Entorpece o dia nas sombras dos homens,
Apinhado de sonhos incomunicáveis
Daqueles que se foram inconsoláveis,
Presos em cada talhe de seus totens.
Descansa o dia, incônscio, na seiva humana,
Sob a meia luz que envolve a consciência.
Em vão são inércias em evidência.
Que refletem a humanidade insana.
Quem há de entender como o tempo passa?
Conivência existe entre homens e horas?
O tempo flui na sua sequencia lassa.
E o dia, em cada mão, adormece sua história;
Moços, moças; senhores e senhoras,
Mais um dia sem novidade e sem glória.
(Luciene Lima Prado)