Não tendo nada contra os professores que são uma das classes que muito admiro e convivo,mas devido aos factos não posso deixar passar este testemunho aos pais deste país. Vou contar uma história real, que se passou o ano passado por várias vezes. O meu filho joga num clube, onde normalmente os pais acompanham os filhos aos jogos ou não, como vulgarmente acontece em qualquer clube. Fui assistir a diversos jogos e, defrontei-me com situações de superior má educação por parte de professores. Sempre pensei que deveriam ser os primeiros a dar o exemplo e o respeito e a educação. Assisti estupefacta mesmo a actos de violência, vou falar de um professor de Educação física e treinador do Estoril e de um pai de um adepto nosso, também professor. Onde consecutivamente nos jogos, o treinador usava palavras menos próprias com os adolescentes e um ar ameaçador terrível e, embate corporal violento com os miúdos, já não falando no mau perder e ganhar, onde dava a sensação que descarregava as frustrações todas nos adolescentes ensinando e transmitindo. Estou a falar de adolescentes de doze e treze anos, ao qual chamam escola de formação desportiva e entregam panfletos aos pais para lerem, com regras de saúde, cooperação, respeito, amizade, justiça, o valor da multi- culturalidade, valor de empenho e valor de derrota. Estive presente numa ocorrência em que o pai de um adepto de outra equipa disse que o filho do professor, teria feito uma má jogada (claro, sem saber de quem se tratava), qual é o meu espanto quando o dito professor se vira e dá um murro, partindo a cana do nariz ao outro senhor, que simplesmente deu a sua opinião. Partilhei vários momentos parecidos com este que me deixaram a pensar, se por este País a fora acontece assim com tanta frequência no nosso desporto e provavelmente noutros campos de ensino. Estamos neste país para educar e ensinar ou descarregar tantas frustrações nos adolescentes?
Cristina Pinheiro Moita /Mim/