Enviado por | Tópico |
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flavio silver | Publicado: 14/09/2009 23:15 Atualizado: 14/09/2009 23:15 |
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Re: surreal – para flavio silver
viva G3
estava a ver que nunca mais saía a minha vez. ehehe agora a sério, obrigado pela referência e pelo poema supostamente em mim inspirado. devo já dizer que, um belo poema bem próprio da tua imaginação, um abraço tão (sur)real quanto eu |
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Alexis | Publicado: 14/09/2009 23:54 Atualizado: 14/09/2009 23:54 |
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Re: surreal – para flavio silver
já que se fala em surrealismo,ao flaviosilver dedico:
Sentenças delirantes dum poeta para si próprio em tempo de cabeças pensantes 1 Não te ataques com os atacadores dos outros. Deixa a cada sapato a sua marcha e a sua direcção. O mesmo deves fazer com os açaimos. E com os botões. 2 Não te candidates, nem te demitas. Assiste. Mas não penses que vais rir impunemente a sessão inteira. Em todo o caso fica o mais perto possível da coxia. 3 Tira as rodas ao peixe congelado, mas sempre na tua mão. Depois, faz um berreiro. Quando tiveres bastante gente à tua volta, descongela a posta e oferece um bocado a cada um. 4 Não te arrimes tanto à ideia de que haverá sempre um caixote com serradura à tua espera. Pode haver. Se houver, melhor... Esta deve ser a tua filosofia. 5 Tudo tem os seus trâmites, meu filho! Não faças brincos de cerejas sem te darem, primeiro, as orelhas. Era bom que esta fosse, de facto, a tua filosofia. 6 Perguntas-me o que deves fazer com a pedra que te puseram em cima da cabeça? Não penses no que fazer com. Cuida no que fazer da. É provável que te sintas logo muito melhor. Sai, então, de baixo da pedra. 7 Onde houver obras públicas não deponhas a tua obra. Poderias atrapalhar os trabalhos. Os de pedra sobre pedra, entenda-se. Mas dá sempre um "Bom dia!" ao pessoal do estaleiro. Uma palavra é, às vezes, a melhor argamassa. 8 Deves praticar os jogos de palavras, mas sempre com a modéstia do cientista que enxertou em si mesmo a perna da rã, e que enquanto não coaxa, coxeia. Oxalá o consigas! 9 Tens um glorioso passado futurível, mas não fiques de colher suspensa, que a sopa arrefece. 10 Se tiveres de arranjar um nome para uma personagem de tua criação, nunca escolhas o de Fradique Mendes. A criação literária não frequenta o guarda-roupa, muito menos quando a roupa tem gente dentro. 11 Resume todas estas sentenças delirantes numa única sentença: Um escritor deve poder mostrar sempre a língua portuguesa. Alexandre O'Neill "Poesias Completas" beijinho para ele.outro para ti GE3. |
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Maria Verde | Publicado: 15/09/2009 12:21 Atualizado: 15/09/2009 12:21 |
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Re: surreal – para flavio silver
Aplaudo sua idéia, bem como os poetas selecionados. Bacana isso!
abraço. Maria |