Quando se deram os primeiros actos inumanos, perpetrados
por selvagens, sequazes de Hitler, a todos maltratando,
quem não fosse da raça Ariana, não olhando sequer a crianças
ou a velhos, que o povo ia cego, idolatrando um impostor e viciado
em drogas, muitos tiveram de fugir para outros países, enquanto
os demais, filhos e filhas do infortúnio, por ordem e mando de
Mengele, o anjo da morte, foram deportados, como carne para
canhão, em carruagens, onde respirar mal podiam, de tão apertados,
para Auschwitz e outros campos de concentração.
Mengele era alguém que tinha um fascínio invulgar
e doentio por gémeos e anões, injectando tinta nos olhos
das crianças, unindo veias a seu belo prazer e tratando
crianças com laser, deixando os corpos queimados e os
pacientes calados, pois sabiam que enquanto servissem
a Mengele, não iriam para outros campos de concentração.
Houve até quem ganhasse certa empatia com este monstro,
jovem e de sorriso no rosto, tal era a falta de afecto de
estas crianças que já haviam perdido seus pais, sodomizados
e assassinados, por ordem do mesmo e do chefe das SS,
Heinrich Himmler, pior ainda que o primeiro.
Ao chegarem a Auschwitz crianças eram separadas de
suas mães, homens de mulheres. Mengele à porta de sua
maldita clínica de rastreio, saia à rua, pegava nas crianças
e mandava os demais para os trabalhos forçados ou para
as celas de gás, dizia por causa dos parasitas. Antes tiravam
qualquer réstia de humanidade, cortando o cabelo, quer
a homens quer a mulheres e despindo-os por completo,
faziam-nos entrar numa grande sala de porta hermética.
Por cima, pelos ventiladores deitavam o gás mortífero, e num
desespero e incompreensão, muitos morriam agarrados uns
aos outros, para se sentirem menos sozinhos estou em crer.
E quando o pó se dissipava, fantoches vendidos aos Nazis,
com desprezo cuidando as vítimas gaseadas, dirigiam-se
para os fornos, que não paravam noite e dia de queimar e
de deitar um cheiro nauseabundo que a tudo impregnava…
Mal sabiam os sobreviventes que o pouco do sabão que lhes
davam semanalmente, era feito dos restos de seus entes
queridos e houve mães enlouquecidas comendo-o para terem
de novo seus filhos dentro de si… Triste… muito triste.
Ainda hoje em dia fanáticos têm suas células Neo Nazis, por
todo o mundo, pois estão em crer que tudo isto foi propaganda
contra o terceiro Reich por parte dos americanos, ingleses e Russos -
O cobarde suicidou-se e todos os que com ele privaram mais de
perto, obrigando esposas e filhos a assumirem o mesmo acto…
Jorge Humberto
14/09/09