Sorriso
Mentia em meu rosto o incrédulo sorriso.
Pois meu langue sangue embuçado sentia,
meu úmido pranto secreto e preciso,
que no rosto atava o que no seio ardia.
Gemia o rosto: o sorriso, soluçava,
às cinzas do coração, porque mentia!
E a minha alma que nos prantos se afogava,
qual desfolhada rosa na ventania.
Dormi na ilusão! Sonhei com a ternura.
Na cruz, a última gota de sangue urdia,
cravada no coração em noite escura.
E o sorriso era exausto, porque mentia.
Deus sabe meu coração! Sabe a agonia.
Quantos sonhos alentei que feneceram.
E o meu sorriso, sabe! Porque mentia.
Não provei dos frutos, porque não nasceram.
Meus olhos de pedra não choram, são pálidos,
pois também mentem a lágrima sombria.
Seriam os sonhos que eu esbocei, inválidos?
O meu sorriso morreu, porque mentia.