Cai o silêncio
da janela fechada
cortina rasgada
horizonte ardido
perdido
bosque moribundo
quantas árvores morrem no meu peito
incêndio
fogo que foge no vento
sufocante
o momento
em que os cavalos selvagens
no meu peito de árvores mortas
num atropelo
(apelo)
de vida
correm sem direcção
em fuga desesperada
fera amansada,
então.
E
ouvem-se os gritos
de aflição
num estertor
de aves sem asas
queimadas
de solidão.
Neste Verão!Neste Verão!
AnaMar
25 Agosto 2009; Dedicado a um amigo lesado por esta catástrofe; Incêndio de Belas