uma energia que transcende qualquer explicação racional, é como se cada toque fosse um elo que nos une, uma conexão que ultrapassa os limites do tempo e do espaço.

No olhar, encontro o brilho de toda a razão de ser e existir, uma centelha de pureza que ilumina o meu caminho, é ali, na profundidade dos olhos, que encontro a essência mais pura e verdadeira do amor.

É lá que reside a magia que transforma momentos simples em memórias eternas, é através desse olhar que me encontro, me reconheço e me entrego sem reservas.

Nas mãos e nos olhos, encontro o amor na sua forma mais pura e sublime, uma dádiva que me inspira a ser melhor, a amar mais intensamente e a viver cada momento com gratidão e plenitude.

Assim, seguimos todos juntos, unidos pelo vínculo indissolúvel do amor, navegando pelos mares da existência com a certeza de que, onde quer que estejamos, sempre encontraremos conforto e alegria nos toques e olhares que nos definem como um só.

Alice Vaz de Barros
 
O amor na sua forma mais pura e sublime

PONTE

 
PONTE

Guardei na memória

As curvas do teu sorriso

Brindando nosso encontro

E quando dói a solidão na alma

Viajo nas ternas lembranças

Temperadas com lágrimas

Uma chaga zombeteira

Corrói por dentro

E rasga, dilacera e escarnece.

E temo te perder de vez

Dentro de mim

Onde estará a ponte

Sobre este mar em tormenta?

Em passos audazes

Em desejos intensos

Fazer os sonhos serem reais

E sentir na ponta dos dedos,

Uma última vez.... tu.
 
PONTE

Encontro fatal

 
Vem, vem encontrar-te em minhas linhas
Enquanto eu me procuro em linhas tuas
Vem logo desnudar palavras minhas
Que eu louco, já deixei as tuas nuas

Depressa, tropeça em mim que eu calo
Teus gritos aflitos na minha boca
E cala-me, louca, enquanto falo
Da vida sofrida, da sorte pouca

Beija-me sem pressa ou embaraço
Que agora sou teu e em teu abraço
Serei tudo aquilo com que sonhaste!

Vem vinda... vinda impressa em aço
Espada ainda erguida que trespasso
Achava-te perdida, me encontraste!
 
Encontro fatal

JUNTOS AINDA ESTAMOS (vem: dá-me a trépida mão...)

 
VEM: DÁ-ME A TRÉPIDA MÃO...

Dia é

Ferro
Cristal
Alma nobre

Noite é

Prata
Rubi
Acalanto

Percebo-me inverso ao porvir
Do que deveras era às sombras
Quando temente orava aos santos
Clamando teu amor por ondas

Quero e não quero ir
(Sei que isso é estranho)

É um completo ruir
Deste gostar tamanho...

Mas...
Juntos ainda estamos

Compreenderias este sentir
Sem rolarem os prantos?

Viver é só marca de giz...

Vem:
Dá-me a trépida mão

Tudo,
tudo
É por um triz
(Nesta caótica fábrica de ilusão)

Ignora o querer ser feliz
Emborca comigo ao turbilhão

Tu também és aprendiz...

E amanhã,
De manhã,
(Dentre ébrios lençóis servis)
A gente reinventa este engodo:

Arremete,
Refaz
Ou desdiz
 
JUNTOS AINDA ESTAMOS (vem: dá-me a trépida mão...)

QUE VIDA DE ESBARRÕES BESTAS

 
QUE VIDA DE ESBARRÕES BESTAS

Ela se arrasta pelo corredor
Modorrenta, esquelética,
Arqueada e emudecida...

Um cobertor pardo
Veste seu dorso em concha.
Por um brevíssimo instante
Desarqueia a fronte e me vê...
Faço menção de sorrir-lhe

Ela não me cumprimenta
Volta a baixar a vasta testa
E nada mais mudará nessa vida
Nem para mim, nem para ela.
- Que vida de esbarrões bestas –
 
QUE VIDA DE ESBARRÕES BESTAS

Amor suburbano – Primeira parte

 
A festa foi perfeita, um casamento preparado com muito carinho e meses de espera. Artur acompanhara o namoro da prima Mara desde a faculdade, Lucas era um bom rapaz e a amava mais que tudo e já estavam juntos há cinco anos, me lembro de algumas brigas entre eles, naqueles dias Lucas não dormia e nem comia até ela voltar o namoro, parecia coisa de adolescente. Enfim, o casamento aconteceu e toda a família compareceu marcando a melhor festa dos últimos anos de Petrópolis, eu estava feliz por eles e ali na serra com toda a família reunida era muito bom. Só sentia a falta de meu pai que sempre foi à alegria em pessoa, brincando, caçoando e contando piadas na hora do almoço. Passei minha infância e adolescência alternando da escola para a loja e no fim da tarde para casa. Ainda me lembro de que meu avô me dando dinheiro e me mandando lanchar na pastelaria ao lado. Muitos dos clientes ou pessoas que entram na loja hoje foram amigos do meu avô, o qual faleceu um ano depois da morte do meu pai e o tempo parece que voou, pois já se passaram dez anos. Desde então assumi os negócios, eu filho único, foi assim meio no tranco, recém-saído da faculdade de engenharia de Arquitetura de Petrópolis, iniciei minha caminhada no comércio e por vários momentos tive dúvidas se era aquilo mesmo que eu queria ou um escritório de arquitetura na zona sul. Minha mãe foi morar na serra com minha tia Lara parte dos meus primos vivem e trabalha na serra, minha mãe diz que a qualidade de vida é melhor, o ar é mais puro e a tranquilidade dá inveja ao baixo Rio e me ligam pelo menos uma vez ao dia. Já tive várias namoradas, mas nenhuma delas me empolgou o bastante para pensar em casamento e o pior sou muito crítico por algumas vezes desisti de uma relação mesmo antes dela começar. No geral conheço bem as mulheres, tem minhas tias, primas e na loja são duas que já trabalham comigo à quase sete anos. Nunca me apaixonei perdidamente por alguém, mas acredito que nós temos uma alma gêmea escondida por aí a descobrir.
Esta semana como de costume fui almoçar no restaurante que frequento sempre, fica as uns quinze minutos da loja, uma comida boa e frequentado por pessoas que trabalham nos escritórios e clínicas da região de Botafogo. Eu estava no fim da refeição, quando surgiram no hall três pessoas, um rapaz aparentando trinta anos e duas moças, uma morena de cabelos encaracolados de estatura pequena e a outra uma loira de pele branca vestia um jeans apertado e uma blusa branca de mangas compridas, trazia uma bolsa pequena de couro e sandálias, combinando num marrom claro. Sentaram do lado oposto a minha mesa que estava perto das janelas, onde eu poderia observar todo o movimento do estacionamento e o hall de entrada do restaurante. Havia uma distância entre nossas mesas, o rapaz ficou lado a lado com a morena de pequena estatura que ficou frente para a loira. Escolheram os pratos e sucos, conversavam alegremente, a morena era todo sorriso ao lado do rapaz e a loira falava pouco. Sem perceber, já estava naquela mesa quase uma hora, por dez minutos fiquei a observar, parecia que eu estava sozinho dentro do salão, por momentos não ouvi vozes, nem tilintar dos pratos e talheres. Eu poderia ler seus lábios e fixar nos seus olhos que olhava ao redor sem fitar num ponto fixo, ela passava os olhos por mim sem me ver e eu a deleitar dos seus olhares roubados. Decidi ir embora, pedi a conta ao Zacarias o garçom que sempre me servia, já estava passando da hora do meu almoço. Levantei e fui em direção à mesa dos três, passei olhando disfarçadamente, ela me olhou discretamente, fui demoradamente para o carro e parecia que meu corpo não queria sair daquele lugar. Entrei no carro e saí em direção à loja, o trânsito estava pesado e pela primeira vez não tive pressa de retornar ao trabalho.
 
Amor suburbano – Primeira parte

Teatro (Eu e a Outra)

 
Teatro (Eu e a Outra)
 
TEATRO (EU E A OUTRA)

A imensidade do silêncio
Gela-me o coração
Tudo mudado por dentro!
Não!
Só por fora!
Solidão a desta hora!?
Com portas envidraçadas,
Ocultas por abrir
Já foram muitas as caminhadas
Já nem há vontade de sorrir.
Agora?! Sem a mesma luz radiante?!
Sem esperança, nem sorriso
Ofuscada, já de ti distante
Já pouco de ti preciso.

Ainda há pouco ía a teu lado
Agora estou sem saber?!
Leva-me o tempo o corpo esmagado
Já de ti procuro esquecer.
Pertences a um remoto passado
Deixaste de andar por perto
Contigo tudo era perfeito, correcto.
Hoje me olhas com resignação
Tens a idade de não ter idade
E eu tenho no coração
Um tempo que é de saudade.

Hoje resta em mim um rosto rasgado
Que teria acontecido?
Sigo de olhar ao chão pegado
E tremo no papel onde agora actuo
Ainda ouço a tua voz no meu ouvido
Mas contigo já não pactuo
Já nada mais faz sentido
Fica aí sorrindo, feliz no retrato
Que eu sozinha, fecho a porta do Teatro.

rosafogo

Conversa entre mim e eu quando tinha vinte anos,
é que ela sempre que me olha me desafia mas
agora nesta última etapa o papel é só meu.
Fim do terceiro acto!
 
Teatro (Eu e a Outra)

Espero-te

 
Quando procuro-te em meus delírios, eis que ti encontro.
Quando eu penso em ti, eis que tu ressurges amenizando a saudade que me persegue a todo instante.
E mesmo que eu nunca te fale, saiba que estou sempre te esperando.
 
Espero-te

ENCONTRO DOS LUSOS EM BRAGA (modificado)

 
Quatro de Dezembro, é madrugada
Cavalaria...! em linha!
Cavalos....! cabeça levantada!
Cavaleiros...! afiem a espada
Todos a galope, assaltamos Braga!
Uma conquista de grande importância
Que até o Lula, Presidenbte do Brasil
Reforçou as nossas tropas
Enviando uma grande guerreira
Ibernise, ilustre poetisa e de que maneira.
E sobre as ordens do General Torres
Com um bom verdinho correndo a jorros
Assim lá foram, 49 cavaleiros
Garbosos fortes e altaneiros
Pertecendo à Ordem dos Comilões
Admiradores de Pessoa, Vinicius e Camões
Foram à Sé de Braga, rezar
Deixaram para trás o vélho Fonseca
Já sem forças para essas guerras
Ficou como Porta-Estandarte
Daqueles que têm pouca arte.
Subiram asa escadarias do Bom Jesus
Para melhor situarem o Castelo
Que tem um nome pompante
Que se chama simplesmente Restaurante
Olhem camaradas de armas
Vejam onde vamos atacar
Estão a ver o Museu?
Lá deixaremos os cavalos a descansar.
Entramos de rompante
E num instante,
Sem que ninguém se aperceba
Cercamos todas as mesas,
E de dentes afiados
Atacamos que nem desalmados
Do aperitivo à sobremesa.
Diremos uns discursos de amizade
Uns abraços e umas beijocas
E um até para o ano
Que já começa a deixar saudade.

A. da fonseca
 
ENCONTRO DOS LUSOS EM BRAGA (modificado)

Paixão de Dante

 
Paixão de Dante
 
Encontro-te nu, envolvido num lençol de seda que perfumas com o aroma doce da tua pele. Paralisas-me, tiras-me a vida, por momentos. Sorris-me e eu atrevo-me a avançar. Enquanto o faço, mordisco os meus lábios húmidos de desejo.
A um metro de distância de ti, pareço percorrer um longo corredor, numa encenação dramática como no tempo de Luis XIV, rei de França. Não desviando o olhar, atraís-me como o pólo positivo atrai o negativo. Desorientas-me, desarmas-me o raciocínio. E já a um passo da cama, puxas-me! Caímos os dois num beijo louco e vaidoso. Arrepias-me com as tuas mãos frias daquele copo de champanhe que seguravas. Desnudas-me, rasgas-me a roupa e atira-la dispersa pelos quatro cantos daquele espaço. O cenário não poderia ficar mais quente, quando num ato juvenil e louco, atiras a minha lingerie para o meio daquela cera que se queimava num lume ofegante.


As chamas pintavam agora destemidas, em tons avermelhados e desfocados todo aquele prazer. Os corpos cediam, entrando em ebulição. Ensopados, roçavam-se um no outro, criando uma chuva de loucura. Os móveis, todas aquelas relíquias alimentavam a fome desordeira daquele incêndio, mas pouco nos importava, queríamos apenas viver enquanto imortais, aquele momento eterno.
Quantos cabelos meus foram arrancados pelas nossas mãos selvagens e impiedosas? Quantas tatuagens fizemos arrebatados de paixão? Foram tantas e tão poucas que insatisfeitos, só queríamos mais. Fizeram-se então estilhaçar, num clímax em que os gemidos agudos davam austeridade àquelas cinzas consumidas pelo nosso amor. Nada mais existia à nossa volta. Estávamos cegos e peritos naquele jogo de sedução. E no fim desta melodia dada pela nossa mortalidade jurámos sangue de como viveríamos novamente aquele momento.
Amor, eu estou pronta, encontro-te nu envolvido num lençol de seda que perfumas com o aroma doce da tua pele…

Imagem retirada do motor de busca, Google.
 
Paixão de Dante

Inverno

 
No cotidiano
De um dia frio
E de inverno chuvoso
Lembranças que solapam
...a mente.
O sol que resiste
Em brilhar atrás
De nuvens cinzentas
O amor é tão amarelo
No dia a dia
Mas é no calor
Dos lençóis
Que o amor é azul
A tua pele clara
E rosado o seu vulcão.
 
Inverno