Poemas, frases e mensagens sobre desejos

Seleção dos poemas, frases e mensagens mais populares sobre desejos

DESEJO

 
DESEJO
 
DESEJO

Hoje só quero teu beijo devagar
Terno, pacientemente no sossego de íntimos lábios
Num tempo criado por nós...
Apenas assistido por quietas paredes
Mergulhadas na cumplicidade de uma parca luz

Quero o carinho da tua mão na minha,
O suave entrelaçar dos teus dedos aos meus
Sentir o pulsar do teu coração no meu peito
Num abraço demorado,
Feito eterno neste momento...
Hoje te quero mais um pouco que outros dias,
Num desejo apressado, mas num encontro preguiçoso
Sem demoras em te sentir, em te amar...

Quero junto a ti respirar fragrâncias
Que emanam do fim das madrugadas
O cheiro matinal dos verdes quintais
Que sentimos no abrir das janelas...
Assistir no laço de um abraço os primeiros raios de sol
Que atravessam as gotas de orvalho quais diamantes
Apreciar as últimas flores de verão
Perderem suas efêmeras pétalas num vento displicente
Anunciando assim as tristes folhas de outono

Quero o adormecer de criança
No teu peito abrigo
Ouvir tuas histórias, em sorrisos... Em sussurros...
Ou colher tuas lágrimas da emoção incontida
Quero procrastinar contigo, porque já corremos tanto...

Desejo descansar no teu sono,
Sorver tua paz mesmo no barulho da tempestade
Fazer acontecer o que os sonhos antigos guardavam
Calar pra ouvir teus olhos falarem aos meus.
Atravessando minhas retinas, invadindo minha alma...
Hoje quero todos os amanhãs ao teu lado
E não mais um minuto sequer...
 
DESEJO

Flor fóssil

 
Flor fóssil
 
Cortam-se os tendões
a mão não mais acena
rompem-se vulcões
que petrificam a Açucena!

E a bela flor
fóssil resistente
terna, grácil
de cor transparente
que sorri fácil ao amor,
carente,
este agitado menino lático
ácido em seu humor,
irônico, irreverente.

E um dia em um canto qualquer
entre um bem-me-quer
e um mal-me-quer
talvez, açucena florzinha,
petrificada mulher,
alguém resolva
aceitar-te, inteirinha
sem alguma mudança qualquer
mesmo sendo tu diferente
do que toda a gente quer:
uma flor petrificada
por uma lava idealizada
uma impossível flor-mulher!
 
Flor fóssil

PARTILHAS

 
PARTILHAS

Eu poderia dizer o que gostarias de ouvir
Mas isso é o que tu gostarias
Não o que se pode ter
Eu poderia ser a pessoa dos teus sonhos
Mas nunca perguntastes quem habita os meus
Se tu carregas um desejo de partilha, eu também
Mas nem todas as partilhas são com quem queremos
Ou podemos...
Poderia tu ir pra nunca mais voltar
E não encontrar pouso
Talvez eu possa ser ninho temporário
E te dar colo amparando tuas lágrimas na minha mão
Mas nada será mais que isso
Porque somos uma quimera
Um amor sonhado
Um capítulo que sabemos como terminar.
 
PARTILHAS

"Entre rendas e poemas" - Soneto

 
"Entre rendas e poemas" - Soneto
 
"Entre rendas e poemas" - Soneto

Já me desnuda, só com esse olhar mavioso
Interrompendo a vida, suscitando os desejos
No meu coração põe asas, num vôo perigoso
Diluo-me lentamente, no doce dos teus beijos

Traz um poema nos lábios, as borboletas desperta.
Pupilas dilatadas, já não penso, corpo sem defesa
Vemos encantados dos nossos corpos febris à festa
A cumplicidade esperada, mantém a chama acesa

No inflamar dessa mistura, calor e emoção se junta
Provoca-me arrepios, sorrisos bobos, somos só alegria
Empresta vida aos meus versos, dá cor a minha poesia

Nesse palco de volúpias, me vê mais fêmea que nunca
Nesse roçar de pele, ritual envolvente de pura paixão
Entre versos minhas rendas, vemos esquecidas no chão

Gloria Salles
 
"Entre rendas e poemas" - Soneto

Amor ancestral

 
Amor ancestral
 
Faz-me luz...
Faz-me água...
Seduz...

Mágoa?

E me refrato
Lembro cada ato
Cada prato dividido
Um futuro
Perdido
Que volta
Manso e sem revolta...

Perguntas
Sem respostas
Ninguém tem?

Passado volta em postas
Lírios de requién.
Ninguém sabe
Só uma mostra
De tudo que em nós, tem.

Nos sóis que sempre se põe sem fim
Neste imenso gramado
Mágica relva,
esta selva carmesim
de lembranças de nós crianças
suspensos na corda bamba
colhendo papoulas no jardim.
 
Amor ancestral

Vate!

 
Vate!
 
Tarde de inverno, o sol morno.
A vida, passando não espera...
Tudo em mim é fulgor - forno.
Minha alma cativa te espera!

Meu sangue ferve, o coração acelera...
Parece fogo, numa atmosfera!
Excitação - enlevo toca n’ alma de vate!
Em arroubos, desejos num combate...

Entre devaneios e suspiros.
Tudo, tudo pensamentos, - o amor,
Gemidos, abraços, carinhos...
Envolto de beijos sem pudor!

O sol se vai, com ele os anseios fugidios...
Fantasias acordando dos sonhos -, do ímpeto,
Amor e lascívia – desejos dissipados em soslaios.
O pulsar se entristece e a alma padece por completa!

Imagem:Google
 
Vate!

E não é que ele a perdeu, assim como quem perda a vida.

 
E não é que ele a perdeu, assim como quem perda a vida.
 
Ele achou que já a havia ganho, que estava tudo consumado por um decreto. Porém ele esqueceu que ela era uma borboleta, livre e louca na natureza, colorida, voando erraticamente, cheirando cada verso em flor que desabrochavam nos campos da mente, recém saída do seu escuro e cinza casulo, aproveitando a alegria do sol de uma nova vida, cheia de luz, adivinda da transmutação de larva em flor voadora. Não o culpo por se apaixonar por uma borboleta, elas são assim, em seu vôo zique-zagueante, apaixonantes.

Com as grossas mãos, que não tinham sensibilidade para sentir a delicadeza frágil das finas asas da livre falena, ele tentou aprisiona-la entre o vazio das suas mãos, simplesmente ele primeiro quis segurá-la com força, e até conseguiu, porém danificou uma das asas, sem mais voar, ela era sua, esticada, com as asas murchas. Com suas mãos imensas de homem da vida, tentou esticar a asa, rasgou mais ainda, então irritado, tentou pega-la pelo fino corpo, esmigalhou o ventre dela entre os polegares e a viu agonizar, num frêmito, o último farfalhar das asas rotas da borboleta e, por descuido, apenas por ser homem, ele a perdeu.

Ficou triste alguns segundos, depois pegou o martelo e seguiu martelando o monótono som do ferro dos dias, com a foice ceifou mais um chumaço de capim alto que brotava perto da cerca de arame farpado que ele erguia em torno do coração e com fios de verbos seguiu, resignado e sem muito lamentar, costurando os moirões de estrofes, um atrás do outro e nem mais lembrou que a borboleta um dia voou bela por um prado de girassóis, cores e versos encantados, dançando para ele nua, enfeitada de amor em seus cabelos de falena.

E quanto à Borboleta? Que importa? Morreu com suas asas rotas e com sua alma estraçalhada por um descuido de uma mão rude que não sabe cuidar. Mas antes de morrer, no seu último farfalhar de asas, sorriu e dançou para ele, conforme sabia que um dia o pobre homem quis, justo antes dele esmigalhar seu ventre fecundo com seus toscos polegares que esqueceram que a delicadeza existe, apenas por serem polegares de um homem rude que não foi cuidado e portanto não sabe cuidar. Até hoje jaz seca, com suas asas rasgadas entre as folhas de um livro chamado "Vinte poemas de amor e uma canção desesperada", que nunca foi lido.
 
E não é que ele a perdeu, assim como quem perda a vida.

Aurora

 
Que se nutra a mais bonita
Pois se intitula de feia
-Estrelas lhe brilhem deleita!

…Porque a noite escureceu
No mar por onde se deita
Despida já morta e desfeita.
 
Aurora

ROSAS VERMELHAS PARA TI!

 
ROSAS VERMELHAS PARA TI!
 
 
ROSAS VERMELHAS PARA TI!

by FatinhaMussato

Em minhas mãos trago-te flores,
Rosas vermelhas de meus amores,
Rosas que trago para te ofertar!

São rubras, são rosas vermelhas,
Como rubros são meus lábios
Que anseiam por te beijar!

De sonhos, meu coração está cheio,
De planos minha mente está plena,
De desejos, meu peito por ti anseia!

Vem, recebe as rosas que te ofereço,
Recebe com elas meu beijo ardente,
Que minha boca anseia por te dar!

Poema INÉDITO Nesta Data
Jales (SP-BR), 22/agosto/2009 – sábado – 20h00m.

Imagem: NET

Música: Encontros e Desencontros / Maria Rita
 
ROSAS VERMELHAS PARA TI!

Tábula rasa

 
Tábula rasa
 
Eu que...

Soprava poesias ao vento,

Hoje, estou sem fôlego...

Sem motivos... Sem sentimentos?

Rastreando pensamentos...

Inalo o que não confesso

E o que sou não se propala...

Mira-me uma imagem disforme

A capturar palavras sem nexo

Que pousam na pauta de leve

E voam para o ego complexo

Amores, desejos e saudades...

Sensação de nulidade...

Lacunas, espasmos, fantasmas...

Vozes que no silêncio falam,

Mas “eu” não estou em casa...

Elas simplesmente se calam

honey.int.sp

Imagem retirada do Google.
 
Tábula rasa

INUTILIDADES

 
INUTILIDADES

Escorre pelas minhas mãos o líquido
dos teus olhares vagarosos,
as dores do tempo das tuas regras,
o vazio das palavras que escreves em blocos de notas
à espera que alguém as leia.

Escorrem dos meus lábios beijos que não conheces,
sorrisos que não identificas,
gritos de silêncio que nunca ouvirás
ainda que te afadigues na escuta.

À noite, a liquidez coada das almas
transformam os encontros em inutilidades
e por cada gota de saliva que sorves da minha boca
dá-se a osmose da testosterona no teu corpo tenso
até que a humidade dos corpos unidos
alastra
a fecundar a conteúdo e a forma do teu ser por inteiro.

Em 18.Mar.2023
 
INUTILIDADES

"Protagonista" - Soneto

 
"Protagonista" - Soneto
 
"Protagonista" - Soneto

Parece ouvir a voz do meu corpo que chama
Entra no meu cenário, protagoniza a história
Acorda meus desejos, revive cada molécula
Depois se vai, deixando rastros de memória

Nesses lençóis que guardam nossos segredos
Nessa taça de vinho marcada pelo meu batom
No eco das suas palavras de amor sussurradas
No meu corpo, agora dolente, meio fora de tom

Só quero esse amor intenso, profundo, passional
Que não determina prazos, datas, terno, atemporal
É vento que me arrasta ao apogeu num instante

Quero esse amor que ignora minhas imperfeições
Que me ama de um jeito, que não tem definições
E das suas madrugadas, me faz desejada amante.

Glória Salles
 
"Protagonista" - Soneto

"Incisiva"

 
"Incisiva"
 
"Incisiva"

Não sabe administrar os vácuos.
Menos ainda trabalhar as perdas.
Nesse deserto, os oásis são áridos.
A luz do olhar, não mantém acesa.
Rascunha idéias que ficam no papel
São espectros de versos concretos
Desejos paridos em prosa poética
Pelo manto prata da lua, cobertos.
E assim, absurdamente fora de tom.
Por hoje desiste de tentar entoar.
Guarda na gaveta todas as frases
Deixa só a figura de linguagem falar.
Quem sabe amanhã, o cinza vira azul.
Abre a gaveta, onde aprisiona a poesia.
Solta as palavras, deixa o amor voar.
E vai com ele, nas asas da fantasia.

Glória Salles
 
"Incisiva"

É MADRUGADA E O SONO NÃO VEM

 
TODOS

É madrugada e o sono não vem. Todos na cidade dormem. Nem deveria ser diferente. Todos têm de acordar amanhã cedinho. Todos possuem um objetivo a cumprir, um trabalho a honrar e as contas do mês estão todas aí.

Penso que todos se sentem aptos e animados diante às boas perspectivas da economia no país e, além de acompanharem com interesse o noticiário dos jornais, incrementaram força a sua determinação lendo livros de auto-ajuda, o que contribui bastante para aquisição de confiança. Bendito momento da literatura em que esse tipo de leitura ganhou tamanha força. Agora tudo ficou fácil. Todos andam tão bem instruídos e responsáveis. Sabem que trabalhar com motivação e foco nos objetivos é o primordial para propiciar o melhor para si e para a família.

Bem, além da família, também há os amigos. Aqui é Brasil, gente, terra de um povo hospitaleiro e agradável. Nessas terras tupiniquins, ser camarada é sinônimo de dividir alegrias, estrepolias, fazer festa juntos. Vejam: Quem não gostaria de convidar os amigos para um lauto churrasco a fim de comemorar os bons eflúvios, as vitórias, as conquistas? É por essas e outras que todos se consideram protegidos, irmanados nessa sociedade cordial...

Adiante ao trabalho, ao sucesso, também é preciso relaxar (nem só de pão vive o homem): todos desejam passar um fim de semana em Ilha Bela, Ipanema, Guarujá, ou Fortaleza. É certo que há alguns receios. Compreensível que todos prefiram que estejam presos todos os bandidos e traficantes para que possam andar pela orla tranqüilos.

Ah, os prazeres da vida... Todos adorariam aproveitar em total paz o passeio para comer lagosta e camarão do graúdo, acompanhado de um vinho branco, o que todos dizem ser divino. Na volta do litoral no domingo, mais um motivo para o relaxamento: todos torcem para ver seu time de futebol ganhar o clássico e papar o campeonato.

Uma coisa leva a outra. O gostoso final de semana lembra a todos das futuras férias (porque ninguém nesse país é de ferro). Todos aspiram viajar ao menos uma vez na vida para Paris e ver em cores e ao vivo a Torre Eiffel, e, ainda (por que não?), as grandes pirâmides, o Taj Mahal. Sonhar não custa.

O mais é encarar o cotidiano. E o que todos necessitam no dia-a-dia é proporcionar a melhor educação possível para si e seus filhos. Todos por aqui precisam falar ao menos inglês e espanhol e cursar um MBA. Por último, o corriqueiro: todos carecem urgentemente, desesperadamente de trocar guarda-roupa, sofá, TV, geladeira, carro, celular, computador, casa, emprego, mulher, marido, amante. Todos não medirão tempo ou esforços para obterem essas profundas mudanças.

Ao mesmo tempo, como fosse isso facilmente realizável, todos anseiam amar profundamente o parceiro, cada dia mais e para sempre, de preferência. Ah, na idéia de “sempre” consta um importante detalhe: todos detestam envelhecer; detestam. Portanto todos sonham em permanecer eternamente jovens, todos com músculos tonificados e pele de bebê. É preciso muitos cremes, botox e academia. Para manter-se jovem paga-se um preço e, nisso, todos concordam que manter a juventude é dinheiro muito bem gasto.

Enfim, todos almejam ser felizes daquele jeitinho todo especial e único que foi construído em suas memórias desde criança pequena o que, no fundo, é o mesmo jeito de todos os outros. Todos querem isso tudo, mesmo que possam sentir interiormente tudo ao contrário, mesmo que não saibam conscientemente que diferente desejam e nunca venham a saber, ou perceber. Todos tão afortunados, focados no sucesso, de olho no futuro. Todos enredados por seus justificáveis desejos.

E todos consideram que os outros todos, todos mesmo, sejam eles homens ou mulheres, ricos ou pobres, jovens ou velhos, têm as mesmas preocupações e anseios do que os que habitam esses apartamentos e casas de três quartos com dois carros na garagem e bicicletas de marchas penduradas nas paredes. Talvez todos, sem uma única exceção, tenham razão.

Pobre de mim tão distante de pretender coisas assim, tão afastado de "todos" e, ao mesmo tempo, tão apartado de mim. Maldito sono que não vem.
 
É MADRUGADA E O SONO NÃO VEM

Vilania

 
    Vilania
 
Guiada por caminhos indesejados,
levada sem que seja perguntada:
Qual é seu sonho?
Onde é sua praia sonhada?
**
Sempre em areia movediça atolada, uma luta de braçadas no ar.
Sonhos levados pela ventania, pela vilania. Ah!! menina perdida, desejos tímidos, fugidios , roubados pelas quebradas da noite,
coberta por um manto estrelado e, pelas letras de uma poesia!

Nereida

Sonhos! nada mais.
 
    Vilania

Sou uma ogiva nuclear

 
Sou uma ogiva nuclear
 
Sou uma ogiva nuclear
Plano os céus em ziguezague
Fogosidade humana
Irreflectida, selvagem
Em vagidos dissimulados
De um âmago pulsatil
No rasto da raiva incontida
No limiar da detonação
Em mil partículas veementes
Mescla de sentires em ebulição
Assombro o sol clandestino
Amedronto as nuvens pardacentas
Estremeço a lua feiticeira
Sem controlo de controlar
O que grita o coração.
Continuo altiva pelos céus
Vislumbro o impetuoso iceberg
Emergente da profundeza do ser
Fixo o alvo e mergulho
Expludo na vastidão universal
Em minúsculas partículas
Matizadas com a grandeza do amor
Envolvidas em sôfregos desejos
Enlaçadas com o perfume da liberdade

E do meu olhar marejado
As lágrimas fluírão

Escrito a 15/11/08
 
Sou uma ogiva nuclear

Diz-me meu amado!

 
Diz-me meu amado!
 
Somos duas almas unidas
Vivendo da mesma essência...
O amor. Desde as primícias -,
Sejam nas manhãs, tardes e noites.
Céu e lua, sol e chuva..., Nuvens tantas.
Súplice de alegria – contagia influência
A natureza -, nos deleitamos nas núpcias...
Descomunal - olhares. Beijos. Sussurros.
Lampejos de magia, desejos –,
Quanto desvelo nesse instante;
O amor transborda espalha-se tudo é chama
Ardente – fogo!... Tudo como antes,
Quão belo... Sim, é você que anelo -,
Nesses ais. Nos teus braços no enlaço...
Seria sonho?... Diz-me meu amado!

- Não minha querida. Tudo é real e não desfaço.
 
Diz-me meu amado!

Noites ociosas

 
                Noites  ociosas
 
Palavras doces que são acalanto
Cantas ao meu ouvido
Eu embevecida, apaixonada
Me enrosco e vem o pranto

Mas são lágrimas gloriosas
Do bem que me transmite
Seu abraço é um convite
Amor, desejos,em noites ociosas

Nereida
 
                Noites  ociosas

Castelos...

 
No rastelo de Eros
erros são colhidoS
castelos ao ar, erguidos
rodeados por fosso
com o lodo grosso
da ilusão
paredes de pura areia
escadas sem corrimão
por onde desce a sereia
quase mulher, porém, meia
desmanchando-se quando a mágoa
escorre-lhe pela mão.
Mas vive e sobrevive
apenas como um pulso
avulso
que faz aos poucos
bater o coração.
 
Castelos...

Moeda

 
Moeda
 
Fonte, agarre meus desejos.
Balancem sob os chafarizes.
Que eu veja
Que eu escute
Que eu toque
e por favor, amor

Cartela, tatuem meus números.
Espero ganhar declarações
Que me abracem,
Que entre e saia, também da minha vida
Que permaneça

Balão, lhe predigo os meus mais preciosos votos.
Que eu enlouqueça
Perca a razão
E que seja aqui onde sempre estive, sou.

Calouro, olhe para o céu...
Os fogos saudarão a nós dois
Em um novo ano de infinitas possibilidades.
 
Moeda