CORAÇÃO EM PEDAÇOS
CORAÇÃO EM PEDAÇOS
As tuas manhãs têm um sol frio
Um outono displicente e tímido
Teu caminhar faz sombrio
O pensamento de um menino
Vazio, inibido e indeciso...
Estas manhãs que eu aspiro
Imagino e me sacio
De vontades e tardes covardes
Onde o fel é meu caminho
Sombras não podem me seguir
E duvidam do meu existir
Quem dera estes bilhões de átomos
Que se tornou meu coração em pedaços
Em meu peito matéria voltaria a ser
As manhãs não voltariam a me ver
Por quê a noite sorriu a se decompor
Na morte absoluta em que encontrei meu amor.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2009 no dia 12
Village Itaquá (sp)
De vontades e tardes covardes
Onde o fel é meu caminho
Sombras não podem me seguir...
DESILUSÃO
DESILUSÃO
Há tempos ouvi dizer
De estórias que... Por alguém morrer
Ou viver... Sem alguém, se perder...
O amor com saudade do ódio
O bem e o mal, por sinal!
Juntos em um mesmo objetivo
No coração pulsar, furtar, sofrer...
Como ouvi dizer, há tempos...
O amar, o trair se enganar...
No olhar que cega este meu duvidar
Desenganos... Hó quantos
Sorrisos profanos, e desilusão...
Quando se senti escapar pelas mãos
Uma vida, uma saudade, uma lida...
Da perversa soma subtraída
Os anos de quem amei ou odiei
Nos versos desta poesia recitei
Sei que ainda vou amar odiar e sofrer
Como há tempos ouvi dizer.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli / Dezembro de 2008 no dia 12
Desenganos... Hó quantos
Sorrisos profanos, e desilusão...
Tempo de Esquecer
Quanto tempo faz, há quanto tempo...
Só a saudade dentro do meu peito pode me dizer
Quanta falta sinto de você;
Dos tempos que ouvia dizer que me amavas
As lágrimas que se afogavam em meus lábios quando me beijava
Só o tempo poderá dizer...
Se bem que o ditado da vida nos ensina que um dia tudo passa;
Você passou e transformou minha maneira de sentir
Pergunto, onde anda você agora?
Onde estão perdidos aqueles sentimentos que por dentro nos corroia?
Será que a distancia poderá apagar nossas chamas?
Só de lembrar os teus olhos nos meus, como que fazendo promessas de um dia me amar;
Ainda me alimento do passado, e nem o tempo parece capaz de me fazer esquecer
Hoje posso ver as cicatrizes que o destino me reservou
Como é gostoso sonhar com você mesmo não podendo tocar o teu corpo
Ele me parece tão real, por que sinto meu suor misturar teu perfume
E ao acordar sinto o lençol encharcado por vontades consumidas
Sei que o tempo fará com que os jardins floresçam, porém a minha alma em flor murchará com a ausência do calor do teu corpo;
O vento passa e carrega consigo as minhas lágrimas, meu rosto se desfigurou, inexistiram em meio às multidões de pensamentos;
O tempo que faz nascer, faz morrer, faz amar, faz sofrer...
Você me amou e me fortaleceu, ensinou-me o caminho nos momentos de incerteza
Deixou-me, como em um dia de outono, as folhas em palavras se perderam...
Agora na dor pude entender o caminho a seguir;
Quanto tempo faz, há quanto tempo...
Hoje quero sonhar e não mais acordar;
Se há tempo para todas as coisas, hoje é tempo de esquecer
Porque eu preciso simplesmente existir.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Itaquaquecetuba, Julho de 1993 no dia 17.
O DOCE DO FEL É O AMARGO DO MEL
O DOCE DO FEL É O AMARGO DO MEL
Pintei teus lábios profanos
Com tintas aborrecidas de amargura
Confundi-te com a ternura
Com os pecados de meus anos...
Eu te pintei loucamente
No quadro de um eloqüente
De sorrisos perdidos em vão
Na borra severa do zarcão...
Eu quis te imaginar por inteiro
Na tela selvagem do meu olhar
Quis pecar, tocar, me perturbar!
Este artista é mesmo um insano
De olhares guaches que sofrem este pano...
Lamento se minha alma adsorve
Pela minha veia incólume
Ao me confrontar com a tinta
Do amargo ilusão da retina...
Estou em decline com a criação
Deste estúpido poeta Platão
Desvia me o pincel por um momento
Ludibria a vaidade do meu pensamento
Entorpecido por um lábio que não é meu
Fernanda não és minha...
És pintura fraudulenta de um réu
És o doce de um fel
És amargo de um mel.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Dezembro de 2008 no dia 01
Village Itaquá
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Este artista é mesmo um insano
De olhares guaches que sofrem este pano...
FALSO AMOR
FALSO AMOR
Meu corpo reclama tua mão
Meu sorriso uma questão!
Questão de tempo pra envolver
Pra te amar ou esquecer...
Ir a busca da compreensão
Mas na minha indecisão
Eu me entreguei
Nossas roupas pelo chão
Eu confessei
São mentiras tão sinceras
Pra iludir
Pra ficar e te encarar
Talvez fugir...
Sou criança sem segredo
Sem brinquedo
Sou mulher
Não tenho medo
Pois teu corpo
Eu já conheço...
Só queria te dizer
Que a saudade está comigo
Por quem possa parecer
Já que tento e não consigo
E preenches o meu peito
Um vazio em meu seio
Tão estranho e absoluto
A solidão me deixa mudo
Falar de amor é complicado
Mesmo sendo um falso amor
Eu te quero do meu lado.
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Setembro de 2002 no dia 15 Itaquaquecetuba (SP)
São mentiras tão sinceras
Pra iludir
Pra ficar e te encarar
Talvez fugir...