Mãos mórbidas, moribundas acenam.
As flores sorumbáticas do vale rezam.
Figuras dos Sacros Visionários Malditos
Trazem seus imbeles gritos.
As Imagens dos herméticos céticos
Perdem-se além dos cegos éticos.
Ó deletério verme que figura
Nesta vã tortura
De um deus pagão
Como é adamítico o pensamento vão
E ignoto aos sóis da demência:
As Flores do Holocausto em reverência
Abriram-se para o Deus criador
E o Deus destruidor.
Os fantasmas da caverna se enchem
Dos abismos exumados e preenchem
Seus obituários por direitos consecutivos
Drenando seus carateres instintivos
As Flores do Holocausto desvelam
O útero da humanidade e velam
Os confins da raça humana seguindo o verme
Deletério e eliminando o cerme
De vida pelos ermos caminhos de pena -
Este Mundo feroz que te condena.
A Justiça é a Alma Mater bastarda do réu
Por nem quase tocar ao léu
A Fama que a exalta aos céus do tesouro
Onde leões se devoram por Penúria:
A Deusa que não há de carpir por suas usuras.
Ceres não traz mais as colheitas ao ouro
Dos estúpidos, porque o coração está seco.
Davys Sousa
(Caine)