Guardar (Antônio Cícero)
Guardar uma coisa não é escondê-la ou trancá-la. Em cofre não se guarda coisa alguma. Em cofre pe...

Conto de fadas (Florbela Espanca)
Eu trago-te nas mãos o esquecimento Das horas más que tens vivido, Amor! E para as tuas chagas o ...

Mascarados (Cora Coralina)
Saiu o Semeador a semear Semeou o dia todo e a noite o apanhou ainda com as mãos ...

Antes do começo (Octávio Paz)
Ruídos confusos, claridade incerta. Outro dia começa. Um quarto em penumbra e dois corp...

Árvore adentro (Octávio Paz)
Cresceu em minha fronte uma árvore. Cresceu para dentro. Suas raízes são veias, n...

Semente da esperança
Ah, esta luta renhida por batalhas perdidas por mortes anunciadas pela gente esquecida Ah, esta ...

Canção do Amor Distante (José Ángel Buesa)
Ela não foi, dentre todas, a mais bela, mas me deu o amor mais fundo e longo. Outras me amaram ma...

A morte não manda recado
Um grito surdo, no infarto matutino, é a morte anunciando mais um passageiro No comboio da trans...

Ponto de Partida (Sérgio Ricardo)
Não tenho para a cabeça Somente o verso brejeiro Rimo no chão da senzala Quilombo com cativei...

As mãos de Deus (David Lawrence)
Coisa terrível é cair nas mãos do Deus vivo. Mas muito mais terrível ainda é delas...