Escrevo sobre paixão
um quadro pintado sem cor,
esta ciência, de difícil explicação
talvez, mas que tratam por amor.
Decido então dar cor e voz
a um sentir bom que não vejo,
magoa em duros momentos a nós
mas na lágrima traz um doce desejo.
Um desejo e vontade de acreditar
que o olhar que ontem vi brilhar
debaixo de um céu que costuma estrelar
foi mais que suficiente para me fazer acordar.
E se digo que não sou
mais quem outrora fui,
estou a ser sincero e digo a quem me calou
que o meu sangue por ti, como a poesia, flui.