Era tarde e ele tinha já quarenta anos
Deixara de ser jovem para ser homem
E pasmou na orla das gentes
E viu-a passar depois de não ter vida
Lançou da sua estátua um olhar
E da sua montanha um respirar
Gozava a brisa que lhe dava a alma
De olhar e respirar e deliciar-se com calma
Olhar era quase um pregão silencioso
Um pontapé na vacuidade
Dessa treta que o tempo inventou
A que dão o nome de idade