Canto de Terça-feira

 
Há levezas nos caminhos dos teus versos.
Recebemos luz,ouvimos aplausos...

És tu,poeta,quando passas a iluminar
as horas com teus poemas inspirados.

Almas desgovernadas, acalmam-se;
encontram-se no invisível,celebram.

Guiam os deuses, teus passos, tuas mãos.

Tua alma canta o tempo, as flores,o sol.
São eternos os dias abençoados.

Vestimos cores calmas e canções alegres.

Abrem as festas, soltam balões;
Louvores nas portas,abrem claridades.
Chegam às mãos os céus da eternidade.
 
Canto de Terça-feira

meio dia de terça-feira (parte iii)

 
tanto me faz
se és loira ruiva ou morena
se os teus cabelos
e a tua pele
é pintado pelas folhas
amarelas rubras e castanhas
que caiem das árvores
em dia de outono

em qualquer tom
eu te esperei uma vida inteira

nua
na minha frente
não és só outono
és também primavera verão
danças com as cores
ao sol e ao vento
e sussurras palavras de amor
enquanto te pinto
na tela dos meus olhos
a beber todos os tons
do teu formoso corpo

e assim foste outono
ao meio dia de terça-feira

continua...

Devido as imagens poderem ter conteúdos suscetíveis de ferir sensibilidades as mesmas não foram publicadas. poderá ver o poema com a respetiva imagem em http://afacedossentidos.blogspot.pt/
 
meio dia de terça-feira (parte iii)

Terça-feira 9

 
Tenho o fervor
De um muçulmano
Pela tua pele
Igual que a do sigano

O beijo em cima
Da torre Eifel
Onde tenha um cordel
Um anel
Um pincel
Para fazer um quadro
Um amor mágico

Tuas fotos mudam ao passar do tempo
Passado
Ao teu lado

Dizem que em cada
Pedaço desse papel esquisito
O tempo passou
E nada ate agora ficou
Nem falou

Quando começar alguém
A cantar
Em versos de amor
Você pode me avisar
Não precisa chamar
Nem gritar
É só pensar em mi em mi mesmo
Eu não esqueço o teu beijo
Lá em paris
Quando você acariciava o meu nariz
E me fazia feliz
 
Terça-feira 9

Terça-feira

 
TERÇA-FEIRA

NESTA LINDA MANHÂ DE TERÇA-FEIRA
TUA IMAGEM É MINHA LEMBRANÇA PRIMEIRA
VOU A TI,NESTE SINGELO POEMA
E SINTO DESFAZER-SE TODAS AS ALGEMAS

QUERO TE TER SEM MAIS DEMORA
UNIR-ME A TI NESTA TRAJETÓRIA
FAZER DE MEUS VERSOS,TUA RIMA MAIS PURA
VOCÊ SER EM MIM,O MEU FANAL DE TERNURA
 
Terça-feira

jurema, amanhã é Terça-feira

 
Jurema, toma cuidado com o fogão
que é para não faltar o meu jantar.
Veja sempre como está o botijão
pois de repente o gás pode acabar.

Marque na folhinha da geladeira
pra não esperar a semana inteira.
Terça feira sim, outra terça não
passa o homem do gás no portão.
 
jurema, amanhã é Terça-feira

porque hoje é terça-feira,mas ficava melhor ser quarta.

 
porque amanhã é sábado
nem que seja tua a verdade
apenas na sexta-feira.

porque a palavra o afirma
queira o leitor ou não queira.

porque não é cega a palavra
mas somente quem a (não) leia.

porque existo como pedra
que nem vive e nem se morre
nem que seja quinta-feira.

porque sou palavra dada
mas a ninguém pertencida

sou domingo em tua asneira

porque hoje
é o meu dia
e bem podia
podia ser:
"segunda-feira".

mas afirmo: é terça -feira.
 
porque  hoje é terça-feira,mas ficava melhor ser quarta.

terça-feira.

 
não sei como não dizer-te do chumbo, do pó, da bala, do chão corpo feito. nem sei onde estavas quando se ouviu o grito e a árvore enterrou um pouco mais as raízes e baixou os ramos. sobretudo que seremos felizes e depois fechar a boca para morrer em paz, asfixiada e feliz. terça-feira e eu grávida de um mês novo. não sei como não dizer-te das flores, do vermelho-sangue nas pétalas. nem sei onde estavas quando me caiu o coração, fruto maduro, chão dentro. que outras paisagens te vêem, geografias de corpos novos-outros, estações com lugares de outros dentro.
 
terça-feira.

TERÇA-FEIRA

 
Vazio;
Que vontade profana de ficar só,
De não usar máscara alguma
De iludir-me com a minha sorrateira verdade.

E ainda atrevem-se a
Dizer que eu não sou feliz,
Que sozinho não a há motivos
Para sorrir.

Ah meus combatidos amigos e adversários,
Creio que vocês tolos não me conheçam
Muito menos freqüentem a minha faceira
Imaginação.
 
TERÇA-FEIRA

Poemeto de Terça-feira

 
Chuva e sol
sol e chuva.

Amor, agora

a saudade [é]

açúcar e sal.
 
Poemeto de Terça-feira