Correntes que não me deixam partir
Que me arrastam pelo chão
Por muito que me custe admitir
Tou preso a um alçapão
Que quanto mais me movimento
Mais para baixo me leva
Não tenho lapiz nem papel
Não sei com que escreva
Pesam como chumbo
Estas correntes que não me deixam crescer
Tenho de me soltar
Com elas não vou morrer
So a liberdade me importa
Sem ela não sou nada
Nem vida, nem morte
Apenas um corpo pávido
Cuja alma se encontra sem nada
A ti me encontro preso
Por estas malvadas correntes
Doridas pelo tempo
Atadas por sentimentos diferentes
A chave, essa,
Em minha posse detenho
Não me vou libertar
Ate aquela que no coração mantenho
Deste “feitiço” me soltar
Correntes que se arrastam
Pelo chão, pela terra
Pelo fogo, pelo ar
Para toda a eternidade
Para sempre vou-te amar
Ricardo Quintos