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Indigente

 
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Ignoro quando novamente terás linhas minhas. As mãos já fraquejam diante dessas, e, os verbetes já não me escorregam pelas laudas, como se dispunham a brincar-me todos os dias. Não há apuro, ou, fino apreço, nesta minha nefasta escrita. Esquiva-me os pensamentos que vagueiam em uma alma perdida em tormentos sem vida. Por favor, não tome deste cálice agora, pois ele é jazigo da alma e fel do meu fracasso. Cego-me diante do abismo sepulcro, calo-me diante minha última sentença. Penitencia-me com essas condenáveis alíneas de agora! Jorra-me as ácidas lágrimas no eito de minhas marmóreas utopias em memória! Abandona-me o casto rebanho de meu peito, carpe diem-me nas despautadas laudas de minha vida!

Aqui jaz mais uma indigente escrita!


rody

 
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rody
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