O cantador do Rio Grande
O poeta das estradas
Carrega papel, e caneta azulada
Fazendo poesia, ele aprende
Aprende a trovar no repente
Compor canções altaneiras
Encanta xinocas faceiras
Com poesias tiradas da mente
Trabalha na lida do campo
Leva vida de peão
Da labuta tira o sustento
É xiru deste chão
Ora índio xucro e arredio
Cerrega ao lado do laço
Rebenque de couro cru
Este pampeano xirú
Nas rimas que ele cria
Enaltece o Rio Grande
Tem orgulho da herança farrapa
Anda de pilcha alinhada
Esta cria mui guapa
Criado pelas macegas
Neste Rio Grande gaudério
De Tupã ganhou o mundo
O neto do velho Antério
Canto Rio Grande amado
Estrela brilhante
Na bandeira brasileira
Terra do sepé tiaraju
Filho da terra missioneira
Anda de cara amarrada
Não mostra os dentes a qualquer um
Não tira o chapéu pra ricasso
Quebra o chapéu na testa
Aperta o barbicacho
As noites á beira do fogo
Ceva o amargo bem quente
Símbolo da nossa terra
O chimarrão é da nossa gente
Passado de mão em mão
É nosso apresso á tradição
Confirma nossa amizade
Servindo o mate quente
Ouvindo esse poeta alcaide.
poesias de amor e sedução[/size]
"O pior na vida não é errar, e sim não se aprender nada, absolutamente nada, com os próprios erros."