Não Quero
Meus cansaços já me pesam!
Trazidos p'lo caudal do tempo, serão castigo ou ameaça?!
Estas LEMBRANÇAS que em mim rezam
São suspiros de esperanças, para que a esperança renasça.
Não são inventadas, não. São verdadeiras, vigorosas!
E nesta Vida que já de mim abdica
Lembranças, são pétalas de rosas.
Na memória, tanto labor, como cansada fica!?
LEMBRANÇAS entrelaço-me nelas, faço delas minha morada
São lição aprendida, que não quero esquecer!
São devaneios meus, encontros que me deixam ainda enamorada.
Ou são teias fatais, onde me deixo prender.
Meus cansaços, já me pesam!
Atormentam-me, são feridas difíceis de cicatrizar
E as lembranças de encontro ao tempo, me revezam.
No envelhecer, em que a Vida, me ficou a olhar.
Mas, hoje sinto-me perfume, espalhado no ar.
Sinto o meu murchar a reverdecer.
Mesmo com o intruso do tempo por mim a passar
Não quero! Não quero, quem sou, deixar de ser.
rosafogo
Na plenitude da felicidade, cada dia é uma vida inteira.
Johann Wolfgang Von Goethe