Quero que feches os olhos
e respires distante
imagina até um campo de repolhos
tenta apenas um breve instante
Se tentares por um momento
ouvir esta poesia
verás levantar a nascente
suavemente mais um dia
É esta simplicidade
com que vejo o mundo
um vulgar lugar cheio de igualdade
nesse peito tão profundo
Se escrevo neste caderno
a voz que em ti fui
como o sangue que corre eterno
em nosso corpo que levemente flui
Sobe ao mais alto topo
sem pensar e cai
sem querer talvez deixa o corpo
ir sem sequer forçar e assim vai
Vai indo
como uma lágrima que escorre
vulgarmente em rosto lindo
que fica em pensamento quando se morre