O que é mesmo o amor senão
Uma estrela amarela costurada à pele
Ao alcance do olhar de qualquer um
De qualquer cor,
De qualquer credo
O amor, Hélène,
Diz respeito aos homens
E aos anjos
Tem cheiro inequívoco de groselha
E costuma partir sem deixar vestígios
O que é mesmo o amor senão
Tão pequeno diante das tantas dores do mundo
Tão desejado e, por vezes, tão cruel
O amor, Hélène,
Não pode por ninguém nos ser imposto,
E uma vez amando,
Só mesmo nos resta amar
Está tudo bem
Dez mil beijos para Hélène dar
No dia em que Hélène voltar
Todas as minhas obras são
registradas na Biblioteca Nacional
e protegidas pela Lei 9610 de 19/02/1998
Sobre o livro: “O Diário de Hélène Berr – Um relato da ocupação nazista de Paris