Jamais poderei viver sem
Por elas fui amado
Por elas, odiado...
Desde o ventre
Lá estava de uma delas.
O leite me matou a fome
Do animal sagrado
Que descansa no saco
Materno no seio de uma delas.
Hoje crescido
Delas já não preciso
Separo-me a primeira vez
Tão logo junto, desconfio!
Que jamais poderei viver sem
O leite, já não mais preciso;
O sexo é que me faz bem.
Extirparei-me dos seios
De quem me concedeu a luz
Uma delas, a qual sentira-se traída!
Como a preço de moedas desta vida
Por elas bem sei
Também fora traído.
Separo-me a segunda
E terceira vez;
Tão logo desconfio
Que jamais poderei viver sem.
Marcelo Henrique Zacarelli
Pelo autor Marcelo Henrique Zacarelli
Abril de 2006, no dia 16.
São Paulo (SP).