Não me julgues
Não sou meus sonhos
Apenas meus desejos,
Se verto água
É por que a fome bate,
Se ando descalço
É por que a estrada é longa.
Não sei imaginar
Quando não posso sorrir,
Não quero tocar
Quando não posso sentir,
Nada em mim se decides
Quando nada posso decidir,
Nada em mim tem ascensão
Quando não me deixas prosseguir.
Sou alvo que deves acertar
Mas não almejas,
Não te julgo
Por eu não ser teus sonhos
Somente desejos.
Não verto água
Por não sentires fomes,
Não te ergo estradas
Por não aceitares o caminho
Embora já o conheças
Embora já o trilhasse.
Fim assina cris em 15.09+09