Estou sozinho!
Olho em meu redor
e pergunto ao silêncio
quem sou.
Ele nada me responde.
Ele nada me diz.
Apenas se cala!...
Sinto o sangue correr-me
nas veias a uma velocidade
galopante,
o ar sufoca-me e engole-me
o espirito.
Lá fora o sol escapa-se
dando lugar à noite.
Chegará em breve a hora
dos lamentos em que as gentes
solitarias derramarão suas
lagrimas.
Chorarão os mortos que partiram,
lamentarão quem se afastou,
sentirão a ausência daqueles
que amam mas que não estao.
O sol vai... Desce lentamente...
e num ápice!!! Desaparece...
Surge a negridão!
As luzes mortas da rua.
É a solidão!...
RICARDO LOURO
Ricardo Maria Louro