IGNORADOS
Já o Sol não brilha como outrora
Já tu nuvem no céu não passeias
Morrem crianças de fome nesta hora
Deitam-se os homens já sem ideias.
Fico à porta dum jardim imaginário
Para ver brilhar o sol de novo
As nuvens ainda choram, que fadário!?
Tanto que neste mundo sofre o povo.
Semeio algumas palavras singelas
Lanço-as ao ar,são balões coloridos
Mas se espreitar nas minhas janelas
Vejo sonhos nos olhares tão sofridos.
Foi-se o luar, vejo sol do meio-dia
Que tráz a esperança de pão e calor
Passam homens cansados sem alegria,
Descarnados, da fadiga e de suor.
E enquanto seus pulmões, têm Vida
Serão heróis ainda que ignorados.
Sua vontade é bebedeira esquecida
Trazem sonhos,na garganta acorrentados.
Chegam e partem sem herança
O tempo e a desgraça cai no quotidiano
Tristes,só pena lhe resta na lembrança
O trabalho àrduo,a fome de mais um ano.
rosafogo
Às gentes do campo.
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe