A noite na minha solidão, sua presença
é tão real que minhas mãos quase o alcançam.
Por um espaço pequeníssimo de tempo, eu o vejo, como são belos seus olhos, e que sorriso encantador
E com a claridade frouxa que precede
o clarão do dia, deixo rolar uma lágrima
incerta, na certeza da tua ausência.
Digo a mim mesma, que a emoção supera
a angústia de não o ter por perto
Chegaste em minha vida, acordaste
a mulher que estava adormecida.
Fez reviver emoções já esquecidas,
suavizou as marcas do tempo em meu rosto
Me fez escrever utopias que se refugiam
por detrás da pena, que vez por outra se
aventuram tímidas, em linhas de versos
e prosas
Hoje quando o meu caminhar é lento, quando
as buscas já se faz tarde.
Sinto o sangue a fluir nas veias, em lembrar da chuva no rosto, dos pés descalços
Tal qual a rosa, que recebe um beijo rápido
do beija-flor, fica ela extasiada, na
esperança de que pra onde ele for
Mesmo que beije outra flor, sentirá um frio no peito, lembrará de um perfume, de uma rosa que o encantou
Continuará seu caminho, mas um tanto perturbado, pois sabe que foi amado e que perdeu a bela flor
E das paginas da alma, vão brotando lindos versos, como esse que escrevo, sobre
alguém que não esqueço, sei que não o quero perto, mas poeta fica nu sem versos
Por isso o trago na mente, mas não será para sempre, só até encontrar um novo amor.