Poemas, frases e mensagens sobre dor

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre dor

Saber de ti

 
Há cousas que não vejo e não são poucas
As outras sendo vistas só por outros
As poucas que me acendem vão-se aos poucos
Se apagam para dar a vez a outras

A pouco e pouco vou desaprendendo
Para aprender além, algo de novo
Mas sempre esqueço alguém quando me movo
E doi saber de quem me vai esquecendo

O que eu queria desta vida era saber
Escolher o que lembrar e o que esquecer
E não ter nem que perder nem que ganhar

Queria voltar atrás no tabuleiro
Deixar o jogo a meio o tempo inteiro
E saber da tua peça o teu lugar
 
Saber de ti

Vá embora, por favor!

 
Vá embora, por favor!

Vá dor, me deixe em paz
vá embora agora por favor
estou precisando de um pouco de autonomia
e me faz tanta falta a minha própria alegria

Dor malvada porque és má?
eu aqui pequena doendo uma dor de pura saudade
e tu porque vieste? acaso não sabes que te não quero?

estico só mais um pouquinho a dor inteira do corpinho
numa linha eu tento colocá-la em ordem, a dor danada
vem uma caîbra entre as costelas em meu peito
e insuspeito o coração se faz sentir insano e insatisfeito

mas por favor, vai embora e me deixa apenas uma dor
respiro de mansinho e como doi todo o meu corpito
estico o braço todo devagarinho e doi mais um pouquito

Mas porque tem de doer,
acaso eu não tive já dor que chegue?
caîbra danada estou tão farta de ti
quero respirar e nem sequer mo permites

se penso, logo me fazes doer um pouco acima
e queres-me toda só para ti, eu já percebi
mas se eu te reneguei porque continuas aqui?

vai embora e deixa-me fazer o que me propuz
tenho uma luz aqui e preciso de a levar para ali
luz imensa de alegria, de amor e de coisas bonitas
já ali a dois passos longe de mim vão meus abraços

que jeito tem de doer na mente e no meu corpo
e se o querer te manda um soco, e um soco é pouco
acho que te vou correr a pontapé, de pé ante pé
sem barulho e num suspiro respiro e maldigo teu nome ó Dor

deixa-me ali chegar, são apenas dois passos, nada há que te importar
se eu der esses passos a cumprir o meu designio
logo voltarei para o teu dominio que também não me esquivo
mas se for essa a condição, eu vou e volto, pois então

minha tão grande dor, tu já me aterrorizas com a maldade que despertas em mim
vai-te embora por favor, nem que seja por um dia.
dá-me paz, por favor.

Eureka, 27 de Agosto de 2016
 
Vá embora, por favor!

Jura-te

 
Não sei se ache verdadeiro
O que advém de "mal amado"
Amor, pensei, que fosse inteiro
Não parte ou meio, nem bocado

Também não creio ser mentira
Achar, porém, ter encontrado
Em cacos, laços que partira
O amor, meu bem, vandalizado

Mas como, como hei-de saber
Se amor, a mim, nunca se fez
Candura em una firma e forma?

Mas como hei-de eu não crer
Se a dor, que vinda em sua vez,
A jura, afirma e me conforma?
 
Jura-te

A Dor

 
A Dor
 
A DOR

Oh! Dor, tu és a tácita estradeira
Desbravando as montanhas grandiosas
Dos turbilhões de almas orgulhosas
Que se erguem ao clarão da luz primeira.

Sucumbem à tua ordem costumeira
No apogeu das honrarias ruidosas,
E gritam, e choram temerosas
Antevendo a sentença derradeira.

Apagam-se as luzes... Descem trevas
Entre as sendas íngremes e rudes...
Surgem outros Adãos, novas Evas.

E o mundo segue no mesmo estertor,
Até que essas almas sem virtudes
Compreendam a grande lição da dor.

Álvaro Silva
 
A Dor

*Amar*

 
*Amar*
 
“Nestes caminhos que partilhei contigo,
Alcançando a tua mão,
Limpo agora minhas lágrimas,
Que acabei de chorar,
Por um Amor que está sempre a nascer e a acabar.”

Emoções que batem no meu coração,
Como ondas que embatem,
Quebrando mais uma vez a fortaleza,
Que se chegam à frente e partem,
Caiando de sal o escarlate das gotas que escapem.

E derrubando minh’alma,
Vêm e vão neste embalar,
Subjugando o que amo,
Nesta valsa que insistem em dançar,
Tomando o meu coração para seu par…

Ainda tenho restos da espuma branca,
Nas ruínas do meu rochedo,
Que tem sombras e flores,
Com a luz de um lado e amor em segredo,
Que brotam lindas cores e sensações de medo.

E nisto vão e vêm as ondas,
Que me tentam derrubar,
Acariciando com o mar,
Deixando em mim o sal branco,
Que me abraça e quer amar!



Marlene

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Emoções, sentimentos como o amor que entram e saem da nossa vida com a promessa de sempre voltarem.

Imagem retirada do google.
 
*Amar*

"Me calar, jamais"

 
"Me calar, jamais"
 
"Me calar, jamais..."

Quando vi que mansidão,com fraqueza é confundida.
E o portador da virtude,tem de tolerar prostrado.
Saí do meu silêncio e vim enfatizar que não temo
Esse Sistema frio, de despotismo infestado.

Ser vítima,não quero e não sou,em nenhum momento.
Faço da dor,meu próprio remédio,esse é meu exercício.
O tempo vai mostrar,aos desprovidos de sentimento.
Quem ignora a dor do outro,não merece sacrifício.

Entretanto,não vou dar palco,nem aplaudir jamais.
Quem se acha no direito,de manter o dedo em riste.
E nem discutir a nuance,da liberdade de expressão.
Com quem nem se dá conta,que somos todos IGUAIS.

Ando sem reconhecer as sutis e velhas estratégias
Dos que em lixos verbais,desvirtuam o que é arte.
A verdade não alardeia,e sem ruído se expressará.
O "lixo” ignoro,do meu repertório, não faz parte.

Declaro,que sancionei na minha vida um decreto.
Não me intimida quem vive nos becos,a bisbilhotar.
Porque “agir na sombra”, é o ato mais covarde...
E quem sente-se SUPERIOR,talvez deva se avaliar.

E como quem sopra, para aliviar a dor das marcas.
Quero “fazer a diferença”,transmiti-la pelo olhar
Não usar a poesia, para ferir quem quer que seja
E marcada,porém inteira,fico, porque AQUI é meu lugar!

Glória Salles
 
"Me calar, jamais"

Ciúme

 
Ciúme, gume que corta e fere
negrume e força à loucura confere
na escuridão do coração sem altivez
na certeza da traição, não há talvez

E se destrói o ser sem perceber
a maior dor que se pode conceber
Auto-flagelo com elo de crueldade
dor fundamentada em irrealidade.

Violenta força, ferida sem cura
Verte sangue do peito sem razão
hemorrágica mente em loucura

Amor transmutado em dor, dissolução
berçário carcerário, nasce agrura
petrifica a mente em dor, ódio, ebulição.

Poema concebido como comentário ao poeta mestre em sonetos Aquazulis

"Tentação do diabo" Vale a pena ler.

http://www.luso-poemas.net/modules/news/article.php?storyid=156903
 
Ciúme

Apenas transcrevi o que escreveste em meu peito …

 
Apenas transcrevi o que escreveste em meu peito …
 
Teu anjo,
Já não veste uniforme
Já não quer voar
Te abriga
Quando a chuva cai
Te embala
Quando olhos
Se movem para lá do céu...

Teu anjo
Já não adormece
Já não acende a estrela de Órion
Prefere vigiar-te quando dormes
Acordar-te quando sofres,
Nos sonhos antagónicos …

Teu anjo já não personifica a carne
Porque é espírito precioso em teu corpo,
Soprando a alma em coragem …

Teu anjo
Já não é cidade
Prefere ser abrigo no olhar
Esse brilho nutrindo o coração,
quando desistes de lutar …


P.S.

Quando partistes não percebi
Tentei desistir e não percebi,
Porque não morria …
Porque me impediam na última saída …
Mas houve um momento
Em que tu, meu anjo,
Me ajudaste,
a erguer a força de dentro

Ensinaste me a saborear a beleza das coisas simples
E nunca desistir de amar na solidão da natureza …

Por todo o nosso amor te prometo, que tomarei o teu lugar no dia em que morrer e tu renasceres. Porque ambos sabemos que as almas gémeas, nascerão de todas as formas para se encontrarem …
 
Apenas transcrevi o que escreveste em meu peito …

*Masoquismo*

 
*Masoquismo*
 
De forma escarpada e desejada,
Anseio pelo doce veneno que pinga nos teus lábios,
Imploro por me sentir da tua parte amada,
Nesta dança desenfreada,
De dois escravos do prazer numa noite de ilusão…

Tentando e atentando o odor,
Que se libertava do corpo onde passavas com a mão,
Emano, efervescendo o calor,
Reclamando em ti a dor,
Que me faz desejar mais ainda a tua acção…

Com suaves toques de violência,
Empurras e agarras a pele que se debate por manter nua,
Marcada pelos sinas de carência,
Desencarna a sua abstinência,
E oferece em deleite a carne, outrora sua…

Num vai que não vem, o amanhecer,
O enrijecer dos corpos coloca a tez dura!
O som começa a desaparecer,
O silêncio quer permanecer,
O embate que apazigua, a nossa noite de loucura!

Marlene
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*Masoquismo*

Aperto de Amor

 
Ainda te sei aqui amor,
Por entre vales de tortura e amargura,
Que me fizeste escrava da tua loucura,
Engolindo em cada beijo de despedida a dor…
De te ver uma última vez sedutor…

Ainda te sinto o cheiro da ternura,
Com que me aliciaste em noites de calor,
Para os lençóis caiados agora de bolor,
Choram a falta da tua procura,
E dos corpos que inflamavam da jura…

Marlene

Meu grande amor, estás distante e invisível...
Balas perdidas se encontram em peitos aliados
E últimos suspiros é o que mais tenho escutado...
Mas tenho a força que me dás, sou invencível!

Os nossos papéis são o meu único elo
Nesse mundo de sangue, suor e mortalha
Partilhas a corrente, amor, em pararelo
Sofrendo minhas dores em diferente batalha.

Eu volto, te juro, tenhamos paciência,
Creia comigo que a fé remove a montanha...
Enquanto me esperas, chorando a ausência,
Te sonho ao meu lado na cama de campanha.

Caio

Mais poemas em: http://algunsanosdesolidao.blogspot.com

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Primeiro da dupla Caio e Marlene.
 
Aperto de Amor

Qual o Código Postal do céu?

 
Qual o Código Postal do céu?
 
Na escrita, os sonhos ficam mais próximos dos olhos,
abreviando a inglória sorte de estar só …

Por isso te escrevo cartas,
onde falo dos dias corriqueiros,
dos anoiteceres aluados de prata cinza,
das manhas lotadas de sol em franja …

Escrevo te da gentileza dos afectos,
dos projectos por realizar …

Da infância,
das viagens,
dos retratos em tinta fresca,
que borram na saudade
os silêncios…

Esvevo te simplesmente palavras que não chegaram a soar …

Até gostaria de as enviar pelo correio , mas sem código postal, se perderiam pelo caminho ...


Resta me esperar pelo nascer da morte …
Até lá, vou escrevendo com o coração ao coração,
esse lugar que nunca deixaste de habitar …
 
Qual o Código Postal do céu?

Pianista de mim.

 
Quando a alma povoa-se na ilusão, em vão meu coração vagueia, sonho-me sereia com o dom de enfeitiçar, sonho-me gaivota com o poder de galgar o mar. Mas sou gente, perene, carente, com todos os defeitos de uma terra poluída. Sou gente, sou vida. Sou guarda em guarita de guerra, que berra, insano berra, e ninguém escuta. E morre no pavor mesmo sem luta, apenas vislumbrando moinhos de ventos, cavaleiros que povoam os pensamentos, apenas os pensamentos... E morro tísica aos "relentos" da vida, estertorando o sangue, esquecida, em hemoptóico fim, sem um músico, um pianista para tocar um requiém de mim.
E vivo assim, tal borboleta louca, com asas carmim, voando neste pasto de gente, sem início e sem fim...
 
Pianista de mim.

MÃOS ENSANGUENTADAS

 
MÃOS ENSANGUENTADAS
 
Escrevo com a mão direita
Com a outra cravo uma lâmina afiada
no meu pobre coração
Quanto mais fundo ela penetra
mais intensamente meus versos jorram

Sinto-os quentes e borbulhantes
Sem rimas, brutos e inacabados

É por isso que escrevo
com as duas mãos
e de olhos fechados
Vendo apenas
a imensidão dos meus sonhos
Corroídos e malfadados...
 
MÃOS ENSANGUENTADAS

"Certo querer..."

 
"Certo querer..."
 
"Certo querer..."

Uma longa espera...
Pelo que nunca veio e talvez jamais venha.
Um querer provar outro gosto, outro bocado.
Perco-me nas voltas que traço
E meus territórios abertos
Mostram-me o horizonte longe demais.
Inalcançável aos meus olhos...
É querer esse “nada” cheio de mistérios.
Outras palavras, antes jamais ditas.
Rios que querem fluir, ir ao encontro
Do mar desconhecido, assustador.
Ao mesmo tempo o medo
De ficar a deriva, num mar bravio...
É me olhar do alto de mim.
Nada entender, ainda assim me permitir.
É o querer ser o que digo
E o que penso, sem negar, nem me esconder.
É querer o plano “B”, antes até
Da estratégia montada.
A ânsia por descobrir, conhecer, ouvir.
É contornar minhas margens
Preencher meus espaços...
E aprender a nesses vácuos...
Não tecer fios de solidão.
Confuso esse querer ir embora
De mim mesma...

Glória Salles
19 outubro 2008
20h18min
 
"Certo querer..."

O título pode ser seu(só quero o conteúdo)

 
Coisifico a minha dor para caber aqui
No universo que me cabe
Na minha parcela de existência
Criada para afagar e destruir.
Existo sob a ameaça constante da extinção
Estar aqui é a vitória do improvável
A minha teimosia perante a sentença clara e sucinta:
Sou apenas uma organização breve do caos.

E na minha insignificante gota de tempo
Carrego com prazer e ardor
Minhas inutilidades entorpecentes
O amor, a virtude e o ego

Amar... O elo delinquente do caos
A força que nos impede de ser nada
E sentencia a jamais tornar-se tudo -
Incompletude inerente a minha espécie...

Virtude – meu psicotrópico favorito
Aquilo que me convence que ainda estarei aqui
Mesmo quando nada for.
E ecoa nos meus ouvidos ser o meu legado no universo
Intitula-se mais importante do que a matéria que alimentará a terra que me cobrir

O ego ... O eloquente orador da minha classe de sentidos
O argumentador de que sou
E não apenas estou
O organizador da minha parcela interior de universo
O ente criado
Como figura criadora do meu Big Bang
O messias que me arranca da escuridão do todo
Para me ajudar a trilhar a iluminação da ignorância...

Hoje estou apenas cansado
De estar aqui
Dentro de mim
 
O título pode ser seu(só quero o conteúdo)

“Lados opostos” - Soneto

 
“Lados opostos” - Soneto
 
“Lados opostos” - Soneto

A soleira da janela é arrimo ao corpo cansado
Neblina no peito, condensada dor, e letargia
A beleza estonteante do horizonte alaranjado
Era só a evidência de mais uma noite de vigília

E num tempo que tem pressa, a noite se alonga
Trazendo na quietude a sensação de abandono
Do outro lado do vidro, quem a vida prolonga
Sorri, diz que desse lado, um anjo vela seu sono

Anjo... que queria o poder de minar toda dor
Cuja fé vacilante, hoje o faz impotente e vão
Camufla num sorriso o frio alojado no coração

Porque nem todo dia, a alma é leve, e tudo é flor
Nem todo dia se consegue flutuar como pluma
Nem todo dia o sol faz dissipar a densa bruma...

Glória Salles
01 dezembro 2008
00:02hr
Santa Casa de Adamantina -SP
 
“Lados opostos” - Soneto

Monólogo

 
Deixa-me que te pergunte.
Onde fica o vazio?
Já sei, mesmo aqui dentro das minha mãos, do caos que nunca vivi,
Dos mortos que caem ao meu lado nesta guerra alucinada.
Que fiz eu?
Limpo as lágrimas, guardo-as num saco descartável, à espera de serem recicladas até
ao próximo luto,
e depois voltarei a subir ao céu à procura dos meus restos.
Deixa-me que te pergunte?
A que horas parte a dor?

Conceição Bernardino
 
Monólogo

*Hesitações*

 
Como dói Amor,
Esta carência que nos envolve,
Este demência que nos consome,
Nas palavras que engolimos,
Nas injúrias que cuspimos no meio da nossa fome…

Necessito de ti Amor,
Em cada lágrima escorrida,
Em cada alma de mim perdida,
Nas batalhas por nós debatidas,
E nos olhos que já viram a vida!

Não sei mais de ti Amor,
E anseio o nosso balanço,
Que vai e vem sem dar mais descanso,
Aos corpos que sentem o rancor,
Que sentem no coração o avanço…

Não sei como controlar este Amor,
Que insiste em te tomar,
Para lá da entrega que me quer domar,
A ferida abre e reabre,
Estancada olhando-te a ires e a voltar…

Marlene
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*Hesitações*

Eu me perdi

 
Eu me perdi
 
Imagem Google

Eu me perdi e agora não sei voltar,
Eu me perdi sem me encontrar,
Eu me perdi mas quero estar onde estou,
Como o mar bebeu a nau que se afogou.
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Eu quero estar como estou,
No sossego do mar eu quero estar,
Se tenho medo? Eu digo sim, sem pensar!
Sem pensar para onde vou.
.
Se tenho medo, não faz mal,
Chega um dia que é normal,
Se tenho medo, vou chorar,
Se tenho coragem, vou cantar.
.
Eu me perdi e agora sei voltar,
Eu me perdi e sei me encontrar,
Eu me perdi mas quero sair de onde estou,
Como o mar cuspio a nau que se afogou!
.
Na coragem,
Eu me achei;
E por mim,
Eu voltei.
Eu me achei!
Eu me achei!
Por onde quase morri .
(...)
.
Ana Carina Osório Relvas /A.C.O.R
 
Eu me perdi

Revolta

 
Revolta
 
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Pela fome
Pelas drogas
Pela mentira
Pelo trânsito
Pelo desemprego
Pelos juros
Pela corrupção
Pelo roubo
Pela Injustiça
Pelos Cachoeiras
E não há vagas para
Sentença!
 
Revolta