O paraíso para o turista que há em mim.
A toca para o ermita que em mim há.
A oficina para quem quer aprender fazendo.
Uma nave de pedra atracada num plácido mar de verde encanta os marinheiros de água-doce.
Os momentos usam-se a seu belprazer e idades cruzam-se sem atropelos.
Abrindo os olhos à vida em nosso redor depressa nos adequamos aos ritmos vigentes.
A calma é hoje a nossa melhor amiga e sem pressa vamos a todo o lado.
Dou por mim a esbarrar na ausência de limites e rio-me do paradoxo que o meu ego tenta criar.
Desfrutando a sós deste espaço descubro nele o nosso potencial.
Olhando para ele com os olhos dos que amo construo bonitos futuros.
Aplicando nele a minha mente fabrico um mundo melhor.
Quando me aquieto encontro tudo aquilo que É.
A necessidade estará em escrever ou em ser lido?
Somos o que somos ou somos o queremos ser?
Será a contemplação inimiga da acção?
Estas e outras, muitas, dúvidas me levam a escrever na ânsia de me conhecer melhor e talvez conhecer outros.