Ladrilho empedrado que, em suavidade, desenho no ondular perdido do teu cabelo incendiado.
- És meu traje de lua empedrecida, Amor meu, terraço das minhas lembranças.
- Sintonia, a tua, que me arregaça.
- Sintonia, a minha, que em cinzas te abraça. Ombros negros levantados de incertezas que em ti desmaiam.
- Cai na minha pele como dia de água serena. Suporto os teus ombros em mim desmaiados quando de longe me sonhas. Arrasta teus beijos na pele descaída que o tempo me deu, pois nesses lábios incertos o tempo morreu.
- Não guies os meus dedos que no escuro te sabem ler. És corpo tecido em palavras de um amor que apenas sonhei.