Pranto silêncioso
Um pranto silencioso
Travado,engolido,tormentoso
Que vai longe,além mar
Que sofre por muito amar.
São lágrimas destemperadas
Com muito sal evaporadas
Misturadas à leve brisa
Dispersadas com ojeriza.
Lembranças que afloraram
Em pensamentos se mostraram
Não há como não chorar
Pela alegria, saudade,oh penar!
Chega um riso alegre
Que perdura por um segre
Porque fugiu que eu amava?
Sem o abraço,e o beijo que me encantava.
Nereida.
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Momentos
Hoje o dia está cinzento,através da janela do meu quarto,vejo cair a chuva miudinha,o vento sopra como se fora um sussurro,um gemido...Gemido não de amor ou de prazer,mas sim!... De dor,melancolia, mesmo de ansiedade.
Claro, que sei que é apenas minha fantasia, porque o vento ou o dia não tem sentimento.
Mas são nestes momentos, que meu coração, fica aquado, sem ter teu amor, o mesmo amor que um dia me sorriu, por ti foi destroçado.
OS dias cinzentos, ficam tristes,porque são o reflexo do meu coração, como se fosse um espelho, o meu eu...neles fica espelhado.
A chuva que cai são as lágrimas que por ti tenho chorado.
Hoje relembro de novo cada momento...momentos em que tive teu abraço, teu corpo, a suavidade de cada palavra, o mel dos teus beijos.
Tu continuas a ser o fogo que um dia ateou o meu coração e que eu jamais deixarei ser apagado.
Por esse amor, estou a sofrer, mas é também por esse amor que continuo a viver.
Somente,hoje dei conta que para ti, tudo faz parte de momentos do teu"não do nosso passado".
Foram momentos, na tua vida de um breve momento.
Para mim foste e sempre serás, a mais bela melodia que embala meu sono a mais intensa fragrância que me embriaga, o doce mais doce que minha vida adoçou, a brisa suave que meu rosto acariciou!
Vivo na recordação de cada momento, com igual sentimento, se assim não fosse é porque nunca te teria amado.
O Despertar de um Sentimento
Teus lábios me fez acordar de um profundo sono, há tempos havia descansado na monotonia dos meus pensamentos. Já não encontrava palavras para expor meus sentimentos, meus lábios estavam mudos, e descansava no som suave de uma música que parecia jamais terminar. O tempo cobriu de teias o meu coração, eu já não sentia mais... O fogo brando da lareira aquecida, já não aquecia a minha alma. Julgava morto o meu corpo, consumido pela lembrança de um beijo. Andei tanto tempo sozinho, quando na verdade nem mesmo sai do lugar, busquei tanto por um objetivo, e agora descobri que estava tão perto de mim. É um tanto certo perigoso este sentimento, não quero ter que acordar assim Derrepente e não suportar a saudade, e tudo que conquistei estará arquivado num diário de palavras esquecidas. Prefiro ter que te olhar pelo espelho, viver dos reflexos dos teus beijos. Terei na memória as lembranças dos teus cabelos molhados, eu já nem saberia como afagá-los. Tenho medo de acordar ao som de tuas palavras doces, e me seduzir com o leve toque dos teus dedos, para que no pecado não haja mais tempo de me redimir. Eu te suplico, não deixe que te toque o teu corpo, pois o meu pode haver espinhos que possa ferir tua alma. Não me entregues a tua sensibilidade, pois ela pode me parecer preciosa. Não deixe que roube os teus sentidos, por que sinto como uma máquina desgovernada incapaz de controlar a minha emoção. Você foi o despertar de um sono profundo, que me fez sonhar no amanhecer, e me fez acordar sem vida no entardecer. Emudeça tua voz, esconda teus lábios de minha boca, aumente o som da música agora, para que eu volte a dormir e sonhar que estou te amando e nunca mais acordar.
*** Carta de um homem que sente medo de amar, depois de muito tempo sozinho.***
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 1997 no dia 29.
Encontro com a Paz
Nas asas da dor tornei-me sábio, e na loucura deste momento descobri que o solo que pisava não era firme. E os meus pensamentos tão tolos torturavam as minhas vontades, e voar não fazia sentido nas asas quebradas da imaginação. Meu coração bate de teimoso que é... Atravessa as ruas do meu peito, assim atropelado pelas vias das razões, acumulam oculares sofrimentos, rugas pela solidão.
Tanto faz um sonho não realizado, um sono perdido, tanto faz das rosas os espinhos... Embriago-me em garrafas de vinho; por que sóbrio não consigo esquecer quem tanto mal me fez. A lucidez me enlouquece me faz adormecer e acordar no mar de dúvidas quanto à capacidade de esquecer você. Não me diga com clareza, à sinceridade que caia debruço sobre a mesa, prefiro meu prato vazio que o veneno dos talheres expostos, reflexos do sol em um dia muito frio. A tempestade demorou a passar, as luzes apagaram-se em vão, de joelhos um tolo a rezar adormece na escuridão. Não cobrei da mentira um preço tão alto, a verdade não me deixou outra opção, do outro lado do muro um salto na trilha da ilusão. Essa metamorfose na minha consciência me deixou intranqüilo, repudiei-me do que seria capaz, e repousei num sentimento sólido e eficaz. Foi quando fiz uma das maiores descoberta da minha vida, somente neste meu sofrimento é que pude encontrar a verdadeira paz.
*** Carta escrita por um homem num momento de grande aflição.***
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Maio de 2002 no dia 31.
O Sabor das Lágrimas
Já senti a o sabor das lágrimas
algumas doces como mel
quando você chegava em casa
e carinhosamente me beijava
Já senti o sabor das lágrimas
salgadas como o mar
quando na turbulência das diferenças
caiam em profusão em minha boca
Já senti o sabor das lágrimas
tão amargas quanto o fel
quando a vida era infernal
e eu não imaginava que existia o céu
Já senti o sabor das lágrimas
tão azedas quando o limão
e meu coração, encolhia, numa agonia,
que nem uma limonada, resolvia
Já senti o sabor das lágrimas
doces, azedas, amargas e salgadas
mas, todas elas eram passageiras
e entre sorrisos e alegrias,
as lágrimas doces, sempre venciam
Fadinha de Luz