Ando perdido nestes campos verdes,
Depois de ter nascido,sem saber quem sou,
Ando cego a apalpar paredes,
E não sei quem me apalpou.
Não vejo nada, tudo é escuro e vago...
Estou cego e ao abandono,
Estou aqui assim atado,
Vou lutando contra o sono...
Tenho dentro da minha alma,
Uma luz que ilumina o mundo,
Mas meu coração me acalma,
Livra-me desse mar sem fundo.
Aos poetas também chamam Iluminados!
Sofrem como os outros até à morte.
Velhos,pobres , culpas e pecados,
Porque espremem a alma até que bote.
Cada vez que a torneira se abre, saem rios de palavras que tento juntar com um lápis, para matar a minha sede, é assim que nasce a minha poesia